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Saiba como identificar azeite extravirgem e por que ele reduz riscos de doenças cardíacas e câncer

Conheça as propriedades presentes no óleo, que é extraído da azeitona, e conheça quais benefícios à saúde ele pode oferecer. Nesta sexta, Globo Repórter fala de produtos produzidos no Brasil.

Para além do aroma, tempero na salada ou auxiliar na cocção de um prato gastronômico, o azeite é um produto clássico profundamente estudado e que pode trazer relevantes benefícios à saúde. O alimento, que é um óleo vegetal extraído da azeitona, fruto da Oliveira, está entre os mais comuns da culinária contemporânea e possui categorias que estão diretamente ligadas ao quão bem ele pode fazer ao organismo.

O famoso azeite extravirgem, a categoria máxima do óleo, é o “mundo ideal” da qualidade dos azeites e é o tipo que mais proporciona benefícios. Mas, afinal, é possível identificar um extravirgem em casa? Como? Quais são exatamente os pontos positivos dele para a saúde e quais doenças podem ser evitadas? Conheça essas respostas abaixo, item por item, por meio de uma entrevista com um pesquisador da Unicamp, em Campinas (SP), que se debruça sobre o tema.

Nesta sexta-feira (27), o Globo Repórter apresenta um programa especial sobre produtos feitos dentro do Brasil, entre eles, o azeite. O conteúdo é uma co-produção em parceria com a EPTV, afiliada da TV Globo.

O que é um azeite extravirgem?

De acordo com o coordenador de laboratório de nutrigenômica da Unicamp, Dennys Esper Cintra, o azeite só é extravirgem se tiver um uma conjunto de propriedades chamado de compostos fenólicos, que possuem várias substâncias diferentes nas quais cada uma tem uma ação específica para o organismo.

Além dos compostos fenólicos, a outra propriedade do azeite – neste caso, não só do extravirgem – é o ácido oleico, um lipídio presente em abundância no azeite de oliva e que também promove uma série de benefícios ao corpo como a prevenção de diversos distúrbios.

Como o azeite faz bem à saúde?

O azeite extravirgem, por meio da ação dos compostos fenólicos, diminue os riscos, por exemplo, de doenças cardíacas e câncer, por conta de uma ação antioxidante.

Além da diminuição de riscos de doenças cardíacas e do câncer, o professor afirmou que o azeite também contribui para a preservação da memória. “Eu não estou falando que você vai melhorar a sua memória, mas com o processo de envelhecimento, a natureza dessa característica que é reduzir um pouquinho a memória, o azeite tem compostos e esses compostos podem ajudar a preservar isso por mais tempo”, completou Cintra.

Por fim, há ainda a possibilidade de preservação de níveis de colesterol, o que também acontece no azeite virgem.

“O azeite virgem não tem os compostos fenólicos, mas o ácido oleico também é muito bom. Ele é uma gordura estável, reduz o risco de dislipidemia, que é o colesterol alto. É um super instrumento que a gente da nutrição tem para usar no tratamento das dislipidemias. Ele equilibra os níveis”, explicou.

Como identificar um azeite extravirgem?

Além das características químicas, que caracterizam o azeite extravirgem pela presença dos compostos fenólicos, o produto também pode ser identificado por meio de experiências sensoriais que podem ser feitas dentro de casa.

Cuidado – Azeite pode ser aquecido?

Segundo Dennys Esper Cintra, a primeira prensa da azeitona do azeite extravirgem, para que ele mantenha as características, deve ser feita a frio porque o calor elimina os compostos fenólicos. Por isso, quando o azeite é usado em uma temperatura muito alta, os compostos são perdidos e, a partir daí, os benefícios à saúde deixam de existir.

“A literatura científica já tem mostrado isso para a gente há bastante tempo, que acima de 80 graus, os compostos fenólicos são perdidos. Isso torna o azeite ruim? De jeito nenhum, mas os benefícios dos compostos fenólicos a gente vai perder. Portanto, a dica é: em cocções onde você precisa ter uma temperatura elevada, é interessante usar o azeite virgem, porque s enão a gente acaba tendo um desperdício de dinheiro. A temperatura extremamente elevada induz o surgimento de substâncias tóxicas dentro do óleo. A gente chama isso aí de acroleína, que é extremamente danosa ao organismo humano e considerada tóxica”, finalizou.

Fonte: G1

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