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CASAIS COM PAZ E VIDA

Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas,
tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra
” (At 1.8).

Texto Bíblico: Jo 14.15-17, 25-26

Lc 3.21-22 > O Espírito Santo é da mesma essência do Pai e do Filho.

Gn 1.1-3 > O Espírito Santo atuou na criação do mundo. 

Jo 14.25-31 > O Espírito Santo inspirou os autores da Palavra de Deus.

I Co 2.10-14 > O Espírito Santo nos ajuda a compreender as Escrituras.

At 2.1-4 > O Espírito Santos foi-nos dado no dia de Pentecostes.

Jo 16.1-8 > O Espírito Santo convence as pessoas do pecado, da justiça e do juízo.

Jo 14.15-17 > O Espírito Santo habita em cada cristão.

INTRODUÇÃO

À semelhança do que aprendemos sobre o Deus Pai e o Deus Filho, o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade, é também uma Pessoa Divina. A parte da Teologia que estuda a Pessoa e a Obra do Espírito Santo é denominada de Pneumatologia. A igreja primitiva foi toda liderada por Ele.

Precisamos estudar quem Ele é, o que faz e como faz, para que não caiamos em certos extremos, comuns em nossos dias, que começa com o menosprezo às duas outras Pessoas da Trindade. Depois desses estudos, devemos ser capazes de responder, com base neles, as seguintes perguntas: Quem é o Espírito Santo? Sua atuação no Antigo Testamento é semelhante à do Novo Testamento? Qual é especificamente Sua obra? Qual é a sua relação com os cristãos e com o Corpo de Cristo?

I – O SENTIDO ETIMOLÓGICO DA EXPRESSÃO: “parakletos”

  1. No Hebraico: Ruah – Fôlego, vento, espírito.
  2. No Grego: Pneuma – Fôlego, vento, espírito (Jo 3.8 e At 2.2).

Ambos expressam o que não é visível, mas notam-se, Sua presença, Seu poder.

  1. Espírito. É Sua denominação em português. Verifica-se Sua presença na criação do mundo (Gn 1.2) ou em qualquer ação na qual, Sua força seja requisitada.
  2. Santo. É uma forma de estabelecer a diferença quando o Espírito de Deus é mencionado, restringindo e qualificando o termo: “Eles, porém, se rebelaram, e contristaram o Seu santo Espírito; pelo que se lhes tornou em inimigo, e Ele mesmo pelejou contra eles” (Is 63.10; Cf. Sl 51.10-11). A expressão “Espírito Santo” é comum no Novo Testamento.

II – O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

  1. Ele atuou na criação do mundo, particularmente na realização do que foi mencionado na Palavra Criadora (Gn 1.2). É responsável pela manutenção da criação pela perpetuação do ciclo da vida: “Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra” (Sl 104.28-30).
  2. Atuou na criação do homem, como verificamos que Ele é uma das pessoas contidas no termo “façamos” (Gn 1.26), e, especificamente, quando o fôlego da vida foi insuflado no homem, como uma partícula de Deus (Gn 2.7).
  3. Atuou dando poderes a determinadas pessoas, esporádica e provisoriamente, para cumprir determinados fins muito específicos tanto quanto extraordinários: aptidão e sabedoria (Ex 28.3; 31.2-5; 35.31), vitória sobre os inimigos (Jz 11.29, 32-33), força (Jz 14.6), revelação profética (Ez 2.2; 8.3; 11.1, 24); conhecimento e disposição para fazer a vontade de Deus (Is 63.10; Sl 51.11).
  4. Ele foi parte integrante do projeto da Nova Aliança, através da unção que o Messias carregaria (Is 11.2; 61.11) e participa da realização dos objetivos do Novo Pacto (Jl 2.28-32; At 2).

III – O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

No Novo Testamento, o Espírito Santo vem ligado à realização dos projetos Divinos prometidos no Antigo Testamento.

Atuou na concepção de Jesus Cristo (Mt 1.18);

Confirmou a Divindade de Jesus por ocasião de Seu batismo, juntamente com o Pai, a primeira Pessoa da Trindade (Mt 3.16).

Conduziu Jesus ao deserto para ser tentado (Mt 4.1; Mc 1.12; Lc 4.1).

Acompanhou Jesus em seu ministério e nas manifestações de sua Divindade, tanto através de seus ensinos quanto de seus milagres (Lc 4.14, Mt 12.18, 31; Mc 3.18,29).

Cumpriu na vida de Jesus, o Messias, o que foi prometido pelos profetas (Lc 4.16-21);

Usou, com poder, os discípulos de Jesus enviados para cumprir uma missão (Mt 10.16-20).

Foi prometido por Jesus como Conselheiro de seus seguidores, Seu representante, como “Espírito da Verdade”, que habitaria neles (Jo 14.16-18), mas seria desconhecido pelo mundo; pelo que sua vinda com poder, revestindo os discípulos para a realização da obra missionária, devia ser aguardada em oração (Lc 24.49).

Desceu no dia de Pentecostes sobre os cristãos que estavam reunidos em oração no cenáculo, em Jerusalém (At 2.1-13), cumprindo assim o que Jesus prometera, confirmando o que havia sido prometido pelo profeta Joel, citado e interpretado por Pedro (At 2.14-47).

Dinamizou o surgimento da igreja, no livro de Atos, convencendo as pessoas a que aceitassem Jesus como Senhor e Salvador, na vocação evangelística e missionária dos irmãos, e na inspiração do forte ensino da Palavra na igreja primitiva, através das pregações dos apóstolos (I Co 2.4), da dedicação ao cumprimento da obra missionária sem reservas e com toda coragem e intrepidez.

Concedeu e continua concedendo dons aos membros das igrejas, permitindo que elas funcionem como Corpo Vivo de Jesus Cristo, em perfeita unidade e sob o comando da cabeça, Cristo (I Co 12; Ef 4.1-16).

Santificou e santifica os cristãos (I Pe 1.2) dando-lhes vida (I Pe 3.18), e participa ativamente do convite que a igreja faz chamando os pecadores ao arrependimento (Ap 22.17), convencendo-os do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).

III – A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

Assim como o Pai e Jesus Cristo, o Espírito Santo é uma Pessoa, a Terceira Pessoa da Trindade, a Terceira manifestação do Deus Trino e Triúno, enquanto que o Pai é a Primeira e Jesus é a Segunda. O Pai se manifesta destacadamente no Antigo Testamento, o Filho nos Evangelhos e o Espírito Santo nos Atos e nas epístolas. Mas, podemos perceber sempre os três, inseparável e concomitantemente em cada uma dessas manifestações.

  1. O Espírito Santo não é referido através de pronome neutro, no grego, mas através de pronome pessoal (Jo 14.16, 17, 26; 16.7-14).
  2. O Espírito Santo testemunha (Jo 15.26), convence (Jo 16.8), ajuda, consola e ensina (Jo 14.16-18, 26), dirige (Jo 16.13). Ele pode ser resistido (At 7.51), entristecido (Ef 4.30), insultado (Hb 10.29), blasfemado (Mt 12.31), recebido (Jo 20.22) e pode ser alvo de mentiras (At 5.3).

IV – A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é uma pessoa Divina (At 5.3-4). Ele é onipresente (Sl 139.7), onisciente (I Co 2.10), onipotente (I Co 12.11). Ele realiza ações que só Deus pode fazer: realizar a ordem criadora do mundo (Gn 1.2), dar poder a Jesus Cristo para manifestar a sua Divindade (Lc 4.14), fazer o crente nascer de novo (Jo 3.5), convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8), ressuscitar um morto (Rm 8.11). Todas essas realizações são projetos de Deus, o que comprova a perfeita unidade do Espírito Santo com o Pai e com o Filho.

V – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

  1. O Espírito Santo inspirou os autores das Escrituras a fim de que registrassem a vontade de Deus (II Pe 1.21; 3.2; II Tm 3.16; Ex 24.4; Dt 31.9) apresentada pelos profetas (Jr 1.4; Ez 2.1; Os.1.1,2), de Jesus (Lc 4.18), e dos autores do Novo Testamento (Hb 2.1-4; Ap 1.10; Jo 14.26; 16.13).
  2. O Espírito é o promotor do Reino de Deus. Vemos isso desde o livro de Atos, quando Ele encheu os discípulos de poder e intrepidez, dinamizando-os para divulgarem o Evangelho de Jesus e plantar igrejas (At 1.8; 2.4; 5.25-32), dirigindo-os (At 5.3-4), falando através deles (Mt 10.19-20; At 6.10; 15.7), estando com eles (At 7.55-60), encorajando-os (At 15.28), vocacionando-os à obra missionária (At 13.1-2), concedendo-lhes sonhos e visões com relação ao aspecto prático da obra que precisava ser realizada (At 16.6-12), inspirando-os e guiando-os em cada passo.
  3. O Espírito Santo atua nas pregações e testemunhos, convencendo o pecador que ouve a verdade que lhe está sendo anunciada (Jo 16.8-9).
  4. O Espírito Santo habita no interior daquele que aceita Jesus como único e suficiente Salvador (Jo 14.17; I Co 3.16; 6.19; II Co 6.16; I Jo 2.27); é nosso ajudador (Jo 14.16, 26) e intercessor quando oramos (Rm 8.26-27), leva-nos a produzir frutos dignos do ser cristão (Gl 5.22-23), dá-nos poder para testemunhar (At 1.8) e enche-nos, influenciando cada área de nossa vida (Ef 5.18).

CONCLUSÕES

  1. O Espírito Santo é o grande realizador da vontade de Deus, desde a criação do mundo. Hoje, Ele atua fazendo com que vivamos a plenitude da Vida Cristã, anunciada por Jesus Cristo como Vida Abundante. Portanto, não resistamos à obra que Ele deseja fazer em nós.
  2. O Corpo de Cristo deve funcionar na dinâmica do Espírito Santo que dá dons aos membros, com liberalidade. Um dom é uma capacidade divina para atuarmos em pelo menos um ministério a ele ligado, onde abençoamos nossos irmãos através da nossa ministração. Você conhece os dons que o Espírito Santo deu a você? Qual é o seu ministério?
  3. Jamais devemos esquecer que o Espírito de Deus habita em nós. Portanto, Ele conhece nossas reais intenções e o nosso modo de viver. Então, vamos oferecer-Lhe uma vida santificada, totalmente dentro da vontade do Senhor, a fim de que não venhamos a deixá-lo entristecido e decepcionado.

Por Valdely Cardoso Brito

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