Real e Ibovespa têm segunda maior valorização no mundo neste ano, diz levantamento

Mercado brasileiro é beneficiado por um forte fluxo de investimento estrangeiro desde o início do ano. Alta no preço das commodities e juros elevados no Brasil estão entre causas do bom desempenho, Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

real teve uma valorização de 17,8% em relação ao dólar no primeiro trimestre de 2022, a segunda maior dentre 120 países, enquanto o Ibovespa avançou 34,6%, com o segundo melhor desempenho dentre 79 bolsas, segundo um levantamento da consultoria Austin Rating feito a pedido do CNN Brasil Business.

A moeda norte-americana já opera na casa dos R$ 4,66 em relação ao real, segundo fechamento da sexta-feira (1º), se distanciando da casa dos R$ 5 ultrapassada em 2020.

O desempenho do real supera a média dos países emergentes, de valorização de 5,06% ante o dólar, assim como do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que teve recuo de 1,01%. A média geral dos 120 países é de desvalorização de 1,14%.

Com isso, a moeda ficou atrás apenas do Kwanza, moeda da Angola, que valorizou 24,4% devido a elementos semelhantes aos da alta do real, em especial um fluxo de investimento estrangeiro que busca grandes produtores de commodities, cujos preços dispararam.

Não à toa, as dez moedas de melhor desempenho são de países fortemente ligados a esses produtos, principalmente na África e América Latina.

Já as moedas de pior desempenho são as de países que passam por instabilidades políticas, sociais ou econômicas, afastando investidores. É o caso da lira turca (115º) e da rupia do Sri Lanka (120º), mas também do rublo da Rússia (114º, com recuo de 11,1%), do rublo de Belarus (119º, com recuo de 21,7%) e da hryvnia ucraniana (111º, queda de 7,5%).

Fonte: João Pedro Malardo CNN Brasil Business

Onça é resgatada após invadir casa em Santa Rita do Passa Quatro, interior de SP

Animal foi capturado pelas polícias Militar e Ambiental sem apresentar resistência e o incidente não deixou feridos

Uma família do município de Santa Rita do Passa Quatro, no interior de São Paulo, foi surpreendida com a visita inusitada de uma onça parda na manhã desta sexta-feira (1º). “Por volta de 5h15, ouvimos um barulho como se alguém tivesse pulado dentro de casa, meus cachorros começaram a latir desesperadamente. Logo ouço meu pai chamando meus cachorros e nada de eles entrarem, latiam sem parar. Meu irmão me acorda, ‘Leticia, tem uma onça dentro de casa’, relatou a moradora Leticia Porteiro, em uma publicação no Facebook.

A família buscou a Polícia Militar, que isolou o local e acionou a Polícia Ambiental para o resgate. O animal foi capturado pelo Corpo de Bombeiros de Porto Ferreira e profissionais do Departamento de Serviços Municipais da prefeitura sem apresentar resistência e o incidente não deixou feridos.

Após avaliação por médico veterinário, a onça foi solta em um local de preservação ambiental. “Tendo em vista o animal se apresentar em excelente condições físicas, foi conduzido à área rural em local com área de grande remanescente de vegetação nativa, afastada da presença de aglomerações urbanas, onde foi realizado sua soltura”, informou a nota da PM.

O animal adulto tem cerca de 70 centímetros de altura e 1,20 metros de comprimento.

Grávida com bebê morto no útero há 5 dias implora por cesárea

Daniela Fonseca de Oliveira, de 29 anos, moradora de Santos, no litoral de São Paulo, estava no oitavo mês de gestação, quando sofreu um aborto espontâneo na quarta-feira (30). Ela ainda não passou pela cirurgia de retirada do feto e aguarda há cinco dias no centro cirúrgico do hospital, reclamando de dores e medo de infecção.

A jovem está internada na Maternidade do Complexo Hospitalar dos Estivadores. Segundo ela, a equipe médica faz procedimentos para tentar induzir o parto normal desde a quarta-feira, mas Daniela implora para que seja realizada logo uma cesárea.

Segundo a gestante, ainda não houve evolução nas tentativas de indução do parto de forma natural. Ela foi informada de que a cesárea só será feita em último caso.

Amedrontada e sensibilizada com toda a situação, Daniela diz que está sofrendo duas dores ao mesmo tempo, uma por perder o filho que tanto esperava e outra por saber que o parto natural não irá evoluir. “Minha vida está em risco”, afirma.

Hospital diz que segue protocolo

O Instituto Social Hospital Alemão Osvaldo Cruz, responsável pela gestão do hospital, informou que Daniela deu entrada no dia 30, já com quadro de óbito fetal, o parto normal está sendo induzido, alega o hospital, conforme protocolo de referência indicado para esse tipo de caso.

A decisão sobre os procedimentos cirúrgicos, de acordo com o instituto, é sempre tomada conforme os anseios e necessidades da paciente, mas seguindo a análise da equipe médica para a melhor prática assistencial do caso.

Fonte: Metrópoles

Pandemia: mais de 2 mil normas ligadas a decreto de emergência podem cair

Ministério da Saúde avalia revogar a portaria até junho e estuda saídas jurídicas para manter parte dos atos vinculados.

Um mapeamento feito pelo Centro de Pesquisas em Direito Sanitário da USP (Universidade de São Paulo) mostra que 2.366 normas da União e dos estados estavam vinculadas, em 2021, diretamente à portaria que decretou o estado de emergência por causa da pandemia de Covid-19. A medida foi instituída em 2020, e o Ministério da Saúde avalia revogá-la até o fim até junho.

Na prática, essa revogação pode acarretar a mudança do uso de vacinas e a liberação de recursos alocados para o enfrentamento da pandemia, por exemplo. Para isso, a equipe jurídica do Ministério da Saúde avalia a melhor saída para essas normas que estão atreladas ao decreto.

ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destaca que os principais pontos discutidos para decretar o fim do decreto são o cenário epidemiológico, o avanço de medicamentos contra a doença e o sistema hospitalar, com atenção à disponibilidade de leitos de UTI.

O mapeamento das normas atreladas à portaria foi feito sob a coordenação do professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP Fernando Aith. As professoras Deisy Ventura e Rossana Reis também participaram do levantamento.

“A partir do momento em que a portaria que trata do estado de emergência for alterada ou revogada, todas essas normas, que são vinculadas diretamente, deixarão de ter vigência na União e nos estados”, afirma Aith.

De acordo com o professor da USP, as normas vinculadas à portaria tratam de diversos temas, sendo as principais regras relacionadas à liberação de recursos para o enfrentamento da pandemia, compra de vacinas, insumos, equipamentos e diretrizes que foram simplificadas ou aceleradas em decorrência da calamidade.

No entanto, Aith defende cautela e argumenta que, por ora, não é o momento de alterar ou revogar a portaria de emergência pública. “Eu acho que essa flexibilização está sendo feita de forma antecipada e, até mesmo, perigosa, porque nós ainda estamos em pandemia, status classificado pela OMS, com dados diários de novos casos e mortes que não são pequenos. A pandemia ainda está acontecendo, embora tenha vacinação acelerada no país”, afirma.

“Outro aspecto é o repasse de verbas relacionadas à Covid-19. Com a revogação da portaria, há uma consequência política, uma vez que voltarão as regras administrativas ordinárias, que não possibilitam uma agilidade que a pandemia exige”, completa.

A Saúde iniciou as discussões sobre o fim do estado de emergência após pressão pública do presidente Jair Bolsonaro (PL), que fala em rebaixar o status de pandemia a endemia — o rebaixamento, por sua vez, só é feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

“Em virtude da melhora do cenário epidemiológico e de acordo com o §2° do art. 1° da lei 13.979/2020, o Ministério da Saúde estuda rebaixar para endemia a atual situação da Covid-19 no Brasil”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais em 3 de março.

Desde março de 2020, a OMS classifica a situação que o mundo vive como pandemia, quando uma doença afeta vários países e continentes e atinge um grande número de pessoas. Já a endemia é o status de doenças recorrentes, que se manifestam com frequência em determinada região, mas para as quais a população e os serviços de saúde já estão preparados.

Recentemente, Queiroga reuniu-se com os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, Arthur Lira (PP-AL), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Luiz Fux, respectivamente, para tratar sobre o tema. Nas reuniões, Queiroga informou que o governo estuda uma transição da situação da pandemia e destacou que nada será alterado de forma abrupta. O ministro mostrou, ainda, relatos da situação epidemiológica do país.

Fonte: R7

Entenda os quatro motivos por trás da queda do dólar em 2022

Dólar teve a maior desvalorização para o primeiro trimestre em 13 anos, recuando 14,55%.

O especialista CNN em economia Sergio Vale aponta quatro principais fatores para a queda expressiva do dólar em relação ao real em 2022, que rendeu o maior recuo no primeiro trimestre em 13 anos, de 14,55%. Segundo ele, a variação atual “não é algo comum de se ver”.

O primeiro fator, diz, é o diferencial de juros do Brasil em relação a outros países, em especial os Estados Unidos, com a taxa básica de juros, a taxa Selic, já acima dos dois dígitos e podendo chegar a 13% nas próximas reuniões do Banco Central. “Esse diferencial de juros ajuda a entrar capital de curto prazo e a apreciar o câmbio”.

“Há pouco mais de um ano, a Selic estava em 2%, e pode chegar a 13% agora. É uma aceleração muito forte, para uma taxa de juros lá fora que está subindo com pouca intensidade. Isso ajuda muito na entrada de capitais”.

Há, também, a disparada nos preços das commodities com a guerra na Ucrânia e a pandemia, o que favorece grandes produtores, caso do Brasil.

Vale afirma que “voltamos ao que existia antes da pandemia, uma normalidade na relação de preços de commodities e câmbio. Quando o preço das commodities subia, o câmbio apreciava, porque havia a percepção de entrada de capital via balança comercial, fortalecia nossa economia”.

O terceiro fator, que o especialista afirma ser paradoxal, é que o Brasil passa por um momento de certa estabilidade política e fiscal. “Tem uma eleição tensa à frente, mas está distante ainda, e 2021 foi um ano muito intenso na questão politica e fiscal. Nesse começo de ano estamos com uma certa calma, ajuda a tranquilizar o mercado”.

“Nesses últimos dois anos, o que a gente viu acontecer do ponto de vista político e político-fiscal foi o contrário do que a gente queria ver. A dificuldade por conta de lidar com a pandemia, a dívida pública explodiu. Ano passado foi um stress fiscal do início ao fim, culminando com a quebra da regra do teto”, afirma.

“Quando pega essa turbulência, foi um elemento extremamente importante para ajudar a explicar essa taxa de câmbio insistentemente acima de R$ 5. Não é que ela passou, o cenário ainda é complicado, mas estamos em um limbo”, avalia.

Por fim, Vale cita a fuga de investidores da Rússia devido à guerra, em uma realocação de portfólios de investimento em que o Brasil surgiu como elemento atrativo.

Nesse sentido, para tentar entender os próximos movimentos do dólar em relação ao real, é necessário pensar nesses fatores.

Sergio Vale ressalta que, “da mesma forma que era quase impossível ver a taxa de câmbio nesse patamar no ano passado, fica difícil garantir onde vai estar o câmbio nas próximas semanas, meses”.

A princípio, ele avalia que os dois primeiros fatores devem se manter, mas os outros dois são mais difíceis. “O que deve mudar um pouco é o cenário político, que deve trazer alguma tensão nos próximos meses, e a guerra da Ucrânia provavelmente vai estar mais tranquila no segundo semestre, o pior vai ter passado em relação a março”.

“Então, considerando esses pontos, ainda no curto prazo o câmbio pode cair mais, pode chegar a R$ 4,50, até menos, mas no segundo semestre o mercado todo está preocupado, e o câmbio pode voltar para acima de R$ 5”.

Fonte: CNN BRASIL

IR 2022: Declarar sem ser obrigado pode render restituição; entenda

Quem teve imposto retido mas não atingiu a renda que obriga a declarar, acima de R$ 28.559,70, pode ter 100% de restituição

Quem não está obrigado a declarar o Imposto de Renda 2022 mas teve imposto retido na fonte pode receber de volta todo o imposto se prestar contas ao Leão.

“Quem pagou imposto sobre salário, aluguel, pró-labore ou qualquer outro tipo de renda tributável e não atingiu o limite de rendimentos de R$ 28.559,70, que obriga a declarar o IR, pode fazer a declaração que terá restituição de 100%”, informa o diretor-executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos. A tabela do Imposto de Renda não é corrigida desde 2015.

Um exemplo: vamos supor que uma pessoa receba um salário que está abaixo do limite de isenção, que é de até R$ 1.903,98 por mês. Mas, ao receber as férias, teve imposto retido porque o limite de isenção foi superado.

Outra hipótese: alguém que tenha trabalhado com retenção de IR na fonte só por alguns meses em 2021.

Em ambos os casos, poderá declarar para receber 100% dessa restituição.

Mas, se não declarar, o dinheiro vai ficar para o governo, ninguém vai bater à sua porta para devolvê-lo. Então, declare para receber a restituição mesmo que seja pouquinho, afinal, é seu.

Não paga nem multa se entregar depois do dia 29

Quem não estava obrigado a declarar também não será penalizado com multa se fizer a declaração após o prazo para a entrega, que é o dia 29 de abril. Nesse caso, tem até cinco anos para fazer essa declaração e ter a restituição, que será corrigida pela taxa Selic, que está em 11,75% ao ano.

Para quem está obrigado e não entregar a declaração no prazo, a multa vai de R$ 165,74 até 20% do imposto devido.

Comprove renda com a declaração

Quem não precisa fazer a declaração nem mesmo para ter restituição de um eventual imposto retido pode utilizá-la para outro fim: comprovar a renda.

É o caso de quem precisa de um financiamento e não tem carteira assinada, por exemplo.

“Com isso, o contribuinte comprova não só os rendimentos, mas também detalha seus bens”, diz Domingos.

Confira se está obrigado a declarar o IR 2022

Não é só o limite de renda tributável que obriga uma pessoa a declarar. A obrigatoriedade também pode decorrer de ter recebido mais de R$ 40 mil em rendimentos isentos como FGTS, indenizações e rendimento de poupança e LCI, por exemplo. Ou ainda de ter bens e direitos que ultrapassem o valor de R$ 300 mil, como um imóvel.

Está obrigado a declarar quem preencheu um ou mais dos seguintes requisitos a seguir:

Renda

  • Recebeu rendimentos tributáveis acima do limite (R$ 28.559,70);
    • Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima do limite (R$ 40.000).

Rural

  • Obteve receita bruta anual decorrente de atividade rural em valor acima do limite (R$ 142.798,50);
    • Pretenda compensar prejuízos da atividade rural deste ou de anos anteriores com as receitas deste ou de anos futuros.

Bens

  • Teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2021, de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima do limite (R$ 300.000).

Imóvel

  • Obteve ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto;
    • Optou pela isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro, no prazo de 180 dias;

Bolsa

  • Realizou operações em Bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.

Viagem

  • Passou à condição de residente no Brasil, em qualquer mês, e nessa condição se encontrava em 31 de dezembro de 2021.

Se ainda tiver mais dúvidas sobre economia, dinheiro, direitos e tudo mais que mexe com o seu bolso, envie suas perguntas para “O que é que eu faço, Sophia?” pelo email sophiacamargo@r7.com

Fonte: R7

Pessoas com obesidade enfrentam preconceitos e grave estigma social

Pessoas com sobrepeso ou obesidade, muitas vezes, têm suas vidas marcadas por apelidos pejorativos, situações dolorosas, constrangedoras e uma constante pressão para emagrecer. Este grave estigma social fere a saúde mental, retarda a busca por tratamento e torna a relação com a doença cada vez mais difícil. A boa notícia é que, com a ajuda de médicos e profissionais da saúde, é possível tratar a obesidade e conquistar a melhora da saúde e da qualidade de vida.

A obesidade é uma doença crônica que pode desencadear uma série de outras doenças, como diabetes, hipertensão, AVC e, até mesmo, câncer.

Apesar de ser considerada uma doença, muitas pessoas não sabem disso ou simplesmente não respeitam quem tem obesidade. Por isso, é comum que a pessoa receba olhares de desaprovação, comentários maldosos, críticas destrutivas e bullying. De forma generalizada e sem embasamento algum, estas pessoas levam o estereótipo de preguiçosas, indisciplinadas e que não têm força de vontade. O preconceito pode surgir em diversos ambientes, como na escola, no trabalho, entre amigos, familiares, profissionais da saúde e sociedade em geral. A desvalorização social e a depreciação podem não apenas atrasar a busca por ajuda médica, como comprometer a saúde mental dessas pessoas.

De acordo com a Declaração Conjunta de Consenso Internacional, publicada em março de 2020 pela Nature Medicine e assinada por mais de 100 instituições em todo o mundo, o preconceito contra a obesidade leva à marginalização em grupos sociais, compromete a saúde, dificulta o acesso das pessoas ao mercado de trabalho e tratamentos adequados, afeta as relações sociais e a saúde mental.

Ainda segundo a publicação, entre 19% e 42% dos adultos com obesidade sofrem com a discriminação. Crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade são mais suscetíveis a sofrer bullying e, com isso, podem apresentar dificuldades de socialização, desenvolver ansiedade e depressão, isolamento, baixa autoestima, compulsão alimentar e estresse, quando comparados às crianças e adolescentes sem sobrepeso ou obesidade.

Dados publicados pelo Ministério da Saúde em junho de 2021 informam que mais de três milhões de crianças com menos de dez anos são impactadas pela obesidade no Brasil. Além disso, mais de seis milhões estão com sobrepeso.

É importante mudar a visão de que criança com sobrepeso é sinônimo de criança saudável. As chances desta criança se tornar um adulto com obesidade são de 80%. Oferecer o tratamento adequado é traçar um futuro mais saudável.

Também é fundamental mudar o olhar daqueles que, costumeiramente, discriminam as pessoas com obesidade, para que entendam que não se trata de falta de disciplina ou cuidados pessoais. A doença pode ser causada por diversos fatores, como genéticos, metabólicos, sociais e psicológicos, que estão fora do controle da pessoa com obesidade. Discriminar essas pessoas não contribui para que busquem ajuda médica, muito pelo contrário.

A população com sobrepeso ou obesidade merece respeito, acolhimento e tratamento adequado. De acordo com o Ministério da Saúde, mais da metade da população brasileira, 55,7%, está com sobrepeso. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a obesidade uma epidemia, um dos mais graves problemas de saúde que temos para enfrentar. Estima-se que, em 2025, 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estarão acima do peso.

Trata-se de ir além da conscientização da população. É importante que o estigma da obesidade não seja mais tolerável e que a cultura do preconceito acabe, para que as pessoas entendam que o único padrão que importa é o da saúde.

Junte-se ao movimento Saúde Não Se Pesa, criado em 2016 pela empresa global Novo Nordisk, e colabore com a conscientização sobre a obesidade e o sobrepeso, para que mais pessoas alcancem o bem-estar físico, mental e social.

Fonte: CNN BRASIL

Rússia retira algumas tropas na região norte da Ucrânia, dizem governadores

Rússia disse durante as negociações por paz, nesta terça-feira, que reduziria as operações nas regiões de Kiev e Chernihiv.

A Rússia está retirando algumas de suas forças nas regiões de Kiev e Chernihiv, no norte da Ucrânia, disseram os governadores ucranianos das duas regiões nesta sexta-feira (1).

A Rússia disse durante as negociações por paz, nesta terça-feira, que reduziria as operações nas regiões de Kiev e Chernihiv. Os combates continuaram em ambas as regiões e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que as forças russas não estão se retirando, mas se reagrupando.

“Estamos observando o movimento de colunas de veículos (russos) conjuntos de várias quantidades”, escreveu o governador da região de Kiev, Oleksandr Pavlyuk, no aplicativo de mensagens Telegram.

Pavlyuk disse que algumas das tropas estavam indo em direção à fronteira com Belarus, aliada da Rússia.

Ele disse que as forças russas deixaram a vila de Hostomel, que fica ao lado de um importante aeroporto, mas estão atacando a cidade de Bucha. A Reuters não conseguiu verificar de forma independente as informações.

O governador de Chernihiv, Viacheslav Chaus, disse que algumas tropas russas recuaram, mas algumas permaneceram em sua região.

“Ataques aéreos e com mísseis são (ainda) possíveis na região, ninguém está descartando isso”, disse ele em um discurso em vídeo.

Fonte: CNN BRASIL

Preços dos remédios vão subir até 10,89%; governo autoriza reajuste a partir desta sexta

Pela legislação em vigor, o reajuste anual dos preços de medicamentos é definido considerando a inflação, além de outros indicadores do setor.

O governo autorizou o reajuste dos preços de medicamentos a partir desta sexta-feira (1º). Os remédios terão aumento de até 10,89%, segundo anunciou a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), em publicação no Diário Oficial.

“Esta resolução entra em vigor na data da sua publicação”, diz o texto publicado no Diário Oficial.

A partir desta sexta, as farmacêuticas já podem aplicar o reajuste – mas cabe às empresas definirem os novos preços, já que os percentuais são os de reajustes máximos.

percentual de alta de 10,89% já havia sido antecipado pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

A resolução aprovada pela CMED estabelece o percentual máximo de 10,89% para as 3 classes de medicamentos e de perfil de concorrência da substância: nível 1, nível 2 e nível 3.

Alta acima da inflação

O reajuste máximo autorizado agora, de 10,89%, ficou acima da inflação do ano anterior: em 2021, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 10,06%.

A diferença foi ainda maior no ano passado, quando o reajuste autorizado foi de até 10,08% para os medicamentos, ante uma inflação de 4,52% no ano anterior.

Por meio do CMED, órgão vinculado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o governo controla o reajuste de preços de medicamentos periodicamente – estabelecendo o aumento máximo que esses produtos podem atingir no mercado brasileiro.

Como é calculado o reajuste

Pela legislação em vigor, o reajuste anual dos preços de medicamentos é definido considerando a inflação, além de outros indicadores do setor.

No início do ano, o Comitê Técnico-Executivo da CMED decidiu definir em zero dois fatores que compõem a fórmula do reajuste dos preços dos medicamentos para este ano: o fator de produtividade (Fator X) e o fator de ajuste de preços relativos intrassetor (Fator Z).

O primeiro deles, Fator X, é estabelecido a partir da estimativa de ganhos futuros de produtividade das empresas que compõem a indústria farmacêutica no país. Segundo um comunicado da Anvisa, o Fator Z também tem valor igual a zero, conforme preveem as regras de uma resolução do comitê que estabelece os critérios de composição de fatores para o ajuste de preços de fármacos.

Além dos fatores X e Z, entram no cálculo o fator Y – que se refere a ajuste de preços relativos entre setores, e que foi fixado em 0,35% – e a inflação. O fator Y calcula os custos de produção não captados pelo índice oficial de inflação, como variação cambial, tarifas de eletricidade e variação de preços de insumos.

Em 2022, o reajuste foi calculado com base nos seguintes índices:

IPCA: 10,54%

Fator X: 0% (zero)

Fator Y: 0,35%

Fator Z: 0% (zero)

Fonte: G1

Cientistas sequenciam o genoma humano completo pela primeira vez

Nova pesquisa introduz 400 milhões de letras ao DNA previamente sequenciado – valor de um cromossomo inteiro.

Em 2003, o Projeto Genoma Humano fez história ao sequenciar 92% do genoma humano. Mas por quase duas décadas desde então, cientistas lutam para decifrar os 8% restantes.

Agora, uma equipe de quase 100 cientistas do Consórcio Tlomere-to-Telomere (T2T) revelou o genoma humano completo – a primeira vez que foi sequenciado em sua totalidade, dizem os pesquisadores.

“Ter essas informações completas nos permitirá entender melhor como nos formamos como um organismo individual e como variamos não apenas entre outros humanos, mas entre outras espécies”, Evan Eichler, pesquisador do Howard Hughes Medical Institute da Universidade de Washington e líder da pesquisa, disse nesta quinta-feira (31).

A nova pesquisa introduz 400 milhões de letras ao DNA previamente sequenciado – o valor de um cromossomo inteiro.

O genoma completo permitirá aos cientistas analisar como o DNA difere entre as pessoas e se essas variações genéticas desempenham um papel na doença.

A pesquisa, publicada na revista Science nesta quinta-feira, estava anteriormente em pré-impressão, permitindo que outras equipes usassem a sequência em seus próprios estudos.

Até agora, não estava claro o que esses genes desconhecidos codificavam.

“Acontece que esses genes são incrivelmente importantes para a adaptação”, disse Eichner.

“Eles contêm genes de resposta imune que nos ajudam a nos adaptar e sobreviver a infecções, pragas e vírus. Esse genes são muito importantes em termos de previsão de resposta a medicamentos”.

Eichner também disse que alguns dos genes recentemente descobertos são responsáveis ​​por tornar os cérebros humanos maiores do que os de outros primatas, fornecendo informações sobre o que torna os humanos únicos.

Esses 8% restantes do genoma humano deixaram os cientistas perplexos por anos por causa de suas complexidades. Por um lado, continha regiões de DNA com várias repetições, o que tornava difícil juntar o DNA na ordem correta usando métodos de sequenciamento anteriores.

Os pesquisadores se basearam em duas tecnologias de sequenciamento de DNA que surgiram na última década para concretizar este projeto: o método de sequenciamento de DNA Oxford Nanopore, que pode sequenciar até um milhão de letras de DNA de uma só vez, mas com alguns erros, e o sequenciamento de DNA PacBio HiF, método que pode ler 20 mil letras com 99,9% de precisão.

Sequenciar o DNA é como resolver um quebra-cabeça, disse Eichner. Os cientistas devem primeiro quebrar o DNA em partes menores e depois usar máquinas de sequenciamento para juntá-lo na ordem correta.

Ferramentas de sequenciamento anteriores podiam sequenciar apenas pequenas seções de DNA de uma só vez.

Com um quebra-cabeça de 10 mil peças, é difícil organizar corretamente pequenas peças de quebra-cabeça quando elas são parecidas, assim como sequenciar pequenas seções de DNA repetitivo.

Mas com um quebra-cabeça de 500 peças, é muito mais fácil organizar peças maiores – ou, neste caso, segmentos mais longos de DNA.

Um segundo desafio foi encontrar células que continham apenas um genoma.

As células humanas padrão contêm dois conjuntos de DNA, uma cópia materna e uma cópia paterna, mas essa equipe usou DNA de um grupo de células chamado mola hidatiforme completa, que contém uma duplicata do conjunto paterno de DNA.

Uma mola hidatiforme completa é uma complicação rara de uma gravidez causada pelo crescimento anormal de células que se originam da placenta. Essa abordagem simplifica o genoma para que os cientistas precisem sequenciar apenas um conjunto em vez de dois conjuntos de DNA.

Como a equipe de pesquisa usou um conjunto duplicado de DNA, os cientistas não conseguiram sequenciar o cromossomo Y originalmente. De acordo com o principal autor do estudo, Adam Phillippy, a equipe conseguiu sequenciar o cromossomo Y usando um conjunto diferente de células.

Um conjunto completo de 24 cromossomos sequenciados está disponível no navegador do genoma da Universidade de Santa Cruz.

Decodificar essa sequência sem intervalos tem um preço alto. Phillippy, que também é chefe da seção de informática genética do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, disse que, no conjunto, o projeto custou alguns milhões de dólares ou mais.

Mas isso é uma fração dos quase US$ 450 milhões (R$ 2139 milhões) que custou ao Projeto Genoma Humano para alcançar sua sequência final em 2003. E com a nova tecnologia, o sequenciamento está ficando cada vez mais barato.

Por enquanto, ainda é muito caro e demorado para todos sequenciar seu próprio genoma. Mas está em andamento uma pesquisa que usa esse genoma para identificar se certas diferenças genéticas estão ligadas a cânceres específicos.

Conhecer as variações genéticas também pode permitir que os médicos personalizem melhor os tratamentos, disse Michael Schatz, outro pesquisador da equipe e professor de ciência da computação e biologia na Universidade Johns Hopkins.

Phillippy disse que espera que, nos próximos 10 anos, o sequenciamento dos genomas dos indivíduos possa se tornar um exame médico de rotina que custa menos de US$ 1.000 (aproximadamente R$ 4755). Sua equipe continua trabalhando para esse objetivo.

Charles Rotimi, diretor científico do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, disse em um comunicado que essa conquista científica está “nos aproximando da medicina individualizada para toda a humanidade”. Rotimi não esteve envolvido na pesquisa.

Fonte: CNN BRASIL