Um terço dos ataques violentos a escolas em duas décadas ocorreu nos últimos 10 meses

Desde 2002, país teve 22 episódios como o da última segunda-feira (27), em SP. Porém, frequência aumentou recentemente.

O Brasil registrou 22 ataques de violência extrema em 23 escolas desde 2002, segundo levantamento da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O número, que pode não parecer tão alto, é alarmante se considerado o recorte mais recente: mais de um terço (9) desses registros ocorreu desde junho do ano passado.

Especialistas ouvidos pelo R7 jogam luz nessa escalada de violência nas instituições de ensino e afirmam que, de modo geral, casos midiáticos e de repercussão nacional tendem a influenciar potenciais autores, inclusive devido a falhas na cobertura jornalística.

Daí, portanto, é possível explicar a maior frequência desses episódios nos últimos anos.

“Isso influencia os próximos. Se observarmos os ataques, são sempre parecidos com algum outro que já ocorreu, e muitas vezes baseado nesses, como no de Suzano, por exemplo”, afirma Elaine Alves, psicóloga com pós-doutorado em luto, emergências e desastres do Instituto de Psicologia da USP.

O massacre na E.E. Raul Brasil, no município da Grande São Paulo, em março de 2019, exemplifica o argumento da psicóloga.

Os dois autores possuíam inspiração no ataque em Columbine, nos Estados Unidos, 20 anos antes, e parte dos métodos foi seguida na última segunda (27), na zona oeste de São Paulo, quando uma professora foi morta a facadas por um adolescente.

Essa corrente de influências se deve também à divulgação massiva de informações e imagens relacionadas aos autores na mídia e nas redes sociais, afirma Alves.

Por isso, o EWA (Education Writers Association), entidade americana de jornalistas que cobrem educação, recomenda evitar a exposição excessiva dos nomes e fotos de autores e das cenas do ataque, a fim de não fornecer uma forma de atribuição de heroísmo aos agressores.

“É muito preocupante divulgar o rosto dos autores, como fizeram com o adolescente que atacou a escola em São Paulo. Viralizaram várias cenas do ataque. É o tipo de coisa que faz mal para os familiares, as pessoas da escola, não é algo bom. É um desrespeito, uma violência”, afirma a psicóloga.

Dado o cenário crescente no número de casos de ataque, a tendência é que mais eventos aconteçam, lamenta Cleo Garcia, mestranda em educação na Unicamp e especialista em justiça restaurativa.

“Não sabemos quando, mas ocorrerão. Há uma conjunção de fatores que observamos que estão implicando nesse crescimento extremamente preocupante”, afirma a pesquisadora, ao citar a radicalização com discurso de ódio em redes sociais e os fóruns extremistas, nos quais adolescentes são cooptados.

Grupos como esses, prossegue ela, proporcionam a esses adolescentes “acolhimento e reconhecimento, que eles geralmente não têm aqui fora, estimulando-os a praticarem  os ataques”.

O chamado “efeito contágio” foi citado, inclusive, pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), ao afirmar que, entre segunda (27) e terça-feira (28), houve ao menos sete tentativas de ataque em escolas do estado.

“A suspeita é que a ampla divulgação de imagens do ataque ocorrido na escola da Vila Sonia, em São Paulo, no qual uma professora morreu e cinco pessoas ficaram feridas, esteja motivando esses adolescentes”, escreveu a pasta, em nota.

Metade das armas usadas era da família dos autores

Dos 22 ataques levantados pela Unicamp, em 12 os autores se utilizaram de armas de fogo. Desses, ao menos seis tinham a arma em casa. Outros quatro as compraram por terceiros e dois as adquiriram de origem desconhecida.

O levantamento informa outros detalhes a respeito dos 22 episódios de violência.

Ao todo, foram 36 mortos, que se dividem entre 24 estudantes, 5 professoras, 2 profissionais de educação e 5 autores, que cometeram suicídio.

Entre os autores, 16 eram alunos e 12, ex-alunos. Em três casos eles agiram em dupla. O mais velho tinha 25 anos e o mais novo, 10.

Perfil predominante é jovem, branco e misógino

A pesquisa revela, ainda, um perfil dos autores dos ataques. Eles são predominantemente brancos, jovens e homens com comportamento misógino, ou seja, machistas, agressivos e favoráveis a uma visão da mulher como submissa.

Outros traços marcantes de sua personalidade são o gosto pela violência e o culto às armas, bem como uma espécie de isolamento social, com relações sociais e grupos restritos. A evasão escolar também se repetiu entre os agressores avaliados.

Fonte: R7

Primeiros sinais de Alzheimer podem aparecer nos olhos, diz estudo

Doença começa no cérebro décadas antes dos primeiros sintomas de perda de memória, aponta neurologista.

Os olhos são mais do que uma janela para a alma – eles também são um reflexo da saúde cognitiva de uma pessoa.

“O olho é a janela para o cérebro”, disse a oftalmologista Dra. Christine Greer, diretora de educação médica do Instituto de Doenças Neurodegenerativas em Boca Raton, Flórida.

“Você pode ver diretamente o sistema nervoso olhando para a parte de trás do olho, em direção ao nervo óptico e à retina”.

Estudos têm explorado como o olho pode ajudar no diagnóstico da doença de Alzheimer antes do início dos sintomas. A doença está bem avançada quando a memória e o comportamento são afetados.

“A doença começa no cérebro décadas antes dos primeiros sintomas de perda de memória”, disse o Dr. Richard Isaacson, um neurologista preventivo de Alzheimer que também trabalha no Instituto de Doenças Neurodegenerativas.

Se os médicos forem capazes de identificar a doença em seus estágios iniciais, as pessoas poderão fazer escolhas de estilo de vida saudáveis e controlar seus “fatores de risco modificáveis, como pressão alta, colesterol alto e diabetes”, disse Isaacson.

Os olhos mostram

Vê sinais de declínio cognitivo? Para descobrir, um estudo recente examinou tecidos doados da retina e do cérebro de 86 pessoas com diferentes graus de declínio mental.

“Nosso estudo é o primeiro a fornecer análises aprofundadas dos perfis de proteínas e dos efeitos moleculares, celulares e estruturais da doença de Alzheimer na retina humana e como eles correspondem a mudanças no cérebro e na função cognitiva”, disse o autor sênior Maya Koronyo-Hamaoui, professor de neurocirurgia e ciências biomédicas no Cedars-Sinai em Los Angeles, em um comunicado.

“Essas mudanças na retina se correlacionam com mudanças em partes do cérebro chamadas córtices entorrinal e temporal, um centro de memória, navegação e percepção do tempo”, disse Koronyo-Hamaoui.

Os pesquisadores do estudo coletaram amostras de retina e tecido cerebral ao longo de 14 anos de 86 doadores humanos com doença de Alzheimer e comprometimento cognitivo leve – o maior grupo de amostras de retina já estudado, de acordo com os autores.

Os pesquisadores então compararam amostras de doadores com função cognitiva normal com aqueles com comprometimento cognitivo leve e aqueles com doença de Alzheimer em estágio avançado.

O estudo, publicado em fevereiro na revista Acta Neuropathologica, encontrou aumentos significativos no beta-amilóide, um marcador chave da doença, em pessoas com Alzheimer e declínio cognitivo precoce.

As células microgliais diminuíram 80% naqueles com problemas cognitivos, segundo o estudo.

Essas células são responsáveis por reparar e manter outras células, incluindo a eliminação de beta-amilóide do cérebro e da retina.

“Foram [também] encontrados marcadores de inflamação, que podem ser um marcador igualmente importante para a progressão da doença”, disse Isaacson, que não participou do estudo.

“As descobertas também foram aparentes em pessoas com sintomas cognitivos mínimos ou inexistentes, o que sugere que esses novos testes oftalmológicos podem estar bem posicionados para auxiliar no diagnóstico precoce”.

Os pesquisadores do estudo descobriram um número maior de células imunológicas envolvendo firmemente as placas beta-amilóides, bem como outras células responsáveis pela inflamação e morte celular e tecidual.

A atrofia do tecido e a inflamação nas células na periferia distante da retina foram mais preditivas do estado cognitivo, segundo o estudo.

“Essas descobertas podem eventualmente levar ao desenvolvimento de técnicas de imagem que nos permitam diagnosticar a doença de Alzheimer mais cedo e com mais precisão”, disse Isaacson, “e monitorar sua progressão de forma não invasiva, olhando através do olho”.

Fonte: CNN BRASIL

Cientistas encontram água presa em “gotas de vidro” na superfície da Lua

Pesquisa aponta a resposta para uma pergunta que os especialistas vêm fazendo há anos, enquanto tentam entender exatamente como a água é estocada na Lua.

Trilhões de quilos de água estão espalhados pela Lua, presos em pequenas “gotas de vidro” que teriam sido formadas quando asteroides colidiram com a superfície da Lua, de acordo com uma nova pesquisa.

As descobertas, apresentadas em um estudo publicado nesta segunda-feira (27) na revista científica Nature Geoscience, foram reunidas por cientistas na China, que analisaram as primeiras amostras do solo lunar a serem trazidas à Terra desde a década de 1970.

A pesquisa aponta a resposta para uma pergunta que os cientistas vêm fazendo há anos, enquanto tentam entender exatamente como a água é estocada na Lua – principalmente nas regiões fora dos polos lunares, onde o gelo pode existir em maior abundância.

Essencialmente, o estudo preenche algumas lacunas em uma teoria sobre o ciclo da água lunar.

Para sustentar um ciclo da água na superfície da Lua, deveria existir uma camada hidratada (reservatório) profunda nas terras lunares, segundo os autores do estudo. “No entanto, encontrar esse reservatório parecia ilusório, apesar de diversos estudos terem investigado o inventário de água em grãos finos de minerais em solo lunar.”

Os pesquisadores decidiram identificar um potencial reservatório de água ao investigar as gotas de vidro formadas durante o impacto de asteroides. E a equipe encontrou os pequenos objetos com quantidades substanciais de água.

Uma leitura do estudo

A amostra de solo lunar analisada para este estudo foi coletada pela missão Chang’e-5, da China, que fez um pouso suave no canto noroeste da Lua voltado para a Terra e carregou amostras de regolito de volta para casa em 2020.

A partir dessas amostras, pesquisadores de várias instituições na China, incluindo a Universidade de Nanjing e a Academia Chinesa de Ciências, escolheram a dedo 150 grãos para estudar, variando em tamanho de cerca de 50 micrômetros – ou a largura de um fio de cabelo humano – a cerca de 1 milímetro.

A teoria proposta por esta última pesquisa é que essas gotas de vidro, formadas nos tempos antigos, podem ter sido imbuídas de água quando atingidas pelos ventos solares, que transportam hidrogênio e oxigênio da atmosfera do sol através do sistema solar. Na verdade, pode haver mais de 270 trilhões de quilos de água armazenados na Lua.

“Encontramos um novo mecanismo, no qual o hidrogênio do vento solar pode difundir nas gotas de vidro e, assim, identificamos um novo reservatório de água na Lua”, disse Hejiu Hui, um dos coautores do estudo e pesquisador da Universidade de Nanjing, por e-mail. “Por outro lado, gotas de vidro de impacto são distribuídas no regolito globalmente na Lua. Portanto, as gotas de vidro de impacto podem ser reabastecidas com água na superfície da Lua e podem sustentar o ciclo da água na superfície lunar”.

As gotas podem ser reabastecidas com água de poucos em poucos anos, sugeriu o estudo.

As descobertas se baseiam em pesquisas da Nasa que sugerem que a água está presente no lado da Lua iluminado pelo Sol. Os cientistas têm procurado mais informações sobre como essa água foi armazenada.

A Nasa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre este estudo. A agência espacial não tem permissão para trabalhar com suas contrapartes chinesas desde 2011, quando o Congresso aprovou a Emenda Wolf.

Compreender como a água é armazenada na Lua é útil, observou Hui, porque poderia apontar futuros astronautas lunares para recursos potenciais que poderiam um dia ser convertidos em água potável ou até mesmo em combustível de foguete.

“Essa água pode ser liberada simplesmente aquecendo essas contas de vidro”, disse Hui.

Mudando de perspectiva

David Kring, cientista principal do Instituto Lunar e Planetário em Houston, disse que esta pesquisa dá aos cientistas uma nova visão sobre como a água pode ser armazenada na Lua, particularmente em locais semelhantes ao local de pouso da missão Chang’e 5 no lado próximo da Lua. Ele não esteve envolvido no estudo.

“Isso é importante para a discussão científica dos ciclos lunares da água na lua”, observou ele.

Mas, disse Kring, provavelmente existem lugares melhores para os astronautas coletarem água para fins práticos, “é por isso que estamos interessados nos polos lunares”.

Os cientistas teorizaram que pode haver grandes depósitos de gelo de água nos polos da lua desde a era Apollo. E a Nasa planeja enviar astronautas para explorar a área como parte de seu programa Ártemis, que visa enviar humanos ao polo sul lunar ainda nesta década.

“Acho que o interesse internacional na exploração da Lua alimentará o interesse de todos”, disse Kring. “Mal posso esperar até que tenhamos astronautas Ártemis na região polar sul lunar em dois a três anos.”

Fonte: CNN BRASIL

Bullying: especialistas explicam como é possível lidar com a prática da intimidação

Abordagem multidisciplinar com a participação de familiares, profissionais da educação e dos serviços de saúde pode contribuir para minimizar os impactos da intimidação.

O termo “bullying” tem origem no inglês a partir da palavra “bully”, que significa valentão ou agressor. A expressão passou a ser utilizada para descrever principalmente comportamentos abusivos e intimidadores entre crianças e adolescentes em ambiente escolar. A origem do problema é multifacetada, envolvendo fatores sociais, culturais e psicológicos, além de questões familiares e da formação individual como falta de habilidades sociais, baixa autoestima, comportamentos agressivos aprendidos e a busca por poder e status social.

“A origem do bullying está na dificuldade humana de lidar com o diferente. Isso muito se fala, mas é uma das coisas mais difíceis para o ser humano fazer. Isso requer muita maturidade em todos os sentidos. Tem muitos adultos que a gente observa que têm muita dificuldade em lidar com a diferença, imagina as crianças e adolescentes para os quais o mundo é um ‘senhor desconhecido’”, afirma a psicanalista Eliana Riberti Nazareth, docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP).

Por vezes, ataques violentos ocorridos em escolas no Brasil e no exterior são descritos como a consequência extrema em uma reação de vítimas de bullying que se tornam agressores. No entanto, especialistas em saúde mental afirmam que a associação entre bullying e episódios violentos é ainda mais complexa.

Nesse contexto, a abordagem multidisciplinar com a participação de familiares, profissionais da educação e dos serviços de saúde pode contribuir para minimizar os impactos da intimidação.

“É importante abordar o assunto com delicadeza e empatia, ouvir atentamente dando a oportunidade de falar sobre suas experiências e sentimentos em relação ao bullying, e isso os ajudará a se sentir mais seguros e confiantes. Validar seus sentimentos, mostrando que você entende o que eles estão passando. Oferecer apoio emocional. Discutir opções e estratégias tais como reportar o incidente à escola, buscar ajuda de um profissional de saúde mental, ou encontrar formas de se sentir mais seguros e reforçar a importância de falar sobre o problema com alguém de confiança”, afirma o psicólogo Ricardo Milito.

A médica Ana Márcia Guimarães, membro do Departamento Científico de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), afirma que o bullying pode ser apenas uma das causas de atentados violentos, que também têm origem em transtornos mentais sem tratamento.

“O agressor, que pode culminar em uma tragédia assim, tem um perfil que normalmente é de uma pessoa que foi vítima de bullying anteriormente. Então, é um adolescente agressivo, que não respeita regras, que não tem medo de autoridades. Um adolescente impulsivo pode culminar num comportamento assim de extrema impulsividade”, afirma Ana. “Às vezes, é um ato deliberado, planejado, calculado, por um transtorno de conduta, caminhando para um transtorno de personalidade”, completa.

Como reconhecer que uma criança ou adolescente é vítima de bullying?

Reconhecer que uma criança ou adolescente tem sido alvo de bullying pode ser um desafio. Muitas vezes, as vítimas não se sentem à vontade para contar o que está acontecendo, têm vergonha ou receio das consequências de revelar o problema. No entanto, existem alguns sinais que podem indicar que uma criança ou adolescente está sofrendo intimidação.

“Mudanças de comportamento e humor, podendo parecer mais triste, ansioso, retraído ou mais agressivo do que o normal. Evitar ir à escola ou participar de atividades que antes gostavam. Problemas físicos como lesões inexplicáveis, hematomas, arranhões, dores de cabeça ou de estômago com mais frequência do que o normal. Perda ou dano de pertences. Mudanças no desempenho escolar. Isolamento social ou dificuldade em fazer novas amizades são alguns sinais”, afirma Milito.

O psicólogo e professor de psicanálise Ronaldo Coelho destaca que crianças mais reservadas e introspectivas tendem a ser vítimas de intimidação nas escolas.

“Uma criança que sofre bullying tende a ser mais introvertida, na escola ela pode preferir ficar sozinha na hora do recreio, pode preferir ficar na sala de aula, ficar conversando com os professores em vez de brincar, buscar formas de ficar longe do ambiente onde as outras crianças possam ter acesso a ela e perturbá-la, violentá-la. Algumas só vão pedir para ir ao banheiro quando a aula começar, pois assim garantem que as crianças abusadoras não vão violentá-la no banheiro por estarem na sala de aula, por exemplo”, afirma.

O bullying pode ser classificado em diferentes tipos, como ações de violência física, verbal e psicológica. O entendimento sobre a forma como a intimidação é praticada pode ajudar a lidar de maneira mais eficiente com o problema, como explica o médico psiquiatra Gabriel Okuda, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“O bullying pode ser dividido em vários tipos, desde a parte física, com relação à violência física à violência psicológica, incluindo intimidações, chantagens, calúnias ou perseguições de qualquer aspecto, seja religioso, pela questão sexual ou pela aparência física. Também é dividido pela questão verbal, caracterizado muitas vezes por xingamentos, humilhações e até apelidos que são de mau gosto”, explica.

Com o amplo uso da internet e das redes sociais, o bullying virtual, também chamado de cyberbullying, passou a representar um impacto significativo na prática. “A internet hoje em dia é uma extensão da nossa vida. Isso acaba fazendo com que algum tipo de bullying nesse ambiente acabe tendo uma abrangência e alcance de pessoas muito grande”, diz Okuda.

Já os casos de bullying social estão relacionados à exclusão de um indivíduo do convívio social por um grupo de pessoas. “É importante termos essas delimitações e esses tipos definidos por que é a partir dessas delimitações conseguimos explicar um pouco melhor para a criança ou o adolescente que é vítima desse tipo de ação”, pontua.

Como pais e cuidadores podem lidar com o problema?

Criar um ambiente seguro e de apoio ao compartilhamento de preocupações pode ser um caminho para que a criança ou adolescente fale sobre o que está acontecendo.

“Conversar com a criança ou adolescente, buscando entender o que está acontecendo e como ela se sente é um caminho. Elas podem estar com medo ou envergonhadas de falar sobre o bullying. É importante ensinar habilidades sociais como se comunicar efetivamente, resolver conflitos de forma construtiva e desenvolver empatia e compaixão pelos outros. Além de encorajar a autoconfiança através de elogios e de incentivo”, afirma o psicólogo.

A orientação é compartilhada pela médica psiquiatra Jéssica Martani. “Estimule a comunicação, ajude seu filho a lidar com conflitos e ensine habilidades sociais e empatia. Ajude a estimular a autoconfiança e autoestima para que ele veja quais os talentos possui e que podem ajudá-lo”, diz.

Nesse contexto, o trabalho em parceria com a escola pode contribuir para resolver o problema, incluindo o fortalecimento da política de prevenção e intervenção ao bullying. Os especialistas sugerem medidas como o estabelecimento de um canal de denúncias, a realização de ações educativas e a aplicação de sanções disciplinares, além da  capacitação dos professores e demais funcionários da escola.

“É fundamental implementar medidas de prevenção e intervenção, promover a conscientização dos estudantes abordando temas como empatia, tolerância e o respeito pelas diferenças, estabelecer um ambiente escolar seguro como a instalação de câmeras de segurança, regras claras de convivência, envolver os pais e a comunidade realizando reuniões, palestras e outras atividades de conscientização e engajamento”, diz Milito.

Ronaldo Coelho afirma que caso a escola tenha um espaço instituído para se falar sobre as relações, esse tema pode ser abordado pelos mais diferentes caminhos até culminar em uma discussão da substituição da postura ética no lugar da força física.

“Um caminho que se possa compreender o uso da força e da violência como a falência da capacidade mental em lidar com problemas e conflitos. Porém, uma discussão complexa a esse nível precisaria ser muito bem pensada e estruturada pela escola, pensando na singularidade de cada turma e no momento do desenvolvimento em que cada um está, para que pudesse ser verdadeiramente efetiva”, diz.

A psicanalista e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) Eliana Riberti Nazareth fala sobre a importância da integração entre família e escola diante de problemas.

“Seria importante que os pais quando estão passando por problemas dentro de casa, entre familiares, de conflitos entre os pais ou com outros parentes, que eles informem a escola, para que a escola fique mais atenta a aquele filho que pode estar sofrendo. E dentro de casa, às vezes, ele não manifesta sofrimento, ele vai manifestar na escola”, afirma.

Vivência de um trauma

Vivenciar a experiência de um ataque violento em escola pode provocar trauma com consequências a longo prazo para a saúde mental de crianças e de adolescentes. A exposição a uma violência como essa é considerada um trauma de choque e que pode ter muitos desfechos, desde uma reação aguda ao estresse que dura poucos dias após o ocorrido até o transtorno do estresse pós-traumático que pode um longo prazo.

“Nas primeiras semanas após uma experiência como essa são esperados comportamentos que dizem de uma reação aguda ao estresse, tais como alteração do sono, pesadelos, sensação de alerta constante, aumento da ansiedade basal, dificuldade para relaxar, aumento da irritabilidade, tentativa de evitar contato com o local e com qualquer coisa que lembre a situação, então algumas crianças ou até mesmo os adultos envolvidos podem não querer retornar à escola ou podem também sentir o contrário de tudo isso, como se estivessem anestesiados”, explica a psicóloga especialista em traumas, Ediane Ribeiro.

Nessa fase, o cérebro e o corpo tentam lidar com a forte carga emocional recebida. Porém, se esses sinais e sintomas duram mais que algumas semanas, podem sinalizar para o desenvolvimento do transtorno do estresse pós-traumático, que precisa de uma atenção e cuidados especializados, segundo a psicóloga.

“Esse tipo de trauma tem dimensões individuais e coletivas e todas elas precisam ser consideradas. O suporte a todas as pessoas envolvidas diretamente – desde familiares da professora, a criança que era alvo da agressão, todas as crianças da escola e seus funcionários – se possível com uma intervenção precoce de profissional da área de saúde mental e emocional é a primeira medida”, avalia.

A especialista pondera que diante de um ataque não há como a escola voltar a funcionar normalmente, como se nada tivesse acontecido.

“Será preciso tratar do tema coletivamente, criar espaços para que alunos, professores e funcionários possam compartilhar suas sensações e tenham oportunidade não para falar do trauma em si, que pode nem ser tão indicado nesse momento, mas para juntos encontrarem rede de apoio e medidas de reestabelecimento do senso de segurança. Então, rodas de conversa, grupos de acolhimento são importantes dentro da escola nesse momento”, orienta.

Fonte: CNN BRASIL

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Por Pra. Daniela Porto

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Por Pra. Daniela Porto

O que os planos de reforma judicial de Israel podem significar para os palestinos

Críticos das mudanças temem que, se os políticos tiverem mais controle, os palestinos que vivem em Israel serão prejudicados.

Em sua essência, a reforma judicial planejada de Israel daria ao parlamento do país, o Knesset e, portanto, aos partidos no poder, mais controle sobre o judiciário.

Como os juízes são selecionados, a quais leis a Suprema Corte pode decidir, até mesmo dando poder ao parlamento para anular as decisões da Suprema Corte: as mudanças seriam as mais significativas no judiciário de Israel desde sua fundação em 1948.

O que isso significa para os palestinos?

O enfraquecimento do poder judicial pode limitar tanto os israelenses quanto os palestinos a buscar a defesa de seus direitos no tribunal se acreditarem que estão comprometidos pelo governo.

Os palestinos na Cisjordânia ocupada poderiam ser afetados e, claro, os cidadãos palestinos de Israel ou aqueles que possuem cartões de residência seriam diretamente afetados.

A Suprema Corte de Israel não tem influência sobre o que acontece em Gaza, que é governada pelo grupo militante palestino Hamas.

Os críticos das mudanças temem que, se os políticos tiverem mais controle, os direitos das minorias em Israel, especialmente os palestinos que vivem em Israel, seriam afetados.

No ano passado, por exemplo, o tribunal suspendeu os despejos de famílias palestinas no bairro crítico de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, onde grupos judeus reivindicaram a propriedade de terras nas quais as famílias vivem há décadas.

Ao mesmo tempo, ativistas palestinos argumentaram que o tribunal superior consolidou ainda mais a ocupação israelense da Cisjordânia, nunca tendo considerado a legalidade dos assentamentos israelenses ali, embora sejam considerados ilegais pela maior parte da comunidade internacional.

O tribunal superior também foi objeto de reclamações da extrema direita de Israel e dos colonos, que dizem que ele é tendencioso contra os colonos; eles condenaram o envolvimento do tribunal na aprovação do despejo de colonos de Gaza e do norte da Cisjordânia em 2005.

Fonte: CNN BRASIL

Coreia do Norte dispara míssil balístico

Disparo ocorreu dias após Seul e Washington concluírem seus maiores exercícios militares conjuntos.

A Coreia do Norte disparou pelo menos um míssil balístico na madrugada dessa segunda-feira (27), o mais recente em sua onda de testes de armas nas últimas semanas, disseram os militares sul-coreanos.

“A Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado” no Mar do Japão, disse o Estado-Maior Conjunto em Seul.

O lançamento ocorreu dias depois que Seul e Washington concluíram seus maiores exercícios militares conjuntos em cinco anos na quinta-feira (23).

Pyongyang vê esses exercícios como ensaios para uma invasão e, na sexta-feira (24), declarou os recentes exercícios, apelidados de Freedom Shield, treinando para “ocupar” a Coreia do Norte.

Pyongyang conduziu seus próprios exercícios militares, incluindo o segundo lançamento de um míssil balístico intercontinental do ano e o teste de um drone subaquático de ataque nuclear.

Após um ano recorde de testes de armas e crescentes ameaças nucleares de Pyongyang em 2022, Seul e Washington intensificaram sua cooperação em segurança.

A Coreia do Norte se declarou uma potência nuclear “irreversível” no ano passado e o líder Kim Jong Un recentemente pediu um aumento “exponencial” na produção de armas, incluindo armas nucleares táticas.

Fonte: R7

A ‘espetacular’ nova espécie de aranha descoberta na Austrália

Uma nova espécie de ‘aranha de alçapão gigante’ foi descoberta em uma floresta na Austrália.

Uma nova espécie de aranha foi descoberta na Austrália.

A “aranha gigante de alçapão“, como animais do tipo são comumente chamados no país, foi encontrada em uma floresta de Queensland, no nordeste da Austrália.

Esse tipo de animal é considerado por especialistas como raro. A aranha pode crescer até atingir cinco centímetros de comprimento, tamanho apontado como “grande para aranhas de alçapão”.

Os cientistas que descobriram a espécie dizem que ela pode estar em perigo de extinção devido à perda de vegetação nativa das florestas da região.

O que sabemos sobre a espécie?

A aranha de alçapão tem esse nome porque ela fica em um buraco coberto por folhas durante o dia. À noite, porém, ela abre esse seu alçapão de folhas e pula para capturar insetos para se alimentar.

O nome científico oficial da nova espécie é Euoplos dignitas. Em latim, esse termo pode significar dignidade ou grandeza, e foi escolhido para refletir o tamanho da aranha.

Acredita-se que as fêmeas possam viver por até 20 anos.

Embora elas usem presas cheias de veneno ao caçar, não seriam mortais para os humanos. A mordida, no entanto, pode ser dolorida.

A espécie foi encontrada como parte de uma campanha chamada Project Dig, que dá visibilidade à fauna dessa região da Austrália com o objetivo de fomentar a conservação da natureza.

Michael Rix, que liderou a equipe que descobriu o novo aracnídeo, descreveu a nova espécie como uma “aranha espetacular… e uma espécie grande e bonita”.

“Ela é muito grande para uma aranha de alçapão”, disse Rix, que também é o principal cientista do Museu de Queensland e curador de aracnologia. “As fêmeas dessa espécie podem chegar a cinco centímetros de comprimento corporal.”

Já Jeremy Wilson, um dos cientistas da equipe, diz que prefere pensar que a espécie “agora é conhecida por todos e pode ser protegida”.

Fonte: G1

Conheça 15 profissões que pagam bem e têm alta demanda do mercado

Hoje você vai conhecer 15 profissões que pagam bem e tem alta demanda do mercado para 2023! Os salários são incríveis e podem chegar até R$ 30.000,00.

São carreiras que estão longe de ficarem saturadas no mercado, pelo contrário, são muitas vagas com ótimos salários.

Detalhe: é importante ter conhecimento específico e muita dedicação. Confira abaixo quais são elas e os respectivos salários:

Gerente de e-commerce

O gerente de e-Commerce é a pessoa responsável por propor soluções criativas, impulsionando o setor de comércio eletrônico da empresa. O cargo está em alta, uma vez que as vendas hoje são majoritariamente feitas pela internet.

Média salarial: R$ 11.500 a R$ 27.300.

Analista de Inteligência de Mercado

O cargo é destinado por extrair e lidar com um volume de dados muito grande sobre marketing para empresa. É o analista de inteligência de mercado que vai fazer o mapeamento e estudo de mercado para identificar riscos e oportunidades para o negócio.

O cargo é um dos mais demandados atualmente, com cada vez mais empresas investindo pesado na parte de marketing.

Média salarial: R$ 6.00 a R$ 12.800

Analista de preços

Focado na parte de analisar preços de mercadorias e serviços para aumentar a receita da empresa, o analista de preços também monitora o mercado e a concorrência.

Média salarial: R$ 3.000 a R$ 5.000

Engenheiro de aplicação/vendas

São responsáveis por negociar a venda de produtos científicos e técnicos avançados para empresas e organizações. O engenheiro de aplicação/vendas é a pessoa que vai projetar e visualizar novos produtos que ajudam a maximizar o lucro de seus clientes.

Média salarial: R$ 8.100 a R$ 18.000

Gerente de supply chain

Um gerente de supply chain deve ter habilidades para gerenciar e organizar atividades de aquisição, produção e distribuição de mercadorias na empresa.

Média salarial: R$ 18.900 a R$ 30.000

Engenheiro-agrônomo

O engenheiro-agrônomo numa empresa vai cuidar da parte de planejamento, organização e manutenção de processos agrícolas. É ele(a) o responsável por desenvolver técnicas melhores para combater pragas, ajudar no processo de plantio e colheita e comercialização dos produtos de origem vegetal e animal.

Média salarial: R$ 3.100 a R$ 7.500

Coordenador de segurança da informação

Vai identificar e coordenar várias oportunidades de aplicação de tecnologia de segurança da informação na empresa. A pessoa responsável terá de lidar com processos de treinamento da área de segurança da informação e implementação de novas tecnologias.

Média salarial: R$ 17.300 a R$ 23.700

Coordenador de infraestrutura

Um coordenador de infraestrutura tem um papel muito importante dentro de uma empresa. Como tudo hoje é em grande parte digital, o coordenador de infraestrutura cuida das rotinas de manutenção, implantação e configuração de infraestrutura de telecomunicações, redes, servidores e internet de uma empresa.

Média salarial: R$ 11.500 a R$ 19.300

Controller

O controller vai controlar todos os processos que envolvem gestão financeira, patrimonial e econômica da instituição. É muito importante também, que o controller tenha um estudo muito aprofundado sobre fatores internos e externos da empresa.

Média salarial: R$ 16.800 a R$ 39.000

Analista de TI

Dita por muitos como a profissão do futuro, o analista de TI é responsável por desenvolver, implantar e prestar suporte a sistema de informação e soluções tecnológicas. Essa pessoa também ajuda nos processos de configuração e armazenamento das redes da empresa.

Média salarial: R$ 2.250 a R$ 4.600

Desenvolvedor de mobile

Hoje em dia quase todo mundo tem um celular, né? Pois é! É o desenvolvedor de mobile a pessoa responsável por desenvolver interface e aplicativos para os nossos celulares. Ele também projeta soluções tecnológicas para dispositivos mobile.

Média salarial: R$ 3.500 a R$ 12.900

Analista de fusões e aquisições

Analista de fusões e aquisições é responsável por analisar, gerenciar e concretizar processos de vendas e compras de empresas.

Média salarial: R$ 14.100 a R$ 21.600

Gerente de relacionamento private

Um gerente de relacionamento private é a pessoa que gerencia as necessidades do cliente private. Sempre pensando no melhor para o patrimônio do cliente, o gerente de relacionamento private tem amplo conhecimento e qualificação para entender o mercado e aplicar estratégias positivas para o dinheiro do cliente.

Média salarial: R$ 23.100 a R$ 39.600

Advogado empresarial

O advogado empresarial vai prestar assessoria jurídica para empresas, garantindo que a instituição funcione dentro da lei para aumentar a efetivação de seus negócios. É ele que vai elaborar contratos sociais e também acompanhar os processos movidos pela empresa.

Média salarial: R$ 13.200 a R$ 24.100

Advogado contencioso cível sênior

O advogado contencioso cível vai defender clientes em processos judiciais que não sejam crimes. Ele resolve problemas comuns junto a empresas e pessoas.

Média salarial: R$ 10.600 a R$ 18.000

Agora que você conheceu 15 profissões com alta demanda e que pagam super bem, que tal começar a procurar algumas vagas?

Eu te ajudo! O Brasil hoje está com vários concursos abertos e tem algumas dessas profissões entre eles, que tal dar uma olhadinha?

Boa sorte!!

Fonte: SóNoticiaBoa