Segundo o governo russo, o encontro deve acontecer entre autoridades dos dois países em Riade, capital da Arábia Saudita.

O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e o assessor presidencial Yury Ushakov viajarão para a Arábia Saudita para discussões com autoridades americanas na terça-feira (18) sobre a restauração de “todo o complexo” das relações Rússia-EUA, anunciou o governo russo.

“Espera-se que eles realizem uma reunião com os americanos em Riade na terça-feira, que será dedicada principalmente à restauração de todo o complexo das relações russo-americanas”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres nesta segunda-feira (17).

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o Conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, estarão na Arábia Saudita para as negociações, que discutirão a paz na Ucrânia.

Um oficial saudita relatou à CNN que o reino teria um papel de mediação.

Um oficial ucraniano declarou que Kiev não foi informada sobre as negociações, mas Keith Kellogg, o enviado da administração Trump para a Rússia e Ucrânia, discutiu um conjunto de negociações de “dupla via” e estará na Ucrânia esta semana.

No domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que os ucranianos fariam parte das negociações.

Fonte: CNN BRASIL

Radiologista explica os ganhos que a inteligência artificial traz ao trabalho de médicos ao detectar quadros clínicos em pacientes.

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem revolucionado diversas áreas da medicina, trazendo avanços significativos na precisão diagnóstica e na personalização de tratamentos. Desde a análise de exames de imagem até a predição de respostas a terapias específicas, a IA permite diagnósticos mais rápidos e eficazes, melhorando a qualidade do atendimento médico e otimizando os recursos disponíveis no setor de saúde.

IA na Detecção Precoce de Doenças

A detecção precoce de doenças é um dos principais desafios da medicina moderna. Muitas condições, como câncer, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas, apresentam melhores prognósticos quando identificadas nos estágios iniciais.

A IA tem sido uma aliada crucial nesse processo, analisando grandes volumes de dados médicos, incluindo exames de imagem, históricos clínicos e testes laboratoriais, e identificando padrões que poderiam passar despercebidos por médicos humanos. Um dos exemplos mais promissores é o uso da IA na radiologia. Algoritmos treinados em milhões de imagens médicas conseguem detectar anomalias em mamografias, tomografias e ressonâncias magnéticas com alta precisão.

Estudos apontam que a IA pode identificar tumores com precisão comparável à de radiologistas experientes, funcionando como uma ferramenta de refinamento diagnóstico, reduzindo erros médicos e permitindo intervenções mais precoces.

Personalização dos Tratamentos

A medicina personalizada, que considera características genéticas e o histórico clínico de cada paciente, tem se beneficiado imensamente da IA. Com a capacidade de cruzar dados genômicos, laboratoriais e clínicos, os sistemas de IA conseguem prever quais tratamentos serão mais eficazes para um determinado paciente, minimizando efeitos colaterais e aumentando as chances de sucesso terapêutico.

Na oncologia, por exemplo, plataformas baseadas em aprendizado de máquina analisam mutações genéticas em tumores e sugerem terapias-alvo específicas, possibilitando um tratamento mais preciso e eficaz. Sistemas como o MedPALM, desenvolvido pelo Google Health, demonstram grande potencial na interpretação de exames e no fornecimento de respostas confiáveis a questões médicas.

Testes Rápidos e Diagnóstico Ágil

A combinação de IA e testes rápidos tem sido essencial para acelerar diagnósticos, especialmente em cenários de emergência ou em locais com infraestrutura médica limitada.

Durante a pandemia de Covid-19, a IA foi utilizada para analisar exames laboratoriais e prever a progressão da doença, permitindo intervenções mais rápidas e eficientes.

A IA também está sendo incorporada a dispositivos portáteis para diagnósticos em áreas remotas, auxiliando na identificação de doenças infecciosas e no monitoramento de condições crônicas. Esses sistemas permitem que médicos e profissionais de saúde recebam resultados em tempo real, melhorando o atendimento e facilitando a tomada de decisão.

Desafios e Considerações Éticas

Apesar dos avanços, a implementação da IA na medicina traz desafios importantes. Um dos principais é garantir que os algoritmos sejam treinados com dados representativos e livres de vieses, evitando diagnósticos errôneos ou tratamentos inadequados para determinados grupos populacionais.

Outro ponto crítico é a confiança dos profissionais de saúde na IA. Embora os sistemas possam oferecer suporte à decisão clínica, o julgamento humano ainda é essencial. Estudos indicam que o equilíbrio entre IA e expertise médica é fundamental para garantir diagnósticos mais precisos e tratamentos eficazes.

O Futuro da Medicina com IA

A evolução da IA na medicina está apenas começando, e seu potencial é vasto.

Com a integração de novas tecnologias, espera-se que os diagnósticos se tornem ainda mais rápidos e personalizados, reduzindo custos e ampliando o acesso a tratamentos de qualidade.

O desenvolvimento de plataformas mais robustas, que combinem IA com Big Data e aprendizado de máquina, permitirá avanços ainda maiores, como a criação de modelos preditivos para doenças e a automação de processos clínicos.

A medicina está entrando em uma nova era, onde a IA desempenha um papel fundamental na melhoria da saúde e na qualidade de vida da população.

*Texto escrito pelo médico radiologista intervencionista Felipe Roth Vargas (CRM 155352 SP | RQE 94668), membro da Brazil Health

Fonte: CNN BRASIL

Estudos mostram que pausas curtas para descanso durante o dia ajudam a melhorar a concentração, a memória e a reduzir o estresse.

Você já sentiu aquela vontade de tirar um cochilo logo após o almoço ou então no meio da tarde? Saiba que o cochilo pode ser um aliado poderoso para a saúde e o desempenho cognitivo.

Estudos indicam que pausas curtas para descanso durante o dia ajudam a melhorar a concentração, reduzir o estresse e até fortalecer a memória. No entanto, especialistas alertam que ficar atento ao tempo e o momento do cochilo é importante para que seus benefícios sejam aproveitados sem prejudicar o sono noturno.

“Ele ajuda a diminuir a sonolência durante o dia, melhorando o foco e a disposição. O corpo experimenta uma queda na temperatura durante a tarde, o que aumenta a sensação de sonolência. Durante o cochilo, o corpo tem a oportunidade de relaxar e recuperar, contribuindo para o bem-estar geral”, explica o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, coordenador do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São USP.

Como deve ser um bom cochilo?

Especialistas recomendam que o cochilo ocorra no início da tarde, entre uma e três horas após o almoço, para evitar impactos negativos na rotina noturna. Além disso, o ambiente deve ser tranquilo e confortável, com pouca luz e ruídos, favorecendo um descanso eficiente.

“Neste momento, naturalmente temos um segundo pico de liberação de melatonina, hormônio que sinaliza o início do sono, preparando nosso cérebro e o corpo para o período do sono. Cochilos no fim do dia podem impactar no sono da noite”, diz Lucio Huebra, neurologista, médico do sono e membro da Associação Brasileira do Sono.

Além disso, o cochilo deve ter duração entre 10 e 30 minutos. Esse tempo já é suficiente para restaurar a energia e melhorar a produtividade. Descansos mais longos podem causar inércia do sono, aquela sensação de confusão e cansaço ao despertar.

Benefícios do cochilo

O impacto positivo do cochilo na saúde mental e física tem sido bastante estudado. Uma pesquisa da Nasa demonstrou que pilotos que dormiam por apenas 26 minutos apresentavam uma melhora de 34% no desempenho e um aumento de 54% na atenção. Além disso, cochilar regularmente pode ajudar a reduzir a pressão arterial e diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.

A relação entre cochilo e memória também tem ganhado destaque. Estudos da Universidade de Harvard apontam que o sono de curta duração pode potencializar a retenção de informações e facilitar a aprendizagem. Isso ocorre porque, durante o cochilo, o cérebro consolida memórias e reforça conexões neurais.

“É possível tirar cochilos todos os dias, especialmente se você sente que a qualidade do sono noturno não está suficiente. Em sociedades com falta de descanso, o cochilo diário pode ser uma forma de compensar a privação de sono. No entanto, a frequência ideal pode variar de pessoa para pessoa”, acrescenta Lorenzi Filho.

Embora o hábito de cochilar traga diversos benefícios, vale lembrar que ele não deve substituir uma noite de sono completa. Dormir bem durante a noite continua sendo essencial para a saúde geral do organismo.

Fonte: CNN BRASIL

A prática de atividades físicas em dias quentes exige cuidados específicos. Em último caso, evitar treinos em altas temperaturas pode ser melhor opção.

Com a chegada do calor extremo, muitos buscam continuar sua rotina de exercícios físicos ao ar livre. Porém, a combinação de altas temperaturas e esforço físico intenso pode ser um desafio para o corpo humano.

A prática de atividades físicas em dias quentes exige cuidados específicos, já que o calor excessivo pode levar a complicações graves, como desidratação, sobrecarga cardiovascular e até lesões musculares. Especialistas alertam para os riscos e fornecem orientações sobre como manter o corpo seguro enquanto se exercita sob o calor.

O impacto do calor no corpo

De acordo com Caio Senise, médico do esporte e membro do Comitê Olímpico Brasileiro, o exercício intenso, principalmente em ambientes de calor, exige um aumento no metabolismo corporal, o que gera mais calor. “Durante o exercício, os músculos aumentam muito a demanda por energia, e esse processo resulta na produção de mais calor, que eleva a temperatura do corpo”, explica Senise. O organismo, então, tenta dissipar esse calor por meio de mecanismos como a sudorese, um dos principais mecanismos de troca térmica com o ambiente.

Fora isso, em ambientes de alta umidade, o suor se evapora de forma ineficiente, tornando a regulação da temperatura corporal mais difícil. “Com umidade acima de 75%, o risco de aumento excessivo da temperatura corporal é muito grande, e o corpo não consegue se resfriar adequadamente”, alerta Senise.

A desidratação é outro fator crítico. “Durante o exercício, já perdemos fluidos pelo suor e pela respiração. Isso aumenta o risco de complicações como lesões renais, hepáticas e até mesmo encefalopatia, que pode afetar o sistema nervoso”, afirma o especialista.

Além disso, a falta de hidratação adequada agrava a troca de calor e eleva os riscos de doenças relacionadas ao calor, como a rabdomiólise, uma lesão muscular grave que também pode afetar os rins.

Sobrecarga cardiovascular em altas temperaturas

O calor extremo também impõe desafios ao sistema cardiovascular. Swellen Schuenemann, cardiologista do Centro Médico Elsimar Coutinho, explica que, durante o exercício físico em altas temperaturas, há um aumento do fluxo sanguíneo para a pele para dissipar o calor. “Esse aumento pode reduzir o retorno venoso ao coração e diminuir a capacidade do órgão de bombear sangue de forma eficiente”, afirma a cardiologista.

Como resposta, a frequência cardíaca tende a subir para garantir que os músculos e órgãos recebam oxigênio e nutrientes suficientes. “O aumento excessivo da frequência cardíaca e a diminuição da capacidade de exercício são alguns dos sinais de sobrecarga cardíaca em ambientes quentes”, destaca Schuenemann.

Para indivíduos com doenças cardíacas ou hipertensão descontrolada, o risco de complicações é ainda maior. A exposição ao calor pode agravar o estresse cardiovascular e aumentar a probabilidade de arritmias ou outras complicações graves.

Estratégias de prevenção 

Diante dos riscos, os especialistas reforçam a importância de medidas preventivas. A hidratação constante é fundamental para reduzir a sobrecarga térmica e cardiovascular.

“Devemos nos hidratar antes, durante e após a atividade física, não apenas com água, mas também com bebidas isotônicas que repõem eletrólitos como sódio e potássio”, recomenda Senise. A hidratação ajuda a manter o volume sanguíneo e facilita a circulação, além de reduzir o risco de desidratação severa.

Para evitar complicações, é fundamental escolher horários adequados para a prática de atividades físicas. Os momentos ideais são no início da manhã ou após o pôr do sol, quando as temperaturas são mais amenas. Também é recomendado o uso de roupas leves e respiráveis para facilitar a regulação da temperatura corporal.

Os médicos ressaltam a importância de a pessoa se aclimatar ao calor. “Para quem viaja para regiões de clima quente ou não está acostumado a temperaturas elevadas, o processo de aclimatação pode levar de 10 a 14 dias”, afirma Senise. Durante esse período, o corpo ajusta a taxa de sudorese e a perda de eletrólitos, o que torna o exercício mais seguro. Riscos extremos e recomendações

Apesar de algumas precauções, o calor extremo pode ser extremamente perigoso. Senise alerta que, em casos de temperaturas muito altas e umidade elevada, o exercício ao ar livre deve ser evitado.

“Existem faixas de temperatura que são proibitivas para a prática de atividades físicas devido ao alto risco de complicações como a insolação e a falência múltipla de órgãos”, afirma.

Em relação aos cuidados com o sistema cardiovascular, a cardiologista destaca que a hidratação contínua e o monitoramento da frequência cardíaca são essenciais. “Em casos de aumento excessivo da frequência cardíaca ou sintomas de sobrecarga cardíaca, é crucial interromper a atividade e buscar um ambiente fresco, reidratar e, se necessário, procurar atendimento médico”, conclui.

Fonte: CNN BRASIL