Brasil teve média de um milhão de casos prováveis de dengue por mês

De acordo com o Ministério da Saúde os meses com mais registros foram março com 1,6 milhão e abril, com 1,5 milhão.

Nos 6 primeiros meses do ano, o Brasil registrou mais de 6 milhões de casos prováveis de dengue, o que representa uma média de um milhão de casos por mês em 2024 até o momento. Foram confirmadas 4.207 mortes, sendo que outras 2.765 estão em investigação. Dados são do Ministério da Saúde.

O Brasil já bateu os recordes de números de casos prováveis e de mortes pela doença registradas na série histórica. O número mais alto de mortes era, até então, de 2023, com 1.179 registros. Já o ano com o maior número de casos era 2015, com 1.688.688.

De acordo com boletins da pasta, o Brasil registrou 243 mil casos em janeiro, 729 mil em fevereiro e o ápice foi em março, com 1,6 milhão em março. O valor diminuiu para 1,5 milhão em abril e 1,4 milhão em maio, e teve grande queda em junho, com 516.980. Veja na tabela abaixo:

Já sobre mortes, foram 163 mortes em janeiro, 227 em fevereiro, 601 em março, 1.082 em abril e 1.344 em maio, mas óbitos apresentaram diminuição em junho, com 790. Confira na tabela abaixo:

Fonte: R7

Israel intercepta a maior parte dos foguetes lançados pelo Hezbollah a partir do Líbano

O grupo terrorista tinha como alvo uma base militar na região da Galileia, no norte de Israel

O grupo terrorista Hezbollah lançou um novo ataque a partir do Líbano contra Israel. A maioria dos 35 foguetes foi interceptada pelo sistema de defesa aéreo israelense. O grupo terrorista tinha como alvo uma base militar na região da Galileia, no norte de Israel. Não houve feridos.

Fonte: R7

Asteroide recém-descoberto passa perto da Terra no sábado; entenda riscos

Cientistas descobriram o 2024 MK poucos dias antes de sua passagem.

asteroide 2024 MK foi descoberto por cientistas há pouco mais de uma semana e passará próximo à Terra neste sábado (29). Com diâmetro entre 120 e 260 metros, o 2024 MK vai passar a apenas 290 mil km da Terra, mais próximo que a Lua — que está a cerca de 384,4 mil km do nosso planeta.

Cientistas afirmam que não há risco de colisão. Ainda bem, pois qualquer objeto próximo à Terra com mais de 20 metros já pode causar danos ao solo, e o 2024 MK tem mais de seis vezes este tamanho.

Mesmo que não haja risco de colisão, o fato de que ele foi descoberto apenas uma semana antes de sua passagem é um pouco preocupante.

Um asteroide do tamanho do 2024 MK causaria danos consideráveis caso viesse na nossa direção e, por isso, descobrir sua vinda alguns dias antes deixou a comunidade científica alerta para a necessidade constante de aprimorar as tecnologias capazes de detectar objetos próximos da Terra.

O asteroide 2024 MK será observável no céu no sábado, com o auxílio de telescópio.

Dia do Asteroide

Coincidentemente, o 2024 MK passará próximo à Terra bem no Dia do Asteroide, em 29 de junho.

A data, aprovada pela ONU, marca a maior colisão de um asteroide com nosso planeta: a colisão de 1908 em Tunguska, na Sibéria, em uma área praticamente deserta, que derrubou cerca de 80 milhões de árvores.

Parte da Europa escapou, por sorte, da colisão de 1908, uma pequena diferença de tempo (e de rotação da Terra) poderia ter feito com que o asteroide caísse na área mais densamente povoada do continente.

Dois asteroides na mesma semana

O 2024 MK não é o único que passa próximo ao nosso planeta nesta semana. O asteroide (415029) 2011 UL21, com 2,3 km de diâmetro — maior do que 99% de todos os objetos próximos à Terra conhecidos — passou pela Terra na quinta-feira (27).

No entanto, o (415029) 2011 UL21 não chegou tão perto do planeta quanto o 2024 MK chegará. Mesmo em seu ponto mais próximo à Terra, ele estava cerca de 17 vezes mais distante do nosso planeta que a Lua.

Fonte: CNN BRASIL

Ansiedade pode dobrar risco de desenvolver Parkinson, diz estudo

Os pesquisadores também descobriram que sintomas associados à doença neurodegenerativa poderiam ser fatores de risco para pessoas com o transtorno psiquiátrico.

Pessoas com ansiedade podem apresentar um risco duas vezes maior de desenvolver Parkinson, segundo novo estudo publicado no British Journal of General Practice na segunda-feira (24). O trabalho também observou que sintomas como depressão, distúrbios do sono, fadiga, comprometimento cognitivo, hipotensão, tremor, rigidez, comprometimento de equilíbrio e constipação eram fatores de risco para a doença em pessoas com o transtorno.

Parkinson é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela perda de função motora, diminuição da velocidade e amplitude dos movimentos, e tremores nas mãos ou nos dedos. Pesquisadores da University College London (UCL), no Reino Unido, investigaram a ligação entre pessoas com mais de 50 anos que desenvolveram ansiedade e, posteriormente, foram diagnosticadas com Parkinson.

Para isso, a equipe utilizou dados de cuidados primários do Reino Unido entre 2008 e 2018 e avaliou 109.435 pacientes que desenvolveram ansiedade após os 50 anos e os comparou com 878.256 pacientes que não apresentavam o transtorno psiquiátrico.

A partir disso, os pesquisadores rastrearam a presença de sintomas associados ao Parkinson — como problemas de sono, depressão, tremores e comprometimento do equilíbrio — desde o diagnóstico de ansiedade até um ano antes do diagnóstico de Parkinson. O objetivo era compreender o risco de cada grupo desenvolver a doença neurodegenerativa ao longo do tempo e quais poderiam ser os fatores de risco relacionados.

Os pesquisadores descobriram que o risco de desenvolver Parkinson aumentou duas vezes em pessoas com ansiedade, em comparação com o grupo de controle. A descoberta foi feita após a equipe ajustar os resultados para levar em conta idade, sexo, privação social, fatores de estilo de vida, doença mental grave, traumatismo cranioencefálico e demência, fatores que podem afetar a probabilidade de desenvolver a doença em pessoas com ansiedade.

Eles também confirmaram que sintomas como depressão, distúrbios do sono, fadiga, comprometimento cognitivo, hipotensão, tremor, rigidez, comprometimento do equilíbrio e constipação eram fatores de risco para o desenvolvimento de Parkinson em pessoas com ansiedade.

“A ansiedade é conhecida por ser uma característica dos estágios iniciais da doença de Parkinson, mas antes do nosso estudo, o risco prospectivo de Parkinson em pessoas com mais de 50 anos com ansiedade de início recente era desconhecido”, afirma Juan Bazo Alvarez, coautor principal do estudo e pesquisador da UCL Epidemiology & Health, em comunicado à imprensa.

“Ao compreender que a ansiedade e as características mencionadas estão ligadas a um maior risco de desenvolver a doença de Parkinson acima dos 50 anos, esperamos poder detectar a doença mais cedo e ajudar os pacientes a obter o tratamento de que necessitam”, diz.

Fonte: CNN BRASIL

Escolha hoje na Paz e Vida o que você quer para sua vida: tristeza ou abundância de alegria?

Se você tem enfrentado dias de tristeza, medo e solidão, participe hoje de uma das reuniões de Paz e Vida e tome posse da promessa da Palavra de Deus: “[…] na tua presença há abundância de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente” (Salmos 16:11).

Na presença de Deus, você pode experimentar a verdadeira felicidade. Sem Ele, tudo na vida se torna vazio, superficial e passageiro.

Não deixe essa oportunidade passar! Venha hoje mesmo experimentar a verdadeira alegria e paz que só Deus pode oferecer. Sua vida nunca mais será a mesma. Venha experimentar ser feliz de verdade!

Compareça! Hoje reuniões acontecem às 9h, 15h e 19h, no Brasil. E, em Portugal, às 15h e 20h. Para saber nossos endereços, clique aqui.

Venha cheio de fé, ser curado e livre de todas as suas aflições!

Por Pra. Daniela Porto

Encontro Especial com Bianca Pagliarin hoje em São Paulo, na Quinta da Visão!

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 Por Pra. Daniela Porto

EUA buscam acordo para impedir conflito entre Israel e Hezbollah, diz Pentágono

Bombardeios na fronteira entre os países se intensificaram nas últimas semanas e provocaram temores de uma guerra total.

Os Estados Unidos estão trabalhando com urgência por um acordo diplomático que permita que civis israelenses e libaneses voltem para suas casas nos dois lados da fronteira, disse o secretário de Defesa, Lloyd Austin, nesta terça-feira (25).

Bombardeios na fronteira norte de Israel levaram a uma retirada de dezenas de milhares de pessoas de áreas nos dois lados da fronteira e se intensificaram nas últimas semanas, o que provocou temores de uma guerra total entre Israel e Hezbollah.

“As provocações do Hezbollah ameaçam arrastar os povos israelense e libanês a uma guerra que eles não querem. Uma guerra como essa seria uma catástrofe para o Líbano e seria devastadora para civis inocentes israelenses e libaneses”, afirmou Austin, no começo da sua reunião com o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, no Pentágono.

“Diplomacia é de longe a melhor maneira de evitar mais escaladas. Então, estamos buscando com urgência um acordo diplomático que restaure a calma na fronteira norte de Israel e permita que civis voltem seguramente para suas casas nos dois lados”, o secretário americano acrescentou.

O conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que Israel passará as próximas semanas tentando resolver o conflito com o Hezbollah e que prefere uma solução diplomática.

Hanegbi afirmou que Israel está discutindo com autoridades americanas a possibilidade de que um fim das operações militares israelenses em Gaza permita um “acordo” com o Hezbollah.

Hezbollah e Israel trocam ataques há mais de oito meses, paralelamente à guerra em Gaza.

No Pentágono, o ministro da Defesa israelense afirmou que discutiria prontidão militar com Austin.

“Estamos trabalhando em proximidade para chegar a um acordo, mas também precisamos discutir prontidão em todos os cenários possíveis”, afirmou Gallant.

A autoridade israelense disse ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, na segunda-feira (24) que Israel prefere uma solução diplomática ao conflito com o Hezbollah, segundo o Departamento de Estado dos EUA.

“Nós achamos que uma solução diplomática é possível. Nós achamos que é do interesse de todas as partes envolvidas”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, nesta terça-feira (25).

O ministro da Defesa israelense, no Pentágono, disse que discutiria os estreitos laços de defesa entre Israel e Estados Unidos, mas também áreas de divergência.

Em maio, o governo Biden pausou o envio de bombas de 900 kg e de 225 kg por preocupações com o impacto que elas teriam em áreas densamente povoadas, mas Israel ainda deveria receber bilhões de dólares em armas dos Estados Unidos.

Fonte: CNN BRASIL        

Mais de 90% das crianças brasileiras de 2 a 5 anos comem ultraprocessados com frequência

Estudo sobre hábitos alimentares infantis mostra também que dois a cada dez menores de dois anos não comem frutas e hortaliças.

Nove a cada dez crianças brasileiras com idades entre 2 e 5 anos consomem alimentos ultraprocessados com frequência, mostra o Enani-2019 (Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil). O índice de 93% é dez pontos percentuais acima do verificado na faixa etária anterior, de 6 meses a menores de 2 anos. Nestes casos, 80,5% das crianças têm o costume de comer ultraprocessados. Ao mesmo tempo, 27,4% dos brasileiros de 2 a 5 anos não consomem frutas e hortaliças ao lado de 22,2% daqueles com até dois anos.

Segundo Danielle Mendes, nutricionista materno infantil ouvida pelo R7, essa é uma tendência preocupante no país. “Esses alimentos, geralmente ricos em açúcares, gorduras saturadas, sódio e muitos aditivos, mas pobres em nutrientes essenciais, contribuem para o aumento do risco de obesidade e doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares ainda na infância”

A categoria de ultraprocessados inclui biscoitos, achocolatados, macarrão instantâneo e outros produtos da categoria. Eles se caracterizam por ter pouco ou nenhum alimento integral, substâncias industriais não utilizadas em casa, como proteínas isoladas, e aditivos cosméticos, como saborizantes, emulsificantes, corantes.

Ainda de acordo com a especialista, “o consumo excessivo desses produtos pode levar a deficiências nutricionais, prejudicando o crescimento e o desenvolvimento adequados das crianças. Além do impacto negativo na microbiota intestinal, que pode influenciar o sistema imunológico e a saúde mental das crianças”.

Essa é a quarta classificação do sistema NOVA, cujos outros três grupos são compostos por:

comida in natura ou minimamente processada: que passam por poucos processos, como remoção das partes não comestíveis, secagem, moagem, pasteurização, cozimento, congelamento, ou fermentação não alcoólica. Sem adição de substâncias;

ingredientes culinários processados: substâncias obtidas diretamente dos alimentos do Grupo 1 ou da natureza criados por processos industriais como prensagem, centrifugação, refinamento, extração ou mineração;

alimentos processados: produtos feitos pela adição de substâncias comestíveis do Grupo 2 nos alimentos do Grupo 1 usando métodos de preservação como fermentação não alcoólica, enlatamento ou engarrafamento.

Caso as condições atuais se mantenham, problemas de saúde pública associados à má alimentação e ao sobrepeso infantil podem ser agravados, explica Danielle. “O consumo de alimentos ultra processados tem aumentado significativamente nas últimas décadas, impulsionado por fatores como a urbanização, mudanças no estilo de vida e a ampla disponibilidade e publicidade desses produtos. As famílias brasileiras, muitas vezes, optam por conveniência e praticidade, o que leva à inclusão frequente desses alimentos na dieta diária”, detalha.

Segundo a nutricionista, algumas estratégias podem ajudar as famílias brasileiras a lidar com o problema, como: a educação nutricional, a oferta de alimentos naturais e minimamente processados, o envolvimento das crianças na cozinha, o planejamento e a organização das refeições, além da preparação de um ambiente alimentar positivo.

Do ponto de vista das políticas públicas, ela destaca que a melhoria da merenda escolar, bem como o incentivo à agricultura familiar, a realização de campanhas de conscientização, a promoção de programas de educação nutricional e a taxação de alimentos ultraprocessados são métodos importantes que devem ser utilizados ou reforçados.

Pesquisa amostral será repetida neste ano

O estudo de 2019 foi realizado a partir de 15 mil visitas domiciliares em 124 municípios de todo o país. Neste ano, uma nova versão da pesquisa está em andamento. Ainda vão receber os inquéritos os estados do Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Roraima.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro coordena as atividades em conjunto com as universidades do Estado do Rio de Janeiro, Federal do Pará, e as federais Paraná e de Goiás. Além da parceria de outras instituições públicas de todo o país.

Fonte: R7

Sonda chinesa retorna à Terra com amostras históricas do lado oculto da Lua

Missão lunar Chang’e-6 coletou material usando uma broca e um braço robótico em uma cratera lunar de impacto formada há cerca de 4 bilhões.

O módulo lunar Chang’e-6 da China regressou à Terra nesta terça-feira (25), completando com sucesso a sua missão histórica de recolher as primeiras amostras do outro lado da Lua, num grande passo em frente para o ambicioso programa espacial do país.

O módulo de reentrada “pousou com sucesso” em uma zona designada na região norte da Mongólia, no norte da China, pouco depois das 14h (horário local), de acordo com a emissora estatal CCTV.

Uma transmissão ao vivo transmitida pela CCTV mostrou o módulo pousando de paraquedas e recebendo aplausos na sala de controle.

“A missão de exploração lunar Chang’e-6 foi um sucesso total”, disse Zhang Kejian, chefe da Administração Espacial Nacional da China (CNSA), na sala de controle.

Uma equipe de busca localizou o módulo minutos após seu pouso, segundo a CCTV. A transmissão ao vivo mostrou um trabalhador verificando o módulo, que estava em um pasto ao lado de uma bandeira chinesa.

A missão bem-sucedida é um marco fundamental no “sonho eterno” da China – conforme articulado pelo líder chinês Xi Jinping – de estabelecer o país como uma potência espacial dominante e ocorre no momento em que vários países, incluindo os Estados Unidos, também intensificam seus próprios programas de exploração lunar.

Pequim planeja enviar astronautas à Lua até 2030 e construir uma base de investigação no polo sul lunar – uma região que se acredita conter água gelada, onde os EUA também esperam estabelecer uma base.

Espera-se que a sonda Chang’e-6 tenha retornado à Terra com até 2 quilogramas de poeira lunar e rochas do outro lado lunar, que serão analisadas por pesquisadores na China antes de serem abertas ao acesso de cientistas internacionais, segundo o CNSA.

Os resultados da análise das amostras podem ajudar os cientistas a analisar a evolução da Lua, da Terra e do sistema solar – ao mesmo tempo que ajudam o objetivo da China de utilizar os recursos da Lua para aprofundar a sua exploração, dizem os especialistas.

As amostras foram coletadas usando uma broca e um braço robótico em um local dentro da extensa bacia do Polo Sul-Aitken, uma cratera de impacto formada há cerca de 4 bilhões de anos no outro lado da Lua, que nunca é visível para a Terra.

Um ascensor então os levantou da superfície lunar e os transferiu em órbita lunar para um veículo de reentrada, que então viajou de volta à Terra após se separar de seu orbitador lunar.

O progresso da Chang’e-6 – a missão tecnicamente mais complexa da China até à hoje – tem sido acompanhado com intenso interesse no país desde o seu lançamento em 3 de maio.

No início deste mês, imagens do módulo lunar exibindo a bandeira chinesa e parecendo ter perfurado o caractere “zhong” – abreviação de China – na superfície lunar se tornaram virais nas redes sociais chinesas.

O retorno do módulo lunar nesta terça-feira também ocorre depois que supostos destroços de um foguete chinês separado foram vistos caindo no solo no sudoeste da China no sábado, deixando um rastro de fumaça amarela brilhante e fazendo os moradores correrem, de acordo com vídeos nas redes sociais chinesas e enviados à CNN por uma testemunha local.

“Tesouro” do lado oculto

O lado oculto da Lua tem sido um ponto de fascínio para os cientistas desde que o observaram pela primeira vez em imagens granuladas a preto e branco captadas pela sonda Luna 3 da União Soviética em 1959 – e perceberam o quão diferente era do lado voltado para a Terra.

Ausentes estavam os mares lunares, ou grandes planícies escuras de lava resfriada que marcam grande parte do lado próximo da lua. Em vez disso, o outro lado parecia mostrar um registo de impacto – coberto por crateras de diferentes tamanhos e idades.

Décadas mais tarde, e cerca de cinco anos desde que a missão Chang’e-4 fez da China o primeiro e único país a completar uma alunissagem suave no outro lado do satélite natural, cientistas tanto da China como de todo o mundo têm grandes esperanças nas informações que podem ser recolhidas das amostras.

“É uma mina de ouro… um baú de tesouro”, disse James Head, professor de geociências planetárias na Universidade Brown, que, juntamente com cientistas europeus, colaborou com cientistas chineses na análise de amostras da missão Chang’e-5 que retornou amostras do lado próximo.

“Cientistas internacionais estão totalmente entusiasmados com a missão”, disse ele.

Head apontou para a destruição de muitas pistas da história evolutiva devido à mudança nas placas tectônicas da Terra e à erosão que obscureceu os primeiros bilhões de anos do planeta, incluindo o período em que a vida surgiu.

“A Lua é realmente a pedra angular para a compreensão de que, porque a sua superfície não tem placas tectônicas – é na verdade um registo congelado de como era no nosso início do sistema solar”, disse ele, acrescentando que a compreensão da composição da Lua pode não só ajudar a nossa compreensão do passado, mas também da exploração futura do sistema solar.

Embora o foco declarado da missão Chang’e-6 sejam essas questões científicas mais amplas, os especialistas dizem que a análise da composição e das propriedades físicas das amostras também pode ajudar a avançar nos esforços para aprender como usar os recursos da Lua para futuras explorações lunares e espaciais.

“A missão [Chang’e-6] está focada em responder a questões científicas específicas, mas os solos lunares recolhidos na missão podem apoiar a utilização futura de recursos”, disse Yuqi Qian, geólogo planetário da Universidade de Hong Kong.

O solo lunar poderia ser usado emimpressão 3D para produzir tijolos para a construção de bases de pesquisa na Lua, enquanto alguns cientistas já estavam trabalhando na descoberta de tecnologias mais econômicas e práticas para extrair gases como o hélio-3, oxigênio e hidrogênio do solo, o que poderia apoiar uma maior exploração lunar, disse ele.

Assim que receberem as amostras, espera-se que os cientistas chineses partilhem dados e realizem pesquisas conjuntas com parceiros internacionais, antes que Pequim posteriormente abra as amostras para acesso por equipes internacionais, de acordo com declarações de responsáveis ​​da CNSA.

As equipas internacionais tiveram de esperar cerca de três anos para solicitar acesso às amostras da missão Chang’e-5, mas algumas das primeiras pesquisas publicadas sobre essas amostras foram de equipes de cientistas chineses e internacionais.

Corrida para a lua

A Chang’e-6 – a sexta de oito missões programadas da série Chang’e – é amplamente vista como um importante passo em frente no objetivo da China de colocar astronautas na Lua nos próximos anos.

“Cada etapa do processo da missão de retorno de amostras é exatamente o que você precisa fazer para pousar humanos na Lua e retornar”, disse Head.

“Não deveria passar despercebido a ninguém que, embora, por um lado, esta seja uma missão científica, os aspectos de comando e controle são exatamente o que você precisa para a exploração humana lunar, bem como coisas tal como o retorno de amostras de Marte.”

As ambições da China de enviar astronautas à Lua surgem num momento em que os EUA pretendem lançar uma missão tripulada “Artemis” já em 2026 – naquela que seria a primeira tentativa desse tipo da América em mais de 50 anos.

O chefe da NASA, Bill Nelson, pareceu apontar o ritmo da China como um motor do progresso dos EUA, dizendo aos legisladores em abril que os dois países estavam “na prática… numa corrida”.

“Minha preocupação é que eles [cheguem ao polo sul] primeiro e depois digam: ‘esta é a nossa área, você fica de fora’, porque o polo sul da lua é uma parte importante… Achamos que há água lá e se há água e depois há combustível para foguetes”, disse Nelson.

A China tem procurado dissipar as preocupações sobre as suas ambições, reiterando a sua posição de que a exploração espacial deve “beneficiar toda a humanidade” e recrutando ativamente países parceiros para a sua planejada estação internacional de investigação lunar.

Os EUA e a China não estão sozinhos na atenção ao prestígio nacional, aos potenciais benefícios científicos, ao acesso aos recursos e à maior exploração do espaço profundo que as missões lunares bem-sucedidas poderiam trazer.

No ano passado, a Índia aterrou a sua primeira nave espacial na Lua, enquanto a primeira missão lunar da Rússia em décadas terminou em fracasso quando a sua sonda Luna 25 colidiu com a superfície lunar.

Em janeiro, o Japão se tornou o quinto país a pousar uma espaçonave na Lua, embora seu módulo de pouso Moon Sniper enfrentasse problemas de energia devido a um ângulo de pouso incorreto.

No mês seguinte, a IM-1, uma missão financiada pela NASA e projetada pela empresa privada Intuitive Machines, com sede no Texas, pousou perto do polo sul lunar.

A China está programada para lançar sua missão Chang’e-7 para a região lunar do polo sul em 2026, enquanto a Chang’e-8 será lançada em 2028 para realizar testes destinados à utilização de recursos lunares em preparação para a estação de pesquisa lunar, disseram autoridades espaciais chinesas no início deste ano.

Fonte: CNN BRASIL

Sedentarismo ameaça cerca de 1,8 bilhão de pessoas no mundo, diz estudo

A inatividade física está associada a um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, demência e câncer, segundo pesquisadores

Cerca de 1,8 bilhão de pessoas, o que equivale a 31% dos adultos no mundo, são sedentárias e não atingiram os níveis recomendados de atividade física em 2022, colocando-as em maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, demência e câncer. Os dados são de um novo estudo realizado por pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) e cientistas de instituições parceiras. Os dados foram publicado na revista The Lancet Global Health nesta terça-feira (25).

Atualmente, a OMS recomenda que adultos pratiquem, pelo menos, 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana. No entanto, se a tendência de sedentarismo continuar, os níveis de inatividade devem aumentar para 35% até 2030, segundo estimativa do estudo.

“Essas novas descobertas destacam uma oportunidade perdida de reduzir o câncer, doenças cardíacas e melhorar o bem-estar mental por meio do aumento da atividade física”, diz Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em comunicado à imprensa. “Devemos renovar nossos compromissos com o aumento dos níveis de atividade física e priorizar ações ousadas, incluindo políticas reforçadas e aumento do financiamento, para reverter essa tendência preocupante.”

Mulheres e idosos são a maioria entre as pessoas sedentárias

De acordo com o estudo, a inatividade física é maior entre as mulheres no mundo em comparação com os homens: a taxa de sedentarismo no público feminino globalmente é de 34%, enquanto a dos homens é de 29%. Em alguns países, a disparidade entre sexos é ainda maior, chegando a 20 pontos percentuais.

Além disso, pessoas com mais de 60 anos são menos ativas do que outros adultos, ressaltando a importância de promover a atividade física para idosos. A prática de exercícios físicos na terceira idade pode contribuir para um envelhecimento com maior qualidade de vida, com menos dores nas articulações, nas costas e menor risco de sarcopenia, condição caracterizada pela perda de massa e força muscular.

As maiores taxas de inatividade física foram observadas na região Ásia-Pacífico de alta renda (48%) e no Sul da Ásia (45%), com níveis de inatividade em outras regiões variando de 28% nos países ocidentais de alta renda a 14% na Oceania.

“A inatividade física é uma ameaça silenciosa à saúde global, contribuindo significativamente para a carga de doenças crônicas”, diz Rüdiger Krech, diretor de Promoção da Saúde da OMS. “Precisamos encontrar maneiras inovadoras de motivar as pessoas a serem mais ativas, considerando fatores como idade, ambiente e formação cultural. Ao tornar a atividade física acessível, acessível e agradável para todos, podemos reduzir significativamente o risco de doenças não transmissíveis e criar uma população mais saudável e produtiva”.

Há sinais de melhora em alguns países

Apesar dos resultados preocupantes, o estudo observou sinais de melhora em alguns países. Segundo o trabalho, quase metade dos países do mundo fez alguma melhoria para promover a atividade física na última década. Além disso, 22 países foram classificados como “estando no caminho certo” para atingir a meta global de reduzir o sedentarismo em 15% até 2030.

Diante das descobertas, a OMS reforça que os países devem fortalecer a implementação de políticas para promover e permitir a atividade física por meio de esportes de base e comunitários, recreação e transportes ativos (como caminhada, bicicleta e uso de transporte público), entre outras medidas.

“Promover a atividade física vai além de promover a escolha individual do estilo de vida – exigirá uma abordagem de toda a sociedade e a criação de ambientes que tornem mais fácil e seguro para todos serem mais ativos de maneiras que gostam para colher os muitos benefícios de saúde da atividade física regular”, afirma Fiona Bull, chefe da Unidade de Atividade Física da OMS.

Para os pesquisadores, serão necessários esforços coletivos baseados em parcerias entre atores governamentais e não governamentais, além de maiores investimentos em abordagens inovadoras, para alcançar pessoas menos ativas e reduzir as desigualdades no acesso a medidas de promoção e melhoria da atividade física.

Fonte: CNN BRASIL