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CASAIS COM PAZ E VIDA

À CNN Rádio, a especialista Fabiana Granzotti explicou que pessoas mais velhas têm muito a contribuir para as empresas.

Em entrevista à CNN Rádio, durante o quadro CNN No Plural, a gerente de projetos da Maturi, Fabiana Granzotti explicou o que é o etarismo. “O etarismo ou ageísmo, que é derivado do termo aging, do inglês, é o preconceito por idade”, disse.

Segundo ela, muito se fala sobre o preconceito para pessoas mais velhas, mas ele interfere em todas as idades – como uma pessoa vista como jovem demais para ocupar um cargo de liderança, por exemplo.

“No entanto, ele é mais acentuado para os mais velhos, devido a estereótipos, de que eles são desatualizados, desconectados da tecnologia e não acompanharam as mudanças. Mas isso não está ligado à idade, mas às oportunidades de cada um”, completou.

Fabiana, que comanda uma empresa especializada no tema, lembrou que o Brasil já tem 37,7 milhões de idosos, que estão aptos a contribuir de diversas formas para o mercado de trabalho.

Uma delas é a mentoria. “Ela é muito positiva, uma pessoa com mais experiência passou inclusive por situações mais difíceis, pode contribuir para aqueles que estão começando agora no mercado de trabalho, que não conseguem ter visão mais sistêmica, e os jovens, por outro lado, que já nasceram conectados, conseguem dar o suporte tecnológico.”

Esta parceria é positiva, segundo ela, para a criação de novos produtos, resiliência e ambientes mais produtivos e felizes. “Hoje em dia se fala da necessidade da saúde mental e se observa bastante como a troca é positiva, cada qual tem sua vivência, esse aporte é superimportante.”

As mudanças, no entanto, não devem partir apenas do profissional. “As corporações olham de forma estereotipada, de custo maior, mas tem um outro ponto que o mercado vem oferecendo, os dois lados chegam a um comum acordo, o que as pessoas maduras esperam e como as corporações podem ser remanejadas para absorver as pessoas mais experientes, com programas de consultores, por exemplo.”

“O mercado de trabalho não é mais o que era há dois anos, a pandemia acelerou todo esse processo. A população 50+ deve se manter atualizada, buscar carreiras transversais e as corporações devem ter essa visão de novas formas de contratações, com aporte de conhecimento, sem sofrer com altos salários”, avaliou.

A especialista acredita que é necessária a “queda de paradigmas dos dois lados” para absorver a população que daqui a pouco será maioria no Brasil.

Fonte: CNN Brasil

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