Por que a cintura aumenta após os 45 anos? Novo estudo responde

Segundo pesquisadores, o envelhecimento aumenta a produção de novas células de gordura pelo corpo, principalmente ao redor da barriga.

Na meia-idade, é comum que a cintura passe a ficar mais larga, tanto de homens quanto de mulheres. No entanto, o motivo por trás desse fenômeno ainda não está totalmente esclarecido. Agora, um novo estudo, publicado no último dia 25, lança luz sobre o que causa o aumento da gordura abdominal ao longo do envelhecimento.

Publicada na revista científica Science, a pesquisa foi realizada pela City of Hope, uma das maiores organizações de pesquisa e tratamento de câncer nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, o envelhecimento aumenta a produção de novas células de gordura pelo corpo, principalmente ao redor da barriga.

As descobertas podem ajudar no desenvolvimento de novas terapias para prevenir a flacidez abdominal e prolongar a expectativa de vida.

Como o estudo foi feito?

Para chegar às conclusões, os pesquisadores conduziram uma série de experimentos com camundongos posteriormente validados em células humanas. Eles focaram no tecido adiposo branco, responsável pelo ganho de peso relacionado à idade.

Embora já seja sabido que as células de gordura aumentam de tamanho com a idade, os cientistas suspeitam que o tecido adiposo branco também se expande ao produzir novas células de gordura.

Para testar essa hipótese, os pesquisadores se concentraram nas células progenitoras dos adipócitos (APCs), um grupo de células-tronco no tecido adiposo branco que evoluem para células de gordura.

A equipe transplantou as APCs de camundongos jovens e mais velhos para um segundo grupo de camundongos jovens. Segundo os pesquisadores, as APCs geraram uma grande quantidade de células de gorduras de forma mais rápida em animais mais velhos.

Porém, quando a equipe transplantou APCs vindas de camundongos jovens em camundongos mais velhos, as células-tronco não produziram muitas novas células de gordura. Esses resultados confirmam que as APCs mais velhas são capazes de produzir novas células de gordura independentemente da idade do hospedeiro.

“Enquanto a capacidade de crescimento da maioria das células-tronco adultas diminui com a idade, o oposto ocorre com as APCs — o envelhecimento libera o poder dessas células de evoluir e se espalhar”, afirma Adolfo Garcia-Ocana, chefe do Departamento de Endocrinologia Molecular e Celular da City of Hope, em comunicado.

“Esta é a primeira evidência de que nossas barrigas se expandem com a idade devido à alta produção de novas células de gordura pelas APCs”, afirma.

Além disso, o envelhecimento também transformou as APCs em um novo tipo de célula-tronco, chamada pré-adipócitos comprometidos, específicos para a idade (CP-A). Essas células surgem já na meia-idade, produzindo novas células de gordura, o que explica por que camundongos mais velhos ganham mais peso.

Uma via de sinalização chamada receptor do fator inibitório da leucemia (LIFR) provou ser essencial para promover a multiplicação e evolução dessas células CP-A em células de gordura.

“Descobrimos que o processo de produção de gordura do corpo é impulsionado pelo LIFR. Enquanto camundongos jovens não precisam desse sinal para produzir gordura, camundongos mais velhos precisam”, explica Qiong (Annabel) Wang, coautora correspondente do estudo, em comunicado. “Nossa pesquisa indica que o LIFR desempenha um papel crucial no estímulo aos CP-As para criar novas células de gordura e expandir a gordura abdominal em camundongos mais velhos.”

Depois dos experimentos em animais, os pesquisadores utilizaram sequenciamento de RNA em célula única de pessoas de várias idades, estudaram as APCs de tecido humano em laboratório. Novamente, a equipe também identificou células CP-A semelhantes, que apresentavam um número maior em tecidos de pessoas de meia-idade. A descoberta também ilustra que as CP-As em humanos têm alta capacidade de criar novas células de gordura.

“Nossas descobertas destacam a importância de controlar a formação de novas células de gordura para tratar a obesidade relacionada à idade”, disse Wang. “Compreender o papel das CP-As em distúrbios metabólicos e como essas células surgem durante o envelhecimento pode levar a novas soluções médicas para reduzir a gordura abdominal e melhorar a saúde e a longevidade.”

Fonte: CNN BRASIL

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Horários das Reuniões:
Brasil: 9h, 15h e 19h
Portugal: 15h e 20h

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Traga sua família e participe conosco desta oportunidade única de experimentar o poder de Deus. Em todas as nossas unidades, contamos com a Turminha Feliz, um ambiente especial dedicado a acolher e atender as crianças, proporcionando uma experiência completa para toda a família.

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Por Pra. Daniela Porto

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Nesta quinta-feira, às 17h, não perca a edição especial do Podcast da Visão, com  a Pastora Bianca Pagliarin, filha na fé e de sangue do Pastor Juanribe Pagliarin, e irmã do Pastor Giancarlo Pagliarin. Um episódio marcante, transmitido ao vivo pela Rádio Feliz FM e também pela TV Feliz. A Pastora Bianca estará acompanhada pela amada Pastora Cristiane Marques Felinto, que compartilhará seu testemunho de fé e levará todos a um momento de profunda adoração e louvor.

Logo em seguida, às 19h, participe presencialmente do Culto da Visão, onde a Pastora Bianca ministrará uma palavra inédita e transformadora. Uma oportunidade única para receber ensinamentos espirituais profundos e inspiradores. Durante este momento, a Pastora Cristiane também conduzirá um poderoso tempo de adoração, trazendo renovação para todos os presentes.

Enquanto os adultos se alimentam espiritualmente, a Turminha Feliz estará em pleno funcionamento, proporcionando às crianças um ambiente de aprendizado especial, para que os pais possam aproveitar o evento com total tranquilidade e foco.

Local:
Av. Cruzeiro do Sul, 1965 – Santana, São Paulo.
Acesso facilitado: Próximo ao Metrô Portuguesa-Tietê.
Estacionamento gratuito disponível para carros e motos.

Não deixe de participar deste momento único de crescimento espiritual. Esperamos por você para juntos vivenciarmos um tempo de edificação e renovação.

Por Pra. Daniela Porto

Venha Hoje Buscar o Espírito Santo na Paz e Vida: Uma Oportunidade Única para Estar na Presença de Deus!

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Por Pra. Daniela Porto

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No canal, você encontra mais de 1.500 vídeos repletos de conteúdos que vão contribuir significativamente para o seu crescimento espiritual e edificação pessoal. Há material para todas as idades: adultos, crianças, adolescentes e jovens, com mensagens transformadoras e ensinamentos profundos para cada fase da vida.

É muito simples: basta acessar o link youtube.com/Juanribe e se inscrever no canal. Ao clicar no ícone da campainha, você será notificado sempre que novos conteúdos forem disponibilizados, garantindo que você não perca nenhuma oportunidade de aprendizado.

Além disso, aproveite para seguir o Pastor Juanribe nas redes sociais, para estar ainda mais próximo de todo o conteúdo diário (@juanribe): Facebook; X; TikTok; Instagram.

E não deixe de acessar também a plataforma de podcasts, onde você poderá ouvir todos os dias áudios inspirados por Deus, diretamente do Fundador e Presidente da Comunidade Cristã Paz e Vida, Pastor Juanribe Pagliarin.

Fique conectado e acompanhe todos os ensinamentos que podem transformar a sua vida!

Por Pra. Daniela Porto

Hoje o Pr. Giancarlo Pagliarin te Espera na Sede Nacional da Paz e Vida para a Segunda da Bênção!

Deus é infinitamente bondoso e generoso, derramando sobre a vida de Seus filhos bênçãos preciosas e incontáveis. Para experimentar constantemente dessas bênçãos, é fundamental cultivar um relacionamento íntimo e inabalável com Ele.

É exatamente isso que queremos te convidar a vivenciar: conhecer Jesus pessoalmente e estabelecer uma relação profunda com Ele. Ao nos aproximarmos do Deus da bênção, as bênçãos Dele se manifestam naturalmente em nossas vidas, como resultado de uma jornada de intimidade e adoração genuína.

Hoje, você tem uma oportunidade única: venha ser tocado pela Palavra de Deus com o Pastor Giancarlo Pagliarin, que estará à disposição em dois horários especiais para te acolher e compartilhar esse momento de transformação espiritual: 10h da manhã e 7h da noite.

Onde? Na Sede Nacional da Paz e Vida, localizada na Av. Cruzeiro do Sul, 1965 – Santana – São Paulo, próxima à Estação de Metrô Portuguesa-Tietê, com estacionamento amplo e confortável à disposição para a sua conveniência.

E se você tem filhos, não se preocupe: nossa Turminha Feliz estará pronta para recebê-los, proporcionando a melhor experiência de aprendizado e cuidado, enquanto você aproveita o momento de adoração.

Não perca esta oportunidade de experimentar um encontro transformador com Jesus. Participe com sua família e venha viver o extraordinário que Deus preparou para você!

 Por Pra. Daniela Porto

Enem 2025: MEC prorroga prazo para pedir isenção da taxa de inscrição

Candidatos vão poder fazer solicitação até o início de maio

O MEC (Ministério da Educação) e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas) prorrogaram o prazo da solicitação da isenção da taxa de inscrição no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2025.

Agora, os candidatos poderão fazer a solicitação até o dia 2 de maio.

O mesmo vale para quem pretende justificar a ausência. O procedimento é necessário nos casos em que o participante conseguiu a isenção da taxa de inscrição no ano passado, não foi aos dois dias do Enem, e deseja solicitar a gratuidade novamente na edição deste ano.

Tanto a solicitação da isenção quanto o envio da justificativa devem ser feitos pela Página do Participante. O resultado será divulgado em 12 de maio.

Têm direito à isenção os candidatos que:

Estão cursando a última série do ensino médio, em 2025, em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar;

Cursaram todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tem renda familiar, por pessoa, igual ou menor que um salário mínimo e meio (R$ 2.277);

Estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica, comprovada por ser membro de família de baixa renda que possua Número de Identificação Social (NIS), único e válido;

Têm renda familiar, por pessoa, de até meio salário mínimo (R$ 759), ou renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 4.554).

Quem não for contemplado com a isenção poderá pedir recurso dos dias 12 a 16 de maio. O resultado será publicado em 22 de maio.

Nos casos em que o candidato ainda assim não for contemplado, ou não tiver direito à isenção, será necessário pagar a taxa de inscrição de R$ 85. As datas de início das inscrições e de aplicação das provas da edição de 2025 ainda não foram divulgadas.

Veja o novo cronograma:

Solicitação de isenção da taxa/Justificativa de ausência: até 2 de maio
Resultado das solicitações de isenção da taxa/Justificativa de ausência: 12 de maio
Período de recursos: 12 a 16 de maio
Resultado dos recursos: 22 de maio

Fonte: CNN BRASIL

62% dos brasileiros não procuram atendimento médico quando precisam

Superlotação e demora no atendimento estão entre os principais motivos, segundo levantamento.

Um levantamento inédito constatou que 62,3% dos brasileiros precisou de atendimento médico na Atenção Primária à Saúde (APS) no último ano, mas não buscou. Os dados são da pesquisa “Mais Dados, Mais Saúde”, realizada pela Vital Strategies e Umane, com parceria técnica da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e apoio do Instituto Devive e do Resolve to Save Lives.

O estudo avaliou a percepção da população sobre o acesso e a qualidade da APS, porta de entrada para o sistema de saúde público e privado. O levantamento foi feito entre agosto e setembro de 2024 a partir de entrevistas com 2.458 brasileiros usuários tanto da rede privada quanto do Sistema Único de Saúde (SUS), de 18 anos ou mais.

Segundo a pesquisa, entre os motivos para não buscar atendimento, a superlotação e a demora no atendimento corresponderam a 46,9% das respostas, seguido por burocracia no encaminhamento (39,2%), a prática da automedicação (35,1%) e a crença de que o problema não é grave (34,6%), entre outros.

Além disso, a pesquisa mostrou que 40,5% dos respondentes buscaram ajuda médica nos últimos 12 meses e não conseguiram atendimento. Os obstáculos apontados foram tempo de espera longo (62,1%), falta de equipamentos (34,4%), falta de profissionais adequados (30,5%) e falta de atenção (29%), entre outros.

Para os pesquisadores, o resultado mostra que a sobrecarga do sistema de saúde brasileiro, público ou privado, pode levar à desistência da busca pode atendimento médico, reforçando a necessidade de mais investimentos e melhorias na gestão dos serviços para otimizar a oferta e reduzir o tempo de espera.

O levantamento também apontou para o hábito cultural generalizado da automedicação, ou seja, do tratamento sem assistência profissional, o que pode levar ao uso inadequado de medicamentos, ao adiamento de tratamentos eficazes e, até mesmo, ao agravamento de quadros.

“Como porta de entrada do SUS e em seu papel de ordenadora do cuidado, a Atenção Primária à Saúde deve estar organizada de modo a garantir que a maioria das questões de saúde da população sejam preveníveis e tratáveis, sem que evoluam para quadros mais complexos. Fortalecer estes mecanismos para que a população busque cuidado oportunamente quando necessário e receba o atendimento que precisar é fundamental para termos um sistema de saúde mais eficiente e resolutivo”, avalia Thais Junqueira, superintendente-geral da Umane, em comunicado.

57,6% reclamam do tempo de espera para ser atendido

Outro ponto avaliado pela pesquisa foi a percepção dos usuários em relação à última consulta com um profissional de saúde ou em uma unidade de atendimento habitual, tanto no público quanto no privado. Para isso, os respondentes podiam avaliar cada item como péssimo, ruim, regular e muito bom.

Dos oito itens avaliados, seis tiveram mais respostas positivas. O principal destaque foi em relação ao respeito à privacidade e confidencialidade, apontado como regular ou muito bom por 79,2% dos respondentes, seguida por avaliação positiva de 75,1% para o entendimento das explicações fornecidas.

Além disso, 67,8% da população considera a confiança no profissional com quem conversou como positiva, enquanto 64,4% elogiaram a oportunidade de questionar ou levantar preocupações. Dos respondentes, 59,8% apontaram como positiva a participação nas decisões sobre cuidados/tratamento e 56,3% avaliaram bem a duração da consulta.

Por outro lado, tiveram avaliação negativa o tempo de espera para ser atendido, criticado por 57,6% dos ouvidos, e facilidade de encaminhamento, com queixas de 51,5% da população.

“Esses achados sugerem que, embora a maioria dos usuários do sistema de saúde público e privado relate experiências positivas em suas consultas, persistem desafios importantes e estruturais que dificultam o acesso e a qualidade da Atenção Primária à Saúde. São necessárias melhorias que garantam investimentos contínuos e aprimoramento dos serviços para promover maior equidade no cuidado à saúde da população”, avalia Luciana Sardinha, diretora adjunta de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Vital Strategies.

Fonte: CNN BRASIL

Matemática: só 5% dos alunos do 3º ano médio têm bom desempenho, diz estudo

No Dia Mundial da Educação, levantamento traz dados alarmantes sobre nível de aprendizagem da disciplina na educação básica.

ONG Todos Pela Educação e o Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) lançam nesta segunda-feira (28), Dia Mundial da Educação, o estudo “Aprendizagem na educação básica: situação brasileira no pós-pandemia”.  

Além de dados sobre desigualdades educacionais na educação básica envolvendo questões étnico-raciais, o levantamento traz um cenário bastante desafiador no que diz respeito ao aprendizado de matemática. 

O Iede atualizou o portal QEdu com os resultados mais recentes do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). As informações de 2023 evidenciam, entre outros aspectos, a dificuldade contínua do Brasil em ensinar matemática.  

Em 2023, no 9º ano, o percentual de estudantes com aprendizado adequado na disciplina ficou em 16% (em 2019, era 18%, e, em 2021, 15%). Já no 3º ano do ensino médio, manteve 5% – o mesmo índice crítico de 2021. Neste cenário de baixíssima aprendizagem, as desigualdades raciais persistem: entre os estudantes brancos, 8% tiveram aprendizado adequado em matemática; entre os pretos, 3%. 

Na aba “Aprendizado”, o QEdu também mostra a distribuição dos estudantes de escolas públicas nos quatro níveis de proficiência: insuficiente, básico, proficiente e avançado, lembrando que o “adequado” corresponde à soma de proficiente e avançado. Destaca-se o fato de que, no último ano da educação básica, 59% dos estudantes brasileiros estão no nível mais baixo da escala – o insuficiente – em matemática. Em língua portuguesa, são 33%. 

Nessa mesma página do QEdu, também é possível consultar os percentuais de estudantes com aprendizado adequado, segmentados por nível socioeconômico (NSE). Já nos anos iniciais, as disparidades entre os grupos são bastante acentuadas: no 5º ano, 52% dos alunos de alto NSE têm aprendizado adequado em matemática, enquanto entre os de baixo NSE esse percentual é de 32%. Em língua portuguesa, são 61% contra 45%. 

De acordo com Ernesto Martins Faria, diretor-fundador do Iede, desde que o Brasil passou a monitorar a aprendizagem com avaliações externas – Saeb na década de 1990 e PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) no ano 2000 – os dados apontam um cenário pior em matemática na comparação com língua portuguesa.  

Os dados de 2023 reforçam esse diagnóstico. “Pouquíssimos alunos terminam a educação básica com boa aprendizagem na disciplina. Precisamos exigir que a matemática seja uma das pautas prioritárias da educação brasileira, com políticas mais robustas a nível federal, estadual e municipal, e que esse desafio seja melhor apresentado no novo Plano Nacional de Educação”, completa. 

No período de 2019 a 2023, 11 estados registraram avanços na proporção de alunos com aprendizagem adequada em língua portuguesa. Em matemática, no entanto, apenas 4 estados apresentaram melhora: Ceará, Goiás, Alagoas e Maranhão. E, ainda, assim os avanços foram tímidos, com variações que não ultrapassaram 0,5 ponto percentual. 

Fonte: CNN BRASIL

Desigualdade racial ainda marca o ensino básico, aponta estudo

Todos pela Educação e Iede divulgam dados sobre aprendizagem no pós-pandemia nesta segunda (28), Dia Mundial da Educação.

ONG Todos Pela Educação e o Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional) lançam nesta segunda-feira (28), Dia Mundial da Educação, uma série de novos dados que permitem traçar um panorama sobre aprendizagem na educação básica do país.  

Segundo o levantamento, a aprendizagem não voltou aos patamares do período antes da pandemia. E as desigualdades educacionais, já evidentes em 2019, se aprofundaram principalmente no que diz respeito às questões étnico-raciais: entre 2013 e 2023 cresceram as disparidades de aprendizagem entre estudantes pretos, pardos e indígenas, na comparação com estudantes brancos e amarelos. 

As informações integram o estudo “Aprendizagem na educação básica: situação brasileira no pós-pandemia”. Elas se baseiam nos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que considera o desempenho de alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, matriculados na rede pública, para as disciplinas de língua portuguesa e matemática.   

Alguns dados apontam para progressos relevantes no aumento do percentual de estudantes com níveis de aprendizagem considerados adequados. No entanto, desigualdades educacionais, já evidentes antes da pandemia, persistem e, em muitos casos, se intensificaram.  

Níveis baixos de aprendizagem

As diferenças mais acentuadas envolvendo questões raciais estão no 9º ano. Em 2023, 45,6% dos alunos brancos e amarelos alcançaram o nível adequado em língua portuguesa, enquanto entre pretos, pardos e indígenas esse índice foi de 31,5% — uma diferença de 14,1 pontos percentuais. Em 2013, essa distância era de 9,6 pontos. Em matemática, a defasagem entre os dois grupos cresceu 2,4 pontos percentuais. 

No 5º ano do ensino fundamental, o padrão se repete. Em matemática, a defasagem entre os dois grupos subiu de 8,6 para 9,5 p.p. Em língua portuguesa, a diferença cresceu 0,3 p.p.  

No ensino médio, a desigualdade racial na aprendizagem também aumentou em língua portuguesa: a distância entre os grupos aumentou 2,9 p.p. em dez anos. Em matemática, embora os resultados gerais sigam baixos, houve leve redução na defasagem.  

Para Gabriel Corrêa, diretor de políticas públicas do Todos Pela Educação, os dados mostram um cenário ainda bastante crítico para a educação básica. “Temos avanços que precisam ser reconhecidos, mas o contexto geral ainda é de muitos alunos com níveis baixíssimos de aprendizagem. A pandemia intensificou esse quadro e tornou ainda mais urgente e importante que o poder público tenha ações voltadas para a superação dessas defasagens, que muitas vezes são de conhecimentos muito básicos que não foram desenvolvidos”, observa. 

Ele pontua que o olhar para a equidade é urgente. “É inadmissível que o país não tenha conseguido, em uma década, reduzir as enormes diferenças de aprendizagem entre estudantes de diferentes grupos raciais e socioeconômicos”, avalia. 

Fonte: CNN BRASIL