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CASAIS COM PAZ E VIDA

Redução da taxa básica de juros para 13,25% ao ano traz impacto limitado às operações de crédito no Brasil, mostram simulações.

corte de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros da economia brasileira anunciada pelo BC (Banco Central) tem potencial para baratear o custo dos financiamentos e reduzir a cobrança do cheque especial e do cartão de crédito.

Após permanecer por 12 meses em 13,75% ao ano, o maior patamar desde 2017, a taxa Selic caiu pela primeira vez em três anos e passa a figurar em 13,25% ao ano pelo menos até a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para setembro.

Logo após o veredito, as instituições públicas Caixa e Banco do Brasil anunciaram a redução das taxas de juros para as linhas de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ainda que a medida represente um alívio no bolso dos consumidores, o presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), Miguel José Ribeiro de Oliveira, afirma que o impacto da redução nas operações de crédito ainda é muito pequeno.

“Existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas de juros cobradas aos consumidores, que na média da pessoa física atingem 126,26% ao ano, provocando uma variação de mais de 800% entre as duas pontas”, destaca ele.

De acordo com os dados mais recentes do BC, referentes ao mês de junho, a taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito no Brasil é de 437,3% ao ano. Ao mesmo tempo, as pessoas que caem no cheque especial têm que desembolsar 133,6% para se livrar da dívida após um ano.

Com a alteração da Selic, a taxa de juros mensal do cartão de crédito rotativo cai de 14,86% para 14,82%, de acordo com simulação da Anefac. No caso da utilização da modalidade em R$ 3.000 por 30 dias, o valor final dos juros é de R$ 444,60, valor R$ 1,20 inferior ao cobrado com a taxa anterior. Já no caso do cheque especial, o uso de R$ 1.000 do limite de conta bancária por 20 dias resulta em um custo adicional de R$ 54,27, com juros mensais de 8,14%. No último ano, quando a Selic figurou em 13,75%, a taxa era de 8,18%, o equivalente a R$ 54,53 nas mesmas condições.

Empréstimo pessoal

No caso de solicitação de crédito junto aos bancos, as taxas mensais passam de 4,13% para 4,09%. No caso de um empréstimo pessoal de R$ 5.000 parcelado em 12 meses, o valor final a ser pago cai de R$ 6.441,45 para R$ 6.426,56. Já cada uma das prestações é reduzida de R$ 536,79 para R$ 535,55.

Nas financeiras, que têm taxas mais altas, os juros recuam de 7,31% para 7,27% ao ano. O movimento resulta em um corte de R$ 9,73 no valor total pago pelo empréstimo de R$ 3.000 quitado em 12 parcelas, de R$ 4.607,64 para R$ 4.597,91, segundo cálculos da Anefac.

Compras

As aquisições no comércio também ficam um pouco menos pesadas no bolso dos que desejam parcelar os valores, com taxa mensal de 5,57% dos juros do comércio, ante cobrança de 5,61% feita anteriormente.

Com a queda, a aquisição de uma geladeira de R$ 3.000 com pagamento previsto em 12 meses recua R$ 9,32, de R$ 4.202,64 para R$ 4.193,32, com cada parcela estimada em R$ 349,44, valor R$ 0,78 mais baixo.

Para quem sair em busca de um carro no valor de R$ 40 mil, a taxa de juros mensal recua de 2,15% para 2,11%. Com a alteração, os cálculos da Anefac mostram que o valor final pago pelos motoristas recua R$ 679,10 ao final de 60 meses, de R$ 71.573,23 para R$ 70.894,14.

Fonte: R7

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