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Saiba qual é habilidade fundamental que os pais esquecem de ensinar aos filhos

Curiosidade, generosidade e inteligência emocional são importantes. Mas somente essa habilidade poderá ajudá-los a ter sucesso na carreira e nos relacionamentos.

Para que as crianças tenham sucesso no futuro, é importante que, desde cedo, elas desenvolvam habilidades como curiosidade, generosidade e inteligência emocional. Mas, em artigo publicado no portal da rede CNBC, a educadora e jornalista Esther Wojcicki, autora do best-seller Como Criar Pessoas de Sucesso, diz que há outro aprendizado fundamental neste processo, que frequentemente os pais esquecem de ensinar aos filhos: a autorregulação.

“Quando as crianças aprendem a se autorregular, elas entendem melhor a importância do tempo e conseguem administrar seus próprios comportamentos e ações”, afirma a especialista. “Eu priorizei o aprendizado dessa habilidade para as minhas três filhas e isso contribuiu para o sucesso delas na vida adulta. Hoje, Susan [Wojcicki] é CEO do YouTube, Janet é médica e Anne é cofundadora e CEO da 23andMe.”

Para a autora, agora, mais do que nunca, meninos e meninas precisam aprender a autorregulação. No passado, isso não era tão relevante, já que as crianças se encontravam pessoalmente com os amigos, brincavam ao ar livre, montavam quebra-cabeças ou liam livros. Hoje, estão constantemente conectados aos dispositivos eletrônicos.

Esther avalia que não é o acesso que preocupa, mas a falta de autocontrole nesse acesso. “Por quanto tempo as crianças devem usar um dispositivo digital? Com que frequência devem usá-lo? O que deveriam estar fazendo nele?”, questiona a escritora. “A autorregulação não se refere apenas ao gasto olhando para a tela. Em última análise, ajuda-os a se tornarem mais capazes e confiantes em todos os aspectos de suas vidas”, acrescenta.

Mas como os pais podem ajudar os filhos a se autorregular? Segundo a educadora, essa habilidade começa a se desenvolver nos primeiros anos de vida. Portanto, quanto mais cedo elas forem ensinadas, melhor. E, para fazer isso, ela indica 4 passos.

1.Tenha um relacionamento saudável com os aparelhos eletrônicos

“As crianças podem ter dificuldade em se autorregular porque seus pais dão o exemplo negativo. Lembre-se, nossos filhos estão constantemente nos observando e nos copiando”, aponta Wojcicki. Diante disso, é preciso estabelecer limites próprios para o uso de celulares e outros aparelhos.

  1. Ensine os pequenos a serem pacientes

A escritora destaca que a autorregulação é composta de muitas habilidades, e uma delas é a paciência. “Um estudo sobre gratificação tardia descobriu que as crianças que podem esperar mais por recompensas tendem a ter melhores resultados na vida”, observa. Por isso, a recomendação é não deixa-las o tempo todo no celular, tablete ou videogame.

Wojcicki conta que, para suas filhas, esperar e economizar faziam parte das suas vidas. “Não tínhamos muito dinheiro quando elas estavam crescendo, então economizar era um hábito. Cada uma delas tinha seu próprio cofrinho e o enchia centavo por centavo. Quando conseguiam comprar algo que desejavam, sentiam uma sensação de dever cumprido.”

  1. Deixe os filhos ficarem entediados

“Estar entediado é uma preparação para a vida. A vida frequentemente é chata”, afirma Wojcicki. É possível aprender durante esses momentos. “Você pode ir direto para o telefone ou divagar. ‘Quais são os meus objetivos? Quais são os meus próximos passos? Que obstáculos estão no caminho? De onde vem minha emoção, minhas esperança?”

  1. Defina as regras em conjunto com os filhos

Neste quesito, a educadora faz uma lista de providências a tomar:

Estabeleça um plano com seus filhos, não para eles.

Não permita o uso de telefones durante as refeições, seja na sua casa ou na de outra pessoa, ou depois de deitar.

Ensine as crianças mais novas, a partir dos quatro anos, a utilizar celulares em caso de emergência.

Faça com que as crianças criem suas próprias políticas de telefone celular para férias em família ou qualquer tipo de atividade social em que precisem estar presentes e escolher uma penalidade em caso de desobediência.

Discuta quais imagens e áudio são apropriados para compartilhar online.

Ajude os filhos a entender o que é cyberbullying e seu impacto negativo sobre os outros.

Ensine-os a não fornecer informações de identificação pessoal.

“O objetivo é capacitá-los e ensinar que as regras funcionam. Quando as crianças podem se autorregular, é mais provável que tenham relacionamentos mais bem-sucedidos consigo mesmas e com os outros”, finaliza a educadora.

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Fonte: Época Negócios

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