Skip to content

Volta às aulas e o dilema do lanche ideal para as crianças!

Como adaptar a alimentação dos filhos na escola sempre foi um desafio para os pais.

Você lembra do que seus pais mandavam na sua lancheira? Vou contar um segredo: meu pai desfazia tudo o que minha mãe mandava para mim e meu irmão. Meu pai era o responsável por nos levar à escola, no meio do caminho ele sempre parava na mercearia do Roberto, abria nossa lancheira e trocava a fruta com suco natural por biscoito wafer e refrigerante. Minha mãe só descobriu isso anos depois e talvez tenha sido esse excesso de doces o responsável por nossos problemas dentários, de saúde e desempenho escolar numa fase importante de desenvolvimento. Mas o que você coloca na lancheira dos seus filhos? Com a volta às aulas, o que os pais devem fazer para transformar a hora do lanche em algo saudável, saboroso e divertido?

“Eu indico sempre uma boa fonte de carboidratos, uma fonte de proteína, lipídio que vai com essa proteína, e um fonte de vitaminas e minerais. É montar uma lancheira com uma fruta de preferência da criança, e, por exemplo, um pão com ovo, um sanduíche natural com frango e requeijão, pois aí a gente coloca a proteína e gordura no requeijão e o carboidrato no pão. Mas a gente pode fazer, caso a criança não goste muito de comer comida de casa, introduzir aos poucos novos alimentos como as frutas”, orienta a nutricionista Monique Guerra.

Nesse quesito os especialistas são uníssonos: o importante é evitar os produtos industrializados. Os salgadinhos, biscoitos recheados ou os falsos biscoitos “fits” não devem entrar na dieta dos pequenos. É importante ler a tabela nutricional e a partir daí saber e entender o que aquele alimento agrega de valor ao crescimento da criança.

Dá um pouco mais de trabalho, mas os pais devem procurar alimentos melhores, ricos em densidade calórica, e excluir aqueles pobres em nutrientes, dando mais cor, sentido e vida aos pratos.

É preciso também começar a mudar os hábitos das crianças primeiro em casa, inserir aos poucos alimentos mais saudáveis, entender aqueles que os filhos mais gostam e a partir deles montar o cardápio que será levado à escola. Conversar com a criança para a conscientização sobre o que faz bem e o que não faz. Doces e refrigerantes não podem ser encarados como vilões, mas, sim, evitados e na exceção, preferir o zero.

Você deve estar pensando: mas como adaptar a lancheira? Como mudar o hábito de crianças já acostumadas como os lanches não saudáveis? Podemos criar, por exemplo, o dia do lixo para eles?

“Não existe dia do lixo para ninguém, mas, sim, escolher uma refeição. Na sexta-feira você pode deixar as crianças escolherem, não indico cortar de uma vez, pois isso vai gerar trauma, confusão. Eu aconselho que ela escolha um dia da semana que a criança possa comer um lanche na escola, algo que em média é de dez a doze reais. Mas é preciso dizer a eles que evitem coxinha, enroladinho de salsicha. O ideal é procurar um sanduíche natural ou um pastel de forno de frango que é melhor que o de queijo. Tentar negociar a troca do refrigerante por um suco de polpa que é melhor. Evita o de caixinha e poder mandar um integral, aquele envasado, de garrafa. Diga a eles (as crianças) que o refrigerante não tem nutriente nenhum”, responde Monique.

Então aproveite a volta às aulas para trazer uma nova rotina alimentar para os pequenos. Isso vai evitar problemas de saúde futuros e deixar a rotina deles mais leve. Outra dica é introduzir também exercícios. A dica do Dionisio é escolher escolas, se possível, que já tenha horários alternativos para atividades físicas que ajudam automaticamente na reeducação alimentar.

A nutricionista Monique Guerra traz mais uma dica: “faça um sanduíche natural e você mãe pode guardá-lo na geladeira por 2 a 3 dias. Faz um dia a noite e manda em dois dias seguidos”.

Fonte: R7

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE