Preço do botijão de gás no Brasil tem alta de quase 50% em dois anos

preço do gás de 13 kg de GLP no Brasil saltou de R$ 69,74 em janeiro de 2020 para R$ 102,40 no primeiro mês de 2022. Trata-se de uma alta aproximada de 50% no custo do produto ao consumidor em apenas dois anos.

A reportagem utilizou como base os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço do GLP é composto por tributos estaduais, federais, custo de distribuição e a margem cobrada pela Petrobras.

Em cálculo realizado a pedido da CNN, o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joelson Sampaio, aponta que o valor do botijão de gás representa atualmente 8,4% do salário mínimo brasileiro, que foi reajustado para R$ 1.212,00 em 2022 pelo governo federal.

O economista também enumerou os fatores econômicos que causaram o aumento no custo do produto ao longo dos últimos dois anos. No entanto, ele destacou a política de preço da Petrobras como o principal motivo para a disparada no preço.

Em 2020, o valor arrecadado pela estatal era de R$ 27,79 por botijão. Dois anos depois, o montante arrecadado pela companhia é de R$ 50,87 – um aumento de 83%. Procurada pela CNN, a companhia petrolífera ainda não se pronunciou.

“Os principais componentes que explicam esse aumento é o custo do petróleo no mercado internacional, dólar valorizado e frete do petróleo até as refinarias. Mas o destaque fica para o custo do insumo no mercado exterior, que faz com que a Petrobras cobre um valor muito alta pelo produto. Dessa forma, os aumentos acabam sendo repassados pela companhia com efeito em todo mercado nacional”, disse o professor da FGV.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira (9), apontou uma queda de 0,73% na incidência da inflação no gás de botijão em janeiro, após 19 meses de alta.

Apesar disso, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, acredita em uma estabilidade no preço do GLP. Para ele, não deve haver uma queda nos valores para o consumidor ao longo dos próximos meses.

“A pressão sobre os preços do GLP tem sido alta nos últimos dois anos. Sempre preço em ascensão. Eu não chamo o dado do IBGE de queda, é no máximo uma estabilização. E, por fim, vamos destacar que o GLP é um produto essencial, não é algo que as pessoas podem deixar de comprar, está muito caro”, afirmou o presidente da Sindigás.

Fonte: CNN

Senadoras pedem punição maior a quem faz apologia ao nazismo

Parlamentares sugerem criminalização aos atos de defesa, culto ou enaltecimento do nazismo, com prisão de três a seis anos e multa

A bancada feminina do Senado apresentou um projeto de lei nesta quarta-feira (9) para tipificar como crime a apologia ao nazismo, a prática de saudações nazistas e a negação, a diminuição, a justificação ou a aprovação do holocausto.

A iniciativa surgiu em razão dos recentes episódios de defesa ao nazismo registrados no país. Nesta semana, o youtuber Bruno Aiub, o Monark, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM – SP) e o comentarista Adrilles Jorge passaram a ser investigados por se manifestarem de forma favorável ao regime anitissemita.

A proposição das parlamentares quer alterar a lei do racismo, que já considera crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. A punição prevista na legislação é prisão de dois a cinco anos e multa.

Para as senadoras, a lei precisa ser aperfeiçoada porque não criminaliza atos comuns praticados por grupos extremistas, como os de exaltação ao nazismo, de prática de saudações nazistas ou de negação do holocausto. Dessa forma, elas sugerem a criação de um tipo penal para incriminar essas condutas, cuja pena seria reclusão de três a seis anos e multa.

“Isso que estamos fazendo nada mais é do que a nossa obrigação, porque não é possível que essas pessoas que dizem o que dizem ou que acreditam no que acreditam não tenham lido os livros de história ou não visto nos filmes o que foi o holocausto”, ponderou a senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Segundo ela, apologia ao nazismo não é liberdade de expressão. “Isso é crime e, como crime, deve ser punido. Os influenciadores, como os políticos, têm que saber que as palavras e as ações têm consequências. É preciso separar o joio do trigo quando falamos.”

Fonte: R7

É possível perder quase 300 calorias por dia dormindo; saiba como

Estudo feito com jovens adultos com excesso de peso mostrou que participantes diminuíram ingestão calórica após aumentarem de 6 para 8,5 horas de sono

Quer perder peso dormindo? Tente estender seu tempo de sono para que você não fique privado dele.

Esse é o resultado surpreendente de um estudo randomizado que pediu a jovens adultos com excesso de peso e que normalmente dormiam menos de seis horas e meia, para tentar dormir cerca de oito horas e meia por noite durante duas semanas.

No final desse curto período de tempo, muitos daqueles que prolongaram o sono para uma duração mais saudável diminuíram a ingestão calórica em uma média de 270 calorias por dia, de acordo com o estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine, na segunda-feira.

Alguns dos participantes do estudo reduziram sua ingestão em 500 calorias por dia, segundo o estudo.

“Isso é quase como um divisor de águas para perda ou manutenção de peso”, disse a autora do estudo, Dra. Esra Tasali, professora associada de medicina que dirige o Centro de Pesquisa do Sono da Universidade de Chicago.

Os pesquisadores projetaram suas descobertas no futuro. Eles descobriram que comer 270 calorias a menos por dia se traduziria em uma perda de 26 quilos ao longo de três anos, tudo isso não fazendo nada além de dormir mais.

“Uma pequena intervenção que você pode fazer em si mesmo para aumentar ou preservar a duração do sono para que você não fique privado de sono pode ter um impacto significativo no peso saudável”, disse Tasali.

Um dos pontos fortes do estudo foi o fato de ter acontecido em um ambiente do mundo real, não em um laboratório do sono, e usar um teste de urina objetivo para medir as calorias em vez de confiar nas pessoas lembrarem o que elas comeram.

“Este é um estudo muito bem feito, respondendo a uma questão importante”, disse o Dr. Bhanuprakash Kolla, psiquiatra do sono e neurologista do Centro de Medicina do Sono e da Divisão de Medicina de Dependência da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota. Ele não participou do estudo.

“Eles mostraram claramente que, à medida que você aumenta a quantidade de sono, a ingestão de energia é reduzida e isso, por sua vez, leva a reduções modestas no peso”, disse Kolla. “É provável que se isso fosse estendido, poderia haver mudanças mais significativas no peso”.

O sono e a fome estão relacionados

Como dormir mais ajuda a perder peso? Uma razão é o impacto que a falta de sono tem em dois hormônios-chave que controlam a fome e a saciedade: a grelina e a leptina.

A grelina estimula a fome e demonstrou aumentar com a privação do sono. Sua parceira, a leptina, nos diz quando estamos satisfeitos.

“Foi demonstrado que a leptina diminui com a restrição do sono. Portanto, quando somos privados de sono, temos menos desse hormônio e, portanto, menos freio em nosso apetite”, disse Kolla.

E não são apenas as pessoas que estão acima do peso que ficam desejando carboidratos e ganham peso quando são privadas de sono, disse Kristen Knutson, professora associada sobre sono e medicina preventiva da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, que não esteve envolvida no estudo.

“Estudos que observaram aumento do apetite após a perda de sono foram em pessoas que não estavam acima do peso. Dormir o suficiente traz benefícios para a saúde de todos, independente do peso corporal”, disse Knutson.

Outra maneira pela qual o sono ruim afeta nossas escolhas alimentares pode ser encontrada nos centros de recompensa do cérebro, o local que nos dá sentimentos prazerosos que queremos repetir.

“Os centros de recompensa no cérebro ficam mais ativados quando você está privado de sono, o que aumenta seu desejo por carboidratos, comidas não saudáveis ou uma maior ingestão geral de alimentos”, disse Tasali.

Depois, há o problema da resistência à insulina, que aumenta com a privação do sono e leva ao ganho de peso.

“Vários estudos de laboratório mostraram que, se você fizesse um teste de tolerância ao açúcar pela manhã para um indivíduo privado de sono versus um indivíduo bem descansado, você veria um estado pré-diabético e resistente à insulina pela manhã”, disse Tasali.

Uma intervenção fácil

Quão difícil foi para as pessoas adicionar mais sono às suas vidas? Não tão difícil assim, disse Tasali. Cada pessoa passou por uma sessão de aconselhamento de uma hora sobre seu estilo de sono.

“Foi muito personalizado, focado em tentar rever o estilo de vida das pessoas, suas limitações relacionadas ao trabalho, seus familiares, seus animais de estimação, filhos e rotinas de dormir”, disse ela. “Então conversamos com eles sobre como melhorar a higiene do sono, como guardar os eletrônicos antes de dormir”.

Especialistas em sono aconselham que qualquer dispositivo emissor de luz azul – smartphones, laptops e televisores, para citar alguns – seja guardado de 45 minutos a uma hora antes de dormir. Isso é porque a luz azul interrompe a liberação de melatonina, o hormônio do sono do corpo.

Outras dicas de higiene do sono incluem dormir em um quarto fresco (15 a 20 graus Celsius); sem barulho; pular comida picante e álcool antes de dormir; e ter um ritual calmante na hora de dormir, que pode incluir tomar um banho quente, ler um livro, ouvir música suave, respirar fundo, ioga, meditação ou alongamentos leves.

Tasali disse que viu mudanças após apenas uma semana do programa de melhora do sono de duas semanas.

“Alguns deles me disseram: ‘Achei que ia ser menos produtivo. Você está me dando tanto tempo na cama, como vou fazer todo esse trabalho que deveria fazer?’ E no final das duas semanas eles me disseram que estavam mais produtivos, porque estavam mais energizados e mais alertas”.

Uma das limitações do estudo, disse Kolla, é que nenhum dos participantes sofria de insônia ou outros distúrbios importantes do sono, que afetam milhões de pessoas.

“Estes são apenas indivíduos que não têm distúrbios do sono, mas têm o que chamaríamos de sono insuficiente induzido por comportamento”, disse ele. “Embora o objetivo fosse estender para 8,5 horas, é bastante provável que a maioria das pessoas não precise de tanto sono. Portanto, trabalhos futuros devem analisar informações específicas dos participantes para ver quem provavelmente se beneficiará desse tipo de intervenção”.

Apesar dessas limitações, ele disse que está claro que as pessoas que estão tentando perder peso devem prestar atenção “à quantidade de sono que elas estão tendo – evitar a privação voluntária do sono vai ter um papel importante nisso”.

Fonte: CNN BRASIL

Volume do empréstimo consignado bate recorde e supera R$ 513 bi

Saldo total dessa modalidade de crédito cresceu 17% em 2021; quase 40% são referentes a contratos de segurados do INSS.

O volume do crédito consignado, que é descontado diretamente na folha de pagamento, bateu recorde em 2021 e atingiu R$ 513,5 bilhões contratados em dezembro. De acordo com dados do Banco Central, é o maior valor já registrado nessa modalidade de empréstimo.

O saldo total de dezembro cresceu 14% comparado ao mesmo período de 2020, quando havia R$ 439 bilhões. Nos últimos 12 meses, o aumento acumulado chegou a 17%, num total de R$ 5,7 trilhões, coincidindo com o período da segunda onda da pandemia de Covid-19.

A modalidade é concedida a quem tem salário, aposentadoria ou pensão creditados em conta-corrente. Por ser descontado diretamente na folha de pagamento ou da aposentadoria do cliente, é uma opção de empréstimo fácil e tem uma das menores taxas do mercado.

Desde o começo de 2022, as novas contratações, renovações e portabilidades passaram a obedecer ao limite de comprometimento de 30% dos rendimentos, e não mais 35%, como vigorou até o fim de 2021. Além disso, o teto de juros passou de 1,8% para 2,14% ao mês. Nas operações realizadas com cartão de crédito, a taxa subiu de 3% para 3,06% ao mês.

Para o economista Josilmar Cordenonssi, professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o aumento do volume do consignado mostra a dificuldade que as pessoas estão tendo em manter o padrão de consumo, ou tentando aumentar a renda, na esperança de que a crise seja transitória.

O economista também avalia que a alta dos empréstimos pode ser um obstáculo para a retomada da economia no pós-pandemia. “A economia deverá crescer em um ritmo mais lento, porque a capacidade de se endividar das pessoas para aumentar o consumo vai ser menor. Em vez de consumirem, as famílias estarão pagando dívidas antigas. A demanda tende a ser menor nessa recuperação”, afirma  Cordenonssi.

Aposentados e pensionistas

Quase 40% do volume total é de empréstimos para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Em dezembro, o consignado para os segurados chegou a R$ 192,4 bilhões contratados.

O INSS afirmou em nota que a modalidade de crédito é firmada em um contrato particular entre a instituição bancária e o segurado e que orienta os beneficiários a não repassarem dados como senhas e informações bancárias a estranhos, em especial, por telefone.

Segundo o instituto, em caso de fraudes, ou em que não reconheça os empréstimos, o segurado deve procurar a empresa ou banco que emitiu o crédito e registrar uma reclamação no Portal do Consumidor (consumidor.gov.br).

“O bloqueio de empréstimos consignados pode ser solicitado pelo MEU INSS, no site ou aplicativo, ou pela Central 135, disponível de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h”, informou em nota.

Mas o empréstimo consignado pode ser importante para aqueles que precisam de dinheiro numa emergência, por ter a taxa mais baixa do mercado. De acordo com Amanda Rapouzo, gerente de eCred da Serasa, a modalidade de crédito oferece benefícios e diferenciais, mas por isso mesmo requer cuidados na hora da contratação.

“Além de pesquisarem a idoneidade das empresas que oferecem esse modelo de empréstimo, o aposentado ou seus familiares devem mapear os eventuais riscos que envolvem a operação para, de fato, aproveitar as melhores oportunidades do mercado e as mais adequadas para o seu bolso”, afirma a responsável pelo crédito da Serasa. A seguir, veja as orientações e cuidados que a especialista destaca para evitar problemas com dívidas.

Confira os cuidados na hora de contratar o empréstimo

. Faça as contas
Antes de contratar o empréstimo, verifique se as parcelas cabem no seu orçamento e coloque no papel os possíveis impactos das prestações em seus débitos mensais.

  • Cuidados com os documentos
    Nunca compartilhe seus dados/cartão do banco ou qualquer documento com desconhecidos, para que possam fazer empréstimo em seu nome.
  • Atenção para a venda casada
    Para conseguir o crédito consignado, não é necessário contratar outro produto ou serviço do banco ou da financeira que está oferecendo o empréstimo. Ao se deparar com uma oferta desse tipo, desconfie.
  • Cuidado redobrado com ofertas por telefone
    Atenção às ligações para oferecer crédito consignado. Nunca informe seus dados pessoais nem bancários por telefone ou WhatsApp.
  • Pesquise tudo
    É fundamental conferir nos bancos e nas financeiras as taxas e as condições que mais combinam com a sua realidade financeira. Assim como se faz pesquisa de preços na hora de comprar um produto, a mesma postura deve ser adotada na hora de solicitar um crédito.

Fonte: R7

Em um ano, denúncias de neonazismo na Internet cresceram 60,7%, diz Safernet

Dados da Safernet, organização que promove a defesa dos Direitos Humanos na Internet no Brasil, mostram que plataforma recebeu 14.476 denúncias de neonazismo em 2021, em comparação com 9.004 registros em 2020

De 2020 para 2021, o número de denúncias anônimas de neonazismo cresceu 60,7%, segundo dados da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos da Safernet, organização que promove a defesa dos Direitos Humanos na Internet no Brasil.

A linha direta do órgão recebeu e processou 14.476 denúncias anônimas de neonazismo online em 2021, em comparação com 9.004 denúncias registradas em 2020.

Este é o maior número desde 2010, quando a plataforma registrou 22.443 denúncias de neonazismo.

Segundo a plataforma, foram 894 páginas diferentes que tiveram o conteúdo denunciado.

O levantamento também aponta que 318 links já foram retirados do ar por ordem de autoridades.

A Safernet também informou que denúncias de atividades neonazistas na Internet estão crescendo desde o primeiro ano da pandemia, em 2020.

Na época, a organização teve 9.004 denúncias, um aumento de 740,7% em comparação a 2019, que registrou 1.071 relatos.

A linha direta recebe as denúncias anônimas de crimes e violações contra os Direitos Humanos na Internet e as encaminham às às autoridades.

Outras denúncias além do neonazismo

O levantamento da Safernet mostrou ainda um aumento nas denúncias de pornografia infantil e LGBTfobia entre 2021 e 2020.

Foram registrados 5.347 relatos de LGBTfobia em 2021, representando 1% a mais que em 2020. As denúncias se referiam a 3.479 páginas de Internet, das quais 2.300 foram removidas.

Além disso, a linha direta notificou 101.833 denúncias de pornografia infantil, um aumento de 3,65% em relação a 2020. A organização informou que não recebia mais que 100 mil denúncias de pornografia infantil desde 2011.

Os conteúdos de pornografia infantil denunciados estavam em 53.960 páginas de Internet, das quais 23.588 foram removidas.

Fonte: CNN

Afinal, existe um lado oculto da Lua que a humanidade não conhece?

Tema de filmes e livros, região pode não ser vista a olho nu da Terra, mas já foi completamente mapeada nos anos 50 e 60

O lado oculto da Lua mexe com a curiosidade das pessoas e alimenta até teorias conspiratórias. Essa suposta região desconhecida de algo que pode ser visto aqui da Terra é cercada de mistério e já foi abordada em filmes e livros, mas a verdade é que o “lado de lá” já é conhecido há mais de 60 anos pelos cientistas.

O divulgador científico Wandeclayt Melo, membro do projeto Céu Profundo, afirma que as missões de exploração espacial na época da Guerra Fria foram responsáveis por fazer esse mapeamento.

“Esse mistério existiu até a década de 1950, 1960, quando conseguimos mandar os primeiros robôs para fazer imagens do outro lado. A primeira vez que a gente conseguiu circular a Lua com um ser humano foi no projeto Apolo”, conta Melo em entrevista ao R7.

Diferentemente do que as obras de ficção retratam, a face que não está voltada para a Terra é similar ao lado que pode ser visto por todos, e não há nada de mágico ou extraordinário.

De acordo com Melo, os lados “são muito parecidos em termos de crateras”, mas sem tantos afloramentos de lava quanto no lado visto a olho nu. Isso porque, assim como a Terra, a Lua também já possuiu vulcões.

Enquanto a Terra tem um movimento de rotação que demora um dia e um de translação que leva um ano, a Lua possui a rotação e a translação sincronizadas em 24 horas. Segundo Melo, esse “balé”, que torna um lado oculto, não é coincidência, mas sim um efeito provocado pela gravidade exercida pelo planeta.

“Essa coincidência na velocidade do movimento de rotação com o movimento de translação dela, com relação às estrelas, faz com que a Lua mostre sempre a mesma face para a gente. Só que isso não é coincidência, é uma consequência gravitacional.”

A Lua está entre 360 mil e 400 mil km de distância do nosso planeta e tem uma inclinação de 5 graus que faz com que seja possível ver mais da metade de sua superfície a olho nu. O efeito de libração, uma espécie de balanço da Lua, ainda proporciona um ângulo maior de visibilidade a quem a está observando aqui debaixo.

“O lado oculto da Lua é tão misterioso quanto seria Marte. Eu não vejo a olho nu daqui, mas a gente consegue ir lá e mapear completamente. Não tem nenhum cantinho que a gente já não tenha visto”, conclui Melo.

Fonte: R7

Melatonina não é solução para insônia e seu uso pode ser perigoso

Após a liberação da venda de melatonina pela Anvisa, especialistas afirmam que não há benefícios contra insônia e avisam que uso descontrolado pode trazer riscos à saúde.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação da venda de melatonina, substância conhecida como hormônio do sono, sem prescrição medica há alguns meses, no entanto o consumo descontrolado do suplemento podem agravar quadros e desregular o organizado. Especialistas afirmam que não há evidências de que o suplemento traga benefício direto a quem sofre de insônia.

A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, localizada no centro do cérebro, e atua como regulador e indutor do sono, entre outras tarefas. O hormônio é recomendado para o tratamento dos transtornos de ritmo circadiano e o transtorno comportamental do sono REM. Ou seja, é essa glândula ‘quem’ decide quando vamos dormir. Inicia a produção de melatonina quando percebe a queda da luz, anoitecer, e entender que deve se preparar para dormir. Por isso é orientado às pessoas evitar a exposição a telas antes de ir dormir.

Diferente de minerais e vitaminas, a melatonina não é simples de medir a concentração no sangue. A neurologista Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono (SP) explica: “Ela é um hormônio. Então não é possível dizer se uma pessoa precisa de reposição e em qual medida”.

Especialistas estão preocupados com o consumo desenfreado do medicamento, pois segundo Caio Bonadio, médico psiquiatra da Vigilantes do Sono, aproximadamente, 35% das pessoas que sofrem de insônia usam remédios sem o acompanhamento devido.

Dormir mal não significa somente ter insônia. Existem cerca de 50 doenças do sono catalogadas. Como o nosso corpo produz a melatonina naturalmente, é preciso fazer uma avaliação médica completa antes de decidir prescrevê-la”, explica o especialista. Antes de aderir às drogas, modificações no estilo de vida serão realizadas como, dieta alimentar, exercícios físicos. Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS) a melatonina não é indicada no tratamento de insônia pelos relatórios europeu e americano.

Para o bom funcionamento do organismo nosso corpo produz cerca de 0.2 miligramas de melatonina todos os dias e, por isso, que a Anvisa assegura que a dose deve ser respeitada. A psiquiatra Dalva alerta: “a melatonina age também no pulmão, no cérebro, no fígado e no sistema endócrino, e não há estudos suficientes que avaliem possíveis danos nesses órgãos se houver erro de dosagem ou mau uso do suplemento”.

Consumo desregulado e rotina desbalanceada podem ser riscos para pessoas que usando produtos a base de melatonina, como o professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, José Cipolla Neto, informa: “Se houver refeição próxima à ingestão de melatonina, a pessoa corre maior risco de desenvolver diabetes”.

Ainda que o medicamento esteja disponível na prateleira da farmácia só utilize com prescrição médica.

Fonte: Lorena

Abono salarial deve injetar R$ 20 bi na economia a partir de terça (8)

PIS/Pasep será pago de 8 de fevereiro a 31 de março; para economistas, o valor deverá ser utilizado em bens essenciais.

O governo federal estima que o abono salarial PIS/Pasep deverá injetar R$ 20 bilhões na economia a partir desta terça-feira (8), quando começa o calendário de pagamento. De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, o benefício deverá ser pago a 22 milhões de trabalhadores.

Terão direito ao benefício as pessoas inscritas no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, que trabalharam formalmente por pelo menos 30 dias em 2020 e que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.424).

O abono salarial ano-base 2020 será pago de 8 de fevereiro a 31 de março deste ano, de acordo com o mês de aniversário dos trabalhadores, em uma parcela proporcional ao período trabalhado com carteira assinada. O valor pode variar de R$ 101 a R$ 1.212.

Por isso, a estimativa da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e da FecomercioSP (Federação do Comércio de São Paulo) é que o abono seja gasto na sua totalidade em bens essenciais, como alimentos e remédios.

No entanto, o comércio de produtos de maior valor vai ficar mais difícil, explica o economista. Com o aumento da taxa Selic a 10,75% ao ano, o valor das prestações tende a aumentar. “Por isso, o abono pode ajudar mais a venda de produtos de menor valor, especialmente alimentos”, avalia Solimeo.

Para ele, todo dinheiro adicional que entra no mercado é importante, principalmente porque a massa salarial não vem crescendo no mesmo nível da inflação. “O aumento de emprego está sendo com salários menores. Então essas injeções todas são bastante importantes, mas não vão produzir um estouro de consumo”, acredita o economista.

O Auxílio Brasil, que é pago atualmente a 17,5 milhões de pessoas em parcelas mensais de R$ 400, terá efeito bem menor sobre o comércio do que o auxílio emergencial, que em 2020 pagou mais de R$ 290 bilhões em nove parcelas e, em 2021, mais R$ 60 bilhões em quatro parcelas.

Segundo Pina, a perspectiva para o varejo e para a economia como um todo depende do desempenho de emprego, renda e investimentos, que neste ano não é muito positivo. “Na verdade, o que interessa mesmo é qual a perspectiva de crescimento, que é de zero a 0,5%, o que não será muito diferente para o varejo, até porque em especial neste ano o varejo tende a começar a competir com o setor de serviços, que ainda não se recuperou completamente”, analisa o economista.

Quem tem direito ao abono

Para ter direito ao benefício, é preciso estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, ter trabalhado formalmente (com carteira assinada) no mínimo 30 dias em 2020 e receber até dois salários mínimos (R$ 2.424). Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Rais (Relação Anual de Informações Sociais) ou no esocial, conforme a categoria da empresa.

Trabalhadores do setor privado inscritos no PIS receberão o abono salarial deste ano no período de 8 de fevereiro a 31 de março, pela Caixa. Para servidores públicos, militares e empregados de estatais inscritos no Pasep, o pagamento vai de 15 de fevereiro a 24 de março, pelo Banco do Brasil.

Já aqueles que moram em municípios em situação de emergência por causa das chuvas vão receber o valor no dia 8, independentemente da data de nascimento.

Confira abaixo as datas de pagamento

PIS
Nascidos em janeiro – 8 de fevereiro
Nascidos em fevereiro – 10 de fevereiro
Nascidos em março – 15 de fevereiro
Nascidos em abril  – 17 de fevereiro
Nascidos em maio – 22 de fevereiro
Nascidos em junho – 24 de fevereiro
Nascidos em julho – 15 de março
Nascidos em agosto – 17 de março
Nascidos em setembro – 22 de março
Nascidos em outubro – 24 de março
Nascidos em novembro – 29 de março
Nascidos em dezembro – 31 de março

Pasep
Finais de inscrição 0 e 1 – 15 de fevereiro
Finais de inscrição 2 e 3 – 17 de fevereiro
Final de inscrição 4 – 22 de fevereiro
Final de inscrição 5 – 24 de fevereiro
Final de inscrição 6 – 15 de março
Final de inscrição 7 – 17 de março
Final de inscrição 8 – 22 de março
Final de inscrição 9 – 24 de março

Valor

Espécie de 14º salário, o valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2020. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 101, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo total, de R$ 1.212.

Os trabalhadores da iniciativa privada inscritos no PIS e nascidos nos meses de janeiro a junho e os trabalhadores dos municípios afetados pelas chuvas nos estados da Bahia e de Minas Gerais  podem consultar as informações pelo aplicativo Caixa Tem e pelo atendimento Caixa ao Cidadão (0800 726 0207).

No caso dos trabalhadores vinculados ao Pasep, a consulta do saldo é na página Consulte Seu Pasep. Há também a opção de ligar para a Central de Atendimento do Banco do Brasil (4004-0001, capitais e regiões metropolitanas, ou 0800 729 0001, interior).

O serviço de consulta também pode ser feito pelo link www.gov.br/pt-br/servicos/sacar-o-abono-salarial, bem como pelo telefone 158, do Ministério do Trabalho e Previdência, e pelo atendimento presencial nas unidades regionais da pasta.

Fonte: R7

Pagamento irregular do Auxílio Emergencial de R$ 300 pode chegar a R$ 808,9 milhões, aponta CGU

Controladoria-Geral da União identificou 1,8 milhão de beneficiários não elegíveis. Enquanto isso, parte das famílias não recebeu todas as parcelas a que tinha direito.

A Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou indícios de que o pagamento irregular do Auxílio Emergencial de R$ 300 – que vigorou por quatro meses em 2020 – pode ter chegado a R$ 808,9 milhões em 2020.

Ao mesmo tempo, a CGU identificou famílias que não receberam todas as parcelas a que tinham direitoVeja o calendário de pagamentos Auxílio do Brasil em 2022.

Em relatório do final do ano passado, o órgão avaliou que 1,8 milhão de pessoas podem ter recebido as parcelas indevidamente – o número equivale a 3,2% do total de 56,8 milhões dos beneficiários.

O governo federal pagou Auxílio Emergencial no valor de R$ 600 mensais no início da pandemia de Covid, entre abril e agosto de 2020. Depois, prorrogou o benefício por quatro meses em valor menor, de R$ 300. Essa extensão foi analisada por uma auditoria da CGU por meio de cruzamento de dados.

O relatório publicado em dezembro de 2021 aponta que, entre os beneficiários do programa, havia:

cerca de 15,7 mil pessoas com indicativo de óbito;

mais de 38,2 mil presos em regime fechado;

aproximadamente 16,7 mil residentes no exterior;

quase 822 mil trabalhadores com vínculo formal de emprego;

quase 240 mil famílias com renda mensal superior ao limite;

cerca de 18 mil famílias com mais de um beneficiário;

75,6 mil pessoas que receberam mais parcelas do que o programa permitia;

mais de 160,6 mil pessoas que recebiam um benefício do INSS simultaneamente, e

442,2 mil beneficiários que receberam o Bolsa Família ao mesmo tempo em valor acima do teto.

Como consequência, o Ministério da Cidadania passou a adotar ações preventivas para suspender, bloquear ou cancelar benefícios com indicativo de irregularidades.

Porém, segundo a CGU, parte dos beneficiários receberam menos parcelas – e a situação deles é “relacionada quase integralmente” às ações preventivas do ministério.

O relatório também aponta que parte dos benefícios irregulares nessa etapa do Auxílio Emergencial foram devolvidos à União. Somados, devoluções e estornos dos valores não sacados totalizaram R$ 44,4 milhões.

Irregularidades similares

Ainda segundo a CGU, as possíveis irregularidades identificadas nessa etapa do Auxílio Emergencial “possuem similaridades” com outras fases do programa – as parcelas de R$ 600 pagas anteriormente e a versão de 2021 do auxílio.

Assim, a CGU recomendou que o ministério verifique as inconsistências cadastrais apontadas pela auditoria – já que o cruzamento de dados, isoladamente, não é capaz de comprovar as irregularidades.

Ainda, a controladoria sugeriu que a pasta ajuste as bases de dados dos beneficiários, avalie a pertinência de adotar “medidas para solicitação de devolução” dos recursos e tome “providências operacionais” para evitar novos pagamentos indevidos.

O que diz o ministério

Em resposta à CGU, o Ministério da Cidadania afirmou que o método usado pela auditoria não considerou os benefícios que foram cancelados na revisão mensal ou em decorrência das recomendações dos órgãos de controle – como a própria CGU.

Ainda, a pasta alegou que houve “expressivo aumento” nos valores que foram devolvidos pelos beneficiários ou estornados por não terem sido movimentados no prazo dado pela lei.

Além disso, o Ministério da Cidadania disse que o relatório chegou com atraso – quando a última parcela do Auxílio Emergencial, de outubro de 2021, já tinha sido paga. Com isso, não houve como processar cancelamentos relativos a essas irregularidades na folha de pagamentos.

“Não houve tempo hábil para processar os arquivos com efeitos ainda no momento de vigência [do programa]”, afirmou o ministério.

A pasta também afirmou que, uma vez que os pagamentos indevidos forem verificados e confirmados, a devolução dos recursos será solicitada.

Fonte: G1

Biocurativo impresso em 3D é o futuro para tratar queimaduras

O mundo ganhou muito com as impressoras 3D. A partir delas é possível obter soluções únicas e, dessa vez, um biocurativo feito de pele artificial está sendo desenvolvido para ajudar nos tratamentos de pessoas com queimaduras. Isso é incrível!

A iniciativa é da startup 3DBS. Ana Luiza Millás, fundadora e diretora de pesquisa da marca, explica que o uso de células dos pacientes em um biocurativo 3D pode acelerar o processo de recuperação e reduzir o índice de rejeição de outros fármacos, como pomadas.

“A gente pega células humanas da pele, que são fibroblastos, melanócitos e queratinócitos, carrega no cabeçote da bioimpressora e o equipamento vai reconstruir esta pele camada por camada”, explica Ana.

Custo reduzido para distribuição

Apesar de ser um experimento ainda em fase de testes aqui no Brasil, Ana Luiza reforça que eles já são fabricados na Europa e nos Estados Unidos. Entretanto, o alto valor na conversão do dólar para o real, além das barreiras alfandegárias, dificultam a importação desses produtos.

Com a produção do biocurativo em nossos laboratórios, a distribuição dele ocorrerá com um custo bem menor e com uma maior praticidade.

“Existe uma demanda muito grande pelo desenvolvimento de métodos alternativos nacionais. Porque até então nós só tínhamos pele para usar de laboratórios de fora do país. Esses modelos eram muito difíceis de chegar aqui, raríssimos e custosos. Outra coisa, eles usam células que não são nossas, que não são da diversidade brasileira”, explica.

Testes

A pesquisadora destaca que a 3DBS está trabalhando bastante no desenvolvimento da pele artificial e que futuramente ela poderá ser utilizada por hospitais especializados em pacientes com queimaduras.

No entanto, para chegar ao uso médico, a nova tecnologia precisaria passar por uma série de fases, como testes dos curativos feitos em impressora 3D em animais e também a elaboração de uma logística.

“Hoje é possível com a bioimpressão, e com a tecnologia das engenharias de tecido, produzir pequenos pedaços de pele, osso, cartilagem, modelos in vitro e miniórgãos”, concluiu.

Fonte: sonoticiaboa