Praticantes defendem benefícios ligados à suposta energia mais veloz que a luz.
Ligadas ao conceito de energia e vibração, as terapias energéticas são técnicas que visam tratar doenças físicas, mentais e emocionais, a partir de uma suposta força vital universal.
Por não existirem consistentes evidências científicas que as validem, essas terapias são consideradas “pseudociência” para alguns pesquisadores.
Mas, para os terapeutas energéticos, essas ferramentas são capazes de proporcionar múltiplos benefícios ligados ao bem-estar dos praticantes.
“As terapias energéticas acreditam que os elementos emocional, mental, espiritual e físico de cada pessoa formam um sistema, e objetiva tratar de toda a pessoa em seu contexto, concentrando-se tanto na causa da doença como nos sintomas”, afirma o terapeuta quântico Luiz Alfredo Batista, da clínica Cura Essencial Terapias.
Embora defenda os supostos benefícios decorrentes dessas práticas, a psicóloga e terapeuta energética Camila Lima ressalta que não é correto prometer nenhum tipo de cura.
“Quando a gente vai falar de práticas energéticas, a gente não tem uma garantia. Eu não posso dizer para a pessoa que eu vou curá-la”, explica.
Apesar disso, ela afirma que esse tipo de tratamento pode proporcionar “sensação de leveza e bem-estar muito grande, de alívio de angústias, de medos e traumas”.
Dentre as terapias energéticas e holísticas, existe uma série de técnicas diferentes — sendo algumas delas institucionalizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
“Muitas são as formas que as pessoas usam para fazer terapia usando energia, seja em um formato de fornecer, por exemplo como é o Reiki, que eu passo energia para a pessoa, ou manipulando a energia”, diz a terapeuta energética Carla Oliveira Healer.
Na concepção de Carla, tais terapias são capazes de traçar um paralelismo entre “coisas concretas e não concretas, então, quando nós mexemos de um lado, ela vai estar na verdade revertendo para o outro”.
Energia taquiônica
Há décadas, cientistas investigam a possibilidade da existência de partículas que viajem no vácuo com velocidade superior a da luz. Tais partículas hipotéticas são conhecidas como “táquions”.
Apesar de diferentes estudos terem sido conduzidos tentando comprovar a existência dos táquions, até o momento não há registros de que algum deles tenha obtido sucesso.
Inserido nesse contexto, em 1999, os naturalistas David Wagner e Gabriel Cousens lançam o livro “Energia taquiônica: um novo paradigma em cura holística”, em tradução livre. A publicação associa a teoria dos táquions à possibilidade de cura holística, através da tal energia.
“Seria uma energia que é 27 vezes mais rápida que a velocidade da luz. É como se ela ajudasse a eliminar a fronteira do tempo e espaço. É uma energia de altíssima frequência, relacionada ao sentimento de amor”, defende Camila.
Para Luiz, essas partículas hipotéticas “atuam para converter ou neutralizar energias nocivas que fazem parte do nosso estilo de vida, como as radiações emitidas por aparelhos eletrônicos em celulares e computadores, micro-ondas, torres de transmissão, redes Wi-Fi, entre outras, restabelecendo o equilíbrio natural do corpo, promovendo saúde e bem estar”.
De acordo com os terapeutas energéticos, a terapia taquiônica pode ser feita de duas maneiras: utilizando materiais externos, como pastilhas e cristais, por exemplo, ou por meio de consultas com terapeutas que utilizam essa técnica.
Vale destacar, porém, que a tal terapia não está dentre as práticas integrativas disponibilizadas pelo SUS. E mesmo as técnicas institucionalizadas pelo sistema público podem ser utilizadas como um adicional, mas não devem substituir o tratamento tradicional, segundo as diretrizes do Ministério da Saúde.
*Publicado por Renata Souza, da CNN
Fonte: CNN BRASIL