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INTIMIDADE COM DEUS

O segredo do SENHOR é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança (Sl 25:14).

Desde o passado, Deus tem, à Sua maneira, procurado manter o contato e a comunhão com o homem – obra da Sua criação. A História e a Bíblia nos mostram que com o passar do tempo o homem foi se distanciando cada vez mais de Deus, e não Deus do homem. Deus falava com Adão no Paraíso, na viração do dia. Adão ouvia a Sua voz e ambos travavam um diálogo de perto. Deus revelou a Noé sobre o seu plano de destruir toda a terra com o dilúvio.

Abraão é considerado o amigo de Deus, que lhe falava de profunda maneira e entre ambos havia tal intimidade que Deus chegou a pedir-lhe que sacrificasse o seu filho Isaque. Abraão, atendendo, levou seu filho para executar o sacrifício, na hora do golpe, o Senhor retorna a Abraão e diz-lhe não ser necessário o cumprimento de tamanha prova de fidelidade.

Isaque cresceu ouvindo falar dos feitos de Deus na vida de seus pais e também experimentou um grau de relacionamento próximo a Deus. Jacó viu os anjos de Deus subirem e descerem de uma escada e também era orientado por Ele. A comunhão já não era a mesma de antigamente, mas Deus continuava a falar com Seus servos.

José possuía grande comunhão com Deus mesmo em meio às adversidades enfrentadas, quando vendido pelos irmãos ou quando preso na cadeia do Egito, Deus se manifestava a ele, preservando-o do perigo. Deus lhe falava nos sonhos que sonhava e o usava. Moisés foi levantado para libertar o povo hebreu do Egito, e antes de cumprir a missão falou com Deus e Deus falou com ele.

Sempre e de alguma maneira Deus queria falar ao Seu povo. Utilizou reis, falou através dos seus profetas, dirigindo e guiando o Seu povo. Teríamos muitos exemplos para ver como Deus se manifestava a estes servos que não eram muito melhores do que nós. Elias, Eliseu, Jeremias, Gideão, e Balaque outros são exemplos bíblicos de pessoas que mantinham comunhão com Deus, e o Senhor lhes falava em meio às circunstâncias que viviam. Deus usou um jumento para falar com Balaque. Através de um pedaço de algodão falou com Gideão.

Hoje Ele nos tem falado através da Bíblia. Feita esta introdução, vejamos alguns objetivos deste estudo:

  1. Mostrar que é possível ter intimidade com Deus – Salmo 25.14.
  2. Obter intrepidez para entrar no lugar Santo dos Santos – Hebreus 10.19,20.
  3. Reter a graça de Deus para servi-Lo – Hebreus 12.28.
  4. Findar com os altos e baixos espirituais – Ef 4.14.
  5. Tornar-se uma Pedra Viva – I Pd 2.5.
  6. Desenvolver um relacionamento mais real de filho para com o Pai – Rm 8.16.
  7. Desenvolver os frutos do Espírito em na vida dos cristãos – Gl 5.22.
  8. Tornar-se verdadeiramente um despenseiro de Cristo – I Co 4:1.

Certamente que outros objetivos poderiam ser citados, porém, vamos nos ater a estes, buscando tirar os maiores ensinamentos possíveis.

Em primeiro lugar é importante reconhecer a situação do homem em relação a Deus.

  1. Situação antes do encontro com Cristo: Éramos inimigos – Rm 5.10. Escravos do pecado – Rm 6.17,20. Destinados à morte, não tínhamos escapatória da condenação eterna. A salvação de nossas almas só pôde ser alcançada pela Graça de Deus.

Éramos inúteis espiritualmente, Rm 3.12. A condição a que estávamos submetidos era terrível e sem saída, porém o próprio Deus providenciou uma saída para nós: deu Seu próprio Filho por expiação para morrer em nosso lugar. Fez isso exclusivamente por amor. Sua maior criação, o homem, estava condenada à morte e Ele como o Oleiro, resolve dar mais uma oportunidade ao “vaso de barro” de ser mais uma vez moldado e formado de novo. Chegamos então à salvação!

  1. A vida cristã

Ao ingressarmos no Reino espiritual um novo horizonte se descortina para nós (II Co 5:17). Somos enxertados no Corpo de Cristo, na família de Deus, um novo grupo que chamamos de irmãos para que? Para mantermos um relacionamento vertical com nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo e para através do relacionamento horizontal com os irmãos em Cristo no dia-a-dia, a fim de sermos aperfeiçoados. Para se colocar diante de Deus nesta situação é necessário pagar um preço.

Algumas considerações sobre a posição que devemos tomar:

Posição 1 – Morrer para o pecado. Como mortos para o pecado – Rm 6:2. Não é possível viver uma vida espiritual frutífera andando em pecado.

Posição 2 – Vivos para Deus. – Rm 6.11, 13. O mundo jaz no maligno. Quem ainda não foi alcançado pela graça salvadora de Deus está condenado à morte espiritual. Esta é a realidade dos familiares, parentes, amigos, vizinhos e etc.

Posição 3 – Estar sob a graça. Colocar-se debaixo da graça de Deus – Rm 6.14. Graça é favor imerecido. É a substituição da condenação à lei, pela salvação providenciada pelo próprio Deus. Assim somos mortos para a lei pelo sacrifício de Cristo, Rm 7.4. O dom gratuito veio para justificação Rm 5.16. Estamos livres para servirmos a Deus, e vivermos em novidade de vida, para darmos frutos.

Posição 4 – Viver como filhos de Deus. Apropriando-se da condição de filhos, herdeiros de Deus – Rm 8.17. Deus como Pai, age em favor de Seus filhos. Rm 8.31 a 39 caracteriza toda uma sequência de livramentos e bênçãos concedidas por Deus para aqueles que estão sob Sua guarda e proteção. Vejamos algumas situações:

  1. Quem poderá se posicionar contra nós?
  2. Deus nos dará com Ele todas as coisas.
  3. Quem poderá nos acusar?
  4. Quem nos condenará? Se é Deus quem intercede por nós.
  5. Quem nos separará do amor de Cristo? Nenhuma dificuldade.
  6. Em todas estas situações somos mais que vencedores.
  7. Nada poderá nos separar do amor de Deus.

Que promessa maravilhosa! Quantos estão vivendo essa verdade?

A condição de salvos, justificados perante Deus nos outorga a viva esperança. Pela fé nos apropriamos da salvação eterna que há de nos ser concedida no final dos tempos. O fim da nossa fé é a salvação de nossas almas (1 Pedro1.3-9). A intimidade com Deus é possível Sl 25:14: “O segredo do Senhor é para aqueles que o temem, e Ele lhes fará saber o Seu concerto”. Maravilhosa promessa! Conhecer o concerto de Deus, Sua vontade, Seu segredo. O Salmo 25 é atribuído ao rei Davi que foi considerado um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14). Ao receber a unção da parte de Samuel o Espírito do Senhor apoderou-se de Davi.

Deus viu em Davi, aquele jovem pastor de ovelhas alguém com potencial para estar a frente do povo de Israel. No Salmo 23 vemos a confiança que Davi depositava em Deus, como pastor de sua vida, seu protetor, provedor e maior propósito. O que Davi procurava ser para o seu rebanho, Deus era para ele. Deus conhecia o coração de Davi e atestou isto para Samuel, diante dos formosos filhos de Jessé.

A coragem de Davi para enfrentar ao gigante Golias foi sobrenatural. A capacidade para manter-se submisso a Saul quando perseguido por ele. Sua intenção de unificar o Reino e trazer a Arca da Aliança para Jerusalém, a liberdade para expressar o louvor e adoração a Deus são alguns dos exemplos marcantes da personalidade de Davi selada pela unção do Senhor em seu coração. Mesmo curvando-se à carne, no pecado com Bate-Seba, Davi reconhece seu pecado e clama a Deus por um coração puro, quebrantado, pedindo que o Senhor não tirasse de sobre ele o Espírito Santo (Salmo 51). Uma pessoa segundo o coração de Deus é alguém cuja mente, emoções e vontade estão cheios das virtudes de Cristo e da unção do Parákletos. O segredo do Senhor é para os que o temem. Hb 10:10-20: “Tendo, pois, irmãos ousadia para entrar no santuário, no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne”.

A morte de Jesus nos abre acesso àquele local destinado anteriormente somente aos sumos sacerdotes. Na primeira aliança, o Tabernáculo era divido em dois lugares de adoração: o Santo Lugar e o Santo dos Santos. Estas dependências eram cobertas por véus. Havia um véu para encobrir o Santo Lugar e outro para o Santo dos Santos. No primeiro, somente estavam autorizados a adentrar os sacerdotes. No segundo, somente os sumos sacerdotes poderiam entrar, uma única vez ao ano, apresentando sangue como oferta pelos pecados devido a ignorância do povo (Hb 9.1-7). Na Nova Aliança, Cristo entra uma vez por todas no Santo dos Santos, como o Sacerdote eterno enviado por Deus, para nos propiciar a redenção. Com a Sua morte passamos a ter acesso a este lugar especial, onde Deus recebia as ofertas dos sacerdotes, manifestava-se com fogo, aceitando aquilo que os sumo sacerdotes haviam oferecido.

Arão, irmão de Moisés, ao iniciar seu ministério de sacerdote, após oferecer uma oferta perante o Senhor levantou as mãos e abençoou o povo. Com Moisés ele entra na tenda da congregação e juntos abençoam o povo e a glória do Senhor aparece em forma de fogo, consumindo o holocausto trazendo temor à congregação (Lv 9:22-24).

Nos dias de hoje ao tomarmos consciência da correta dimensão do que seja adentrar ao lugar Santíssimo, nossas vidas são direcionadas à graça de Deus, à uma vida sob a Nova Aliança. É o próprio Deus morando em nossas vidas. Jesus substituiu os feitos que nós teríamos que fazer. Ele carregou a maldição, a doença, o pecado e todas as misérias inerentes à condição humana para a cruz do Calvário, porque nós não poderíamos fazê-lo. Na Nova Aliança Deus coloca Suas leis e Seus entendimentos em nossos corações. Hebreus 8.8-13. Devemos ter ousadia e nos apropriarmos da Nova Aliança concedida através da morte de Cristo. Quem está disposto a se apresentar diante de Deus no Lugar Santo dos Santos? Um dos mais sérios requisitos para se adentrar diante do altar do Senhor era e é a santidade: Lv 21.6. Quando entramos no lugar Santo dos Santos reconquistamos o privilégio de termos a intimidade com o Senhor. Hebreus 12.28: “Pelo que tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, e sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e santo temor”. Somos exortados a reter a graça porque há possibilidade dela se retirar de nós. Não pelo Senhor, mas pelos nossos pecados que tentam se impõem como uma barreira entre nós e Deus. Reter a graça de Deus é apropriar-se das riquezas d’Ele, recebidas através da redenção, da remissão dos pecados (Ef 1.3-9). Aqui há uma revelação maravilhosa: a plena consciência do perdão dos pecados. Voltemos para a Posição nº 1, falada anteriormente, sobre mortos para o pecado. A completa consciência deste fato nos permite receber as riquezas de sua graça, que Ele derramou profundamente sobre nós com toda a sabedoria e entendimento. O coração de Paulo estava cheio de coisas boas ao se dirigir aos efésios (Ef 1.7 e 2.7). Riquezas da graça desvendadas para nos revelar o mistério de Sua vontade para que possamos servi-Lo com reverência e temor.

Efésios 4:14 “Para que não sejamos mais meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano de homens que induzem ao erro”.

Muitos cristãos vivem nos dias de hoje uma vida de altos e baixos espirituais. Inconstantes, ora por cima, ora por baixo, sem um padrão contínuo de crescimento. As bênçãos estão limitadas a períodos de suas vidas, bem como os períodos de lutas e tribulações, divididos por uma linha bem definida. Ou estão em completa alegria e em vitória ou estão derrotados e arrasados. Isto é falta de maturidade. A Bíblia chama de inconstância, de cristãos carnais, de meninos espirituais. O oposto desta situação é uma vida espiritual em direção ao aperfeiçoamento, visando o ministério para a edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.12-14). Como obter comunhão com Deus sendo inconstantes? É difícil. Deus em Sua infinita misericórdia concede lampejos de Sua glória do que lhes está destinado no Reino Eterno.

Na parte anterior vimos que o reino é inabalável. Por isso somos chamados ao aperfeiçoamento, à unidade da fé, ao pleno conhecimento, à perfeita medida da estatura da plenitude de Cristo para o desempenho de nossa missão no reino de Deus. Afim de levarmos a bom termo esta missão não pode haver acomodação com uma vida inconstante e de altos e baixos espirituais. Deus quer Se revelar a cada um de nós. Ele quer se aprofundar na intimidade com sua Igreja. I Pedro 2.5,9: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz.”

Neste texto temos outra “pérola” que poucos cristãos descobriram: ser uma pedra viva, uma casa espiritual, estar conscientes do sacerdócio real de nação santa, da geração eleita, da condição de adquiridos de Deus. Tudo isto tem que estar bem vívido em nossas mentes e em nossos corações. A confissão destas verdades nos levam a buscar a vida de santidade e de temor diante do Pai, para podermos anunciar as virtudes do reino. Deus fala com Seu povo espiritual, a geração eleita, Seu sacerdócio real, Sua nação santa, Seu povo… Rm 8.16 “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. É condição ímpar ter o Espírito de Deus. O Espírito Paracletos na vida dos cristãos lhes reveste da certeza da salvação no Filho de Deus, o Unigênito, que morreu por nós. O Espírito Santo testifica.

A condição especial de filhos de Deus, adotados, conduz os salvos à situação de privilégio, diferente das pessoas do mundo. Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança”. O Espírito Santo é sensível. Tiago 4:5 diz que o Espírito que em nós habita tem ciúmes. Quando há a manifestação do fruto do Espírito em nossas vidas, o resultado é visto no nosso relacionamento com Deus. I Co 4.1 “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus”. Podemos dizer que este é o ápice da intimidade com Deus. Os cristãos são administradores dos mistérios de Deus. Para que tenhamos uma boa vida espiritual, bons fundamentos, para que a nossa estrutura aguente as adversidades desta vida é necessário que sejamos alimentados pelos mistérios de Deus. Deus quer que conheçamos Seus mistérios, tornando-nos despenseiros e administradores em Sua Obra. Em Rm 16.25 Paulo encerra a epístola dizendo: “ora aquele que é poderoso para vos confirmar segundo meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos”.

Temos que edificar sobre o fundamento já posto em nossas vidas. I Cor 3.10-13 “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio construtor, o fundamento e outro edifica sobre ele. Mas veja cada um como edifica sobre ele.” Se a edificação for feita sobre ouro, prata e pedras preciosas é porque estamos sendo edificados espiritualmente. Mas se for sobre feno, palha e madeira é porque a edificação está indo em direção à carne. O reino de Deus também é comparado à um homem que lança a semente na terra e depois dormiu, e ao levantar de dia e de noite vê a sua semente germinar e crescer não sabendo ele como. Marcos 4.26-29. Cada um edifica de acordo com seu fundamento escolhido, a Palavra diz: uns produzindo a cem por um, outros a sessenta e outros a trinta.

Fazendo uma comparação com os metais preciosos lidos acima, vemos que uma edificação de prata corresponde à produção de trinta por um. É aquela pessoa que recebe do Senhor Jesus e larga os vícios da vida mundana que praticava e passa a encarar a família de outra maneira, o linguajar agora é correto e aprende a perdoar o próximo. É quando se aprende que a carne para nada aproveita, que a vida espiritual é que tem realmente valor. Que sua dependência vem do Senhor, que sua suficiência vem de Deus, que recebe tudo pela graça de Deus, por fé. A manifestação das pedras preciosas no fundamento ocorre quando o cristão aprende que é um despenseiro dos mistérios de Deus. Possui uma confissão de autoridade: eu sei quem sou. Eu sou o que a Bíblia diz que eu sou. Um salvo, um eleito, um redimido, um perdoado, um vencedor… Após passar pelos degraus de prata e ouro, a edificação de brilhantes e diamantes pode encarar a Satanás e não aceitar as suas mentiras e artimanhas, e assim derruba as fortalezas que querem impedir de levar a mente à obediência de Cristo.

Mas se a vida for edificada ou alicerçada sobre madeira palha e feno, que são coisas superficiais, obras da carne, esforço próprio, pessoal, aparências, somente por fora, o interior está oco, frágil e sem segurança. Alguns cristãos são como os fariseus: túmulos caiados, por fora tudo branco, porém por dentro há mentira, há falsidade, vive na carne. Por fora apresentam alegria e satisfação, mas por dentro guardam mágoas, angústias, incertezas …

Partindo agora para o lado prático, podemos perguntar: o que preciso fazer para desenvolver uma intimidade com Deus que me leve ao reconhecimento de tudo isso que foi falado aqui?

Em busca da intimidade com Deus

São necessárias duas palavras de ordem: educação e disciplina.

EDUCAÇÃO – Em primeiro lugar o cristão deve se educar para colocar sua vida espiritual no patamar de constante busca do conhecimento das coisas espirituais. II Tm 2.15 ” Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem que se envergonhar e que maneja bem a Palavra da verdade”.

A busca de conhecimento trará os seguintes frutos: maturidade cristã – até que Cristo seja formado em nós. Isto é um processo (Gl 4.19); santificação como aperfeiçoamento moral é a Palavra de Deus trabalhando no cristão (Jo 17.17). Desenvolvimento intelectual – a Palavra de Deus trás a sabedoria (Salmo 119.98).

DISCIPLINA – I Cor 9:25. Um dos exemplos clássicos de disciplina voluntária é aquela desenvolvida pelos atletas e desportistas. Para se tornarem campeões precisam passar horas e horas treinando arduamente, mesmo contra adversidades seja de temperatura, de ambiente, físicas e outras. Cristãos espiritualmente disciplinados devem possuir um sistemático estudo da Bíblia, o qual vai proporcionar:

  1. uma nova vida, I Pedro 1.23, – regenerados para uma nova vida.
  2. um alimento diário, Mateus 4.4 – não é só de pão que vive o homem.
  3. crescimento espiritual – gradativo, deixar a situação e posição de meninos para crescermos – I Pedro 2.1-3.
  4. vitória sobre o pecado – pecado é errar o alvo, com a Palavra escondida em nosso coração estamos preparados para rejeitar o pecado. Salmo 119.11.
  5. vitória sobre o inimigo – pela espada do Espírito que é a Palavra de Deus. Ef 6.17.
  6. segurança diante de Deus e dos homens – o obreiro aprovado, que maneja bem a Palavra. II Tm 2.15.

Saber manejar bem a Palavra da Verdade é um privilégio e só consegue alcançá-lo quem se dispõe a estudar com interesse e com atitudes corretas em relação ao estudo. Manejar a palavra é saber receber a revelação da Palavra como vinda de Deus e não apenas sua lógica; e aplicá-la no viver diário; e transmiti-la com fidelidade a todos que ainda estão fora da Graça de Deus.

Concluindo, a intimidade com Deus é algo sublime e maravilhoso. O cristão adentra ao lugar Santo dos Santos, passa a ser participante dos segredos e mistérios de Deus, apropria-se das verdades bíblicas da Palavra de Deus para sua vida, edifica sua vida espiritual sobre sólidos fundamentos, produzindo frutos agradáveis a Deus. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus”. Que o Espírito Santo de Deus trabalhe em nossas vidas de tal maneira que sejamos realmente como seus filhos e co-herdeiros de Cristo! Amém!

Por Valdely Cardoso Brito

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