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A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO

“Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti” (Lc 15:18).

A palavra “pródigo” significa imprudente e extravagante. O filho pródigo foi para longe e se tornou filho do mundo e sem pensar começou a gastar os recursos que recebeu de seu pai, agindo como o perdido que “dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente” (Lc 15:13).

Vejamos o filho pródigo ainda em casa de seu pai, estava se sentindo infeliz, tinha contenda com o irmão, não era alimentado pela Palavra e padecia com o desejo de conhecer o mundo. Ele se despediu do pai e se foi pelo mundo, sentindo-se livre como queria, achando que ia viver de maneira agradável. Entretanto, teve forte desilusão porque depois de gastar todos os recursos que recebera de seu pai, as pessoas com quem fez contato só ficaram com ele enquanto tinha dinheiro.

E após ter gasto seus recursos financeiros com seus “novos amigos”, e estes, tendo constatado que ele não tinha mais dinheiro, o abandonaram e quando se deu conta, o filho pródigo estava só, com fome e trabalhando com porcos. Então, tendo agido dissolutamente, seu dinheiro acabou e a ilusão do mundo lhe trouxe fome, estava maltrapilho, sujo e em profunda miséria espiritual e física, mas nesse contexto se lembrava de seu pai, e, arrependido e decidido, planejou voltar para a casa pai.

Apesar de sua aparência física, o seu pai o reconheceu quando já estava próximo de sua casa e movido de íntima compaixão o recebeu, mesmo sujo, malcheiroso, seu pai o abraçou e o beijou. A lição que fica: quando o filho abandona a casa do Pai para arriscar-se em lugares distantes e desconhecidos termina maltrapilho, malcheiroso e de bolsos e estômago vazios e alma sedenta e faminta de amor e proteção. E sua demonstração de arrependimento e confissão está em Lucas 15:14-32. Confira a Palavra no texto transcrito:

“E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alpacas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e foi achado.”

A lição do filho pródigo é simples: quando o filho abandona a Casa do Pai para se arriscar pelos lugares desconhecidos de outra cidade que não conhece, ou em lugares distantes do país de origem, fatalmente termina se sentindo sozinho, sem proteção, de bolsos e estômago vazios e alma faminta e desejosa de abrigo e proteção. Mas, se nesse momento ele raciocina com lógica e bom senso, certamente, encontrará o melhor caminho para retomar sua vida ao lado de seu pai e familiares. Nessa aventura do filho pródigo podemos ver a imaturidade do filho que se aventurou a sair da casa do pai. E do seu irmão que se sentiu enciumado quando o pai o recebeu de braços abertos de volta ao lar. Na verdade, nenhum dos dois filhos agiram com maturidade. O filho que ficou com o pai reagiu com reprovação ao pai que abraçou e festejou a volta de seu irmão que estava perdido e foi achado e o acolheu com amor verdadeiro de pai que ama seus filhos

 Por Valdely Cardoso Brito

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