O termo “visão” na Bíblia traduz muitas palavras hebraicas e gregas e é usado de diversas maneiras. Além do significado normal de “o que os olhos veem”, há numerosas referências a pessoas cegas que receberam a visão, conforme Marcos 10:51-52; João 9:11-18 e Atos 9:18.
A visão é uma experiência semelhante através da qual ocorre discernimento ou conscientização sobrenatural dada por revelação. A diferença entre sonho e visão é que os sonhos ocorrem somente durante o sono, enquanto as visões podem ocorrer enquanto a pessoa está acordada (Dn 10:7).
Na Bíblia, as pessoas que tiveram visões foram tomadas por uma consciência especial de Deus. Os exemplos mais notáveis do Antigo Testamento são Ezequiel e Daniel. As visões no Novo Testamento são mais notórias no Evangelho de Lucas, no livro de Atos e no livro de Apocalipse.
O propósito das visões era dar direção e orientação aos servos de Deus e predizer o futuro. A visão de Daniel, por exemplo, falava da vinda do Messias (Daniel 8:1, 17). A declaração de Paulo em II Co 5:7 é de especial importância: “Porque andamos por fé e não por vista (aparência)”.
A caminhada dos cristãos é guiada pela fé em coisas eternas que não podem ser vistas (II Co 4:18; Hb 11:1, 13) e não pela aparência exterior. Nossa esperança que não se vê (Rm 8:24) é a de que veremos o Senhor Jesus Cristo face a face e O conheceremos completamente, assim como somos completamente conhecidos (I Co 13:9-12; I Pe 1:8; I Jo 3:23).
A declaração do apóstolo Paulo em II Co 5:7 é de especial importância: “Porque andamos por fé e não por vista”. Aqui, a palavra para “vista” refere-se ao ato de ver com precisão, não ao ato de ver em si, mas ao fato de que alguém vê. Nossa caminhada cristã na Terra é guiada pela fé em coisas eternas que não podem ser vistas (II Co 4:18; Hb 11:1, 13), e não pela aparência exterior das coisas do presente. Nossa esperança que não se vê (Rm 8:24) é a de que veremos o Senhor Jesus, face a face, e conheceremos tudo, assim como somos completamente conhecidos pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo de Deus (I Co 13:9-12; I Pe 1:8; I João 3:2-3).
A Bíblia é uma fonte inesgotável de todas as verdades e está à disposição da humanidade para viver as bênçãos que jamais experimentou.
Martinho Lutero disse: “Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer, tanto para esta vida quanto a que há de vir”. “O Senhor não brilha sobre nós, exceto quando tomamos Sua Palavra como nossa luz”, disse João Calvino.
Por Valdely Cardoso Brito