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Nutricionista revela os perigos de comer fast-food todos os dias

A coluna conversou com uma nutricionista para entender os perigos de consumir fast-food diariamente; confira!

Na correria do dia a dia, o que não falta são meios de matar a fome de forma rápida e prática. Embora o objetivo de manter a “barriga cheia” se cumpra, o hábito de consumir fast-foods diariamente pode ser um dos principais fatores para o desenvolvimento de doenças a curto, médio e longo prazo.

As consequências do consumo de alimentos ultraprocessados foram, inclusive, tema de um documentário indicado ao Oscar. Em 2004, o diretor norte-americano Morgan Spurlock ousou demonstrar no filme Super Size Me – A Dieta do Palhaço os efeitos drásticos de manter um estilo de vida sem regras, durante 30 dias.

No experimento de 2o anos atrás, foi possível observar alguns dos efeitos colaterais causados na vida de Spurlock. À época, ele engordou 11 quilos e sofreu com alguns quadros graves de saúde. Em março deste ano, o diretor de 53 anos morreu em decorrência de um câncer. A história de Morgan Spurlock não é, nem de longe, “coisa” de cinema. De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, o risco de câncer é só mais um dos grandes perigos relacionados adesão de uma dieta rica alimentos com açúcares, gorduras, sódio, farináceos, aditivos alimentares e de altos índices calóricos.

“O consumo frequente de alimentos ultraprocessados pode representar a curto, médio e longo prazo um risco maior de desenvolvimento de doenças. Inicialmente, podemos perceber disfunções digestivas e intestinais (queimação, má digestão, náuseas, diarreia, constipação, refluxo…), que podem se expandir para pele, vias aéreas, dor de cabeça, até mesmo agitação e ansiedade”, alerta.

Com o passar do tempo e a falta de mudança na rotina, a especialista adverte sobre as alterações metabólicas do organismo, que podem ser evidenciadas em exames laboratoriais.

“Em casos em que a pessoa tenha uma saúde comprometida, com baixo estado nutricional e um estilo de vida inadequado, podemos notar um maior risco de contrair doenças como obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças inflamatórias, disfunções gástricas e intestinais, doenças respiratórias, dislipidemias, doenças neurológicas, câncer, entre outras”, revela.

Além de doenças físicas, a expert chama atenção para estudos que relacionam as deficiências nutricionais com riscos para saúde mental.

“Uma pesquisa realizada na Espanha relata que a falta de nutrientes, aliada ao consumo de fast-food, aumenta em 51% o risco de depressão. O Centro de Pesquisa do Mal de Alzheimer do Instituto Karolinska, em Estocolmo, também realizou estudos e descobriu que esses tipos de lanches estão relacionados com o aumento do risco de desenvolvimento de Alzheimer“, alerta.

Na avaliação de Roseli Rossi, todos os fast-foods são perigosos. Contudo, ela adianta que o que confere mais efeitos nocivos para saúde são aqueles alimentos que, além de altamente densos em carboidratos e gorduras, sódio e aditivos alimentares, são incrementados com outros ingredientes de péssima qualidade nutricional.

“Por exemplo, quanto mais mais rechear seu hot dog, hambúrguer com maionese, bacon, batata frita, mais salsichas, maior quantidade de carne processada, entre outros, maiores serão os danos à saúde. O perigo é proporcional”, encerra.

Fonte: Metropoles

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