Forte chuva da região Nordeste chega ao Sudeste na virada do ano

A projeção é de temporal nos próximos sete a dez dias

Fortes chuvas são esperadas, nesta virada de ano, na região Sudeste do País. O corredor de umidade responsável pelo excesso de precipitação em Tocantins e na Bahia, onde 20 pessoas morreram em inundações, está a caminho de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, segundo a agência de notícias especializada Metsul.com. A projeção é de temporal nos próximos sete a dez dias.

Modelos meteorológicos que previram as enchentes no Nordeste e Norte do País, agora, projetam “um aumento substancial da chuva na região Sudeste, com volumes mais altos concentrados em Minas Gerais”, de acordo com o site. A capital Belo Horizonte deve ser a mais afetada, mas não são descartados alagamentos também no Rio e em São Paulo.

Em alguns locais, o volume de chuva pode chegar a 500 mm em 15 dias. Para se ter uma ideia, em Brasília, deve chover 9 mm nas próximas 24h, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, que classifica esse volume como “de chuvas intensas”.

A expectativa é de que ocorram chuvas fortes em curtos períodos de tempo, capazes de provocar inundações e deslizamentos de terra. Isso preocupa os meteorologistas, já que, principalmente em Minas e no Rio, há um grande número de pessoas em áreas de risco – próximas a rios e encostas. Na região serrana fluminense, por exemplo, são recorrentes os deslizamentos de encostas e desabamentos de casas no verão.

Não são descartadas, no entanto, enchentes também no Estado de São Paulo, provocadas pelo transbordamento de rios.

Fonte: CNN

Consumo de carne recua na pandemia

Segundo pesquisadores da Embrapa, nível é o menor em 25 anos

O consumo de carne bovina entre os brasileiros caiu significativamente desde o início da pandemia e chegou a 26,5 quilos por habitante em 2021. Trata-se do menor volume em 25 anos e, em relação a 2006, quando houve um pico de 42,8 quilos por habitante, o recuo é de quase 40%. Os dados, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram destacado e usados como referência por pesquisadores do Centro de Inteligência da Carne Bovina (CiCarne), da Embrapa Gado de Corte.

O pesquisador Guilherme Malafaia e seus colegas Sérgio de Medeiros e Fernando Teixeira Dias, que assinam o boletim “Perspectivas para a pecuária de corte em 2022”, publicado pela Embrapa na segunda-feira, dizem que o nível de consumo é o menor em 25 anos. Malafaia observa que os dados podem diferir a depender do órgão utilizado como referência.

A queda se nota desde o ano passado, quando o consumo médio da proteína foi de 29,3 quilos por habitante. O cenário resulta do encarecimento dos cortes e do menor poder de compra das pessoas, devido ao avanço da inflação e do desemprego. Para o CiCarne, o cenário deverá mudar “em um futuro próximo”. “Esperamos um crescimento constante à medida que a renda e as preferências alimentares se expandam. A tendência de percepção de mais saúde [ao consumir a proteína] também será forte na carne bovina”, afirmam os pesquisadores.

A retomada interna, no entanto, pode não ocorrer no curto prazo. É esperado reaquecimento de economias globais para 2022 com o avanço da vacinação, mas a inflação e o desemprego devem continuar pressionando o consumo de carne bovina no país – e o mercado interno absorve 75% da produção.

Apesar de o brasileiro ter trocado o bife pelo frango, os preços da carne de boi não cederam. Uma causa é o ciclo da pecuária, quando há menos animais disponíveis para abate. No terceiro trimestre deste ano, por exemplo, os abates recuaram 10,7%, ante igual período de 2020, para 6,94 milhões de cabeças, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, houve queda em relação a 2019.

Segundo o CiCarne, este ano foi marcado por realidade similar à de 2020, com falta de animais para abastecer o mercado doméstico. Fora o efeito do ciclo pecuário, a escassez de chuvas nos principais polos produtores também afetou a engorda. Assim, o patamar de preços da arroba do boi gordo se manteve acima de R$ 300 no primeiro semestre.

Os preços não cederam significativamente nem quando a China, principal importador, interrompeu compras em setembro, por causa de dois casos atípicos de “vaca louca”. Os asiáticos importaram 50% de 1,27 milhão de toneladas embarcadas pelo Brasil entre janeiro e setembro. O embargo durou mais de três meses, mas foi suspenso.

O momento é de transição de ciclo e o preço do bezerro continua acima do valor médio nominal de 2020. Isso levará à retenção de fêmeas para aumentar a produção. “Como o atual ciclo pecuário se iniciou em 2019, os custos de reposição devem começar a baixar somente em 2023, apesar do aumento da oferta destes animais em 2022”, dizem os analistas do CiCarne.

Sobre as exportações, a expectativa é de avanço em 2022, acredita a Embrapa. A Ásia continuará como o principal consumidor da carne bovina brasileira, com a China à frente.

“Esperamos que a produção de suínos volte a cair em muitos mercados asiáticos, incluindo a China, em 2022, pelos preços descendentes e alto custo com insumos, desestimulando assim a produção”, dizem os especialistas. O fator pode favorecer vendas, porém com competição mais acirrada dos Estados Unidos.

Nesse contexto, as margens dos frigoríficos devem continuar apertadas em 2022. Faltarão vacas para abate e o abastecimento do mercado interno e as indústrias buscarão bois, que estarão com a demanda aquecida no mercado externo – e com a arroba valorizada.

Fonte: Valor

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O Espírito da Verdade faz muito mais do que consolar e ajudar e, dada à ilimitada abrangência de Seu poder e atuação, é mais adequado chamá-lO de Parakletos, o Espírito da parte do Pai, igual a Jesus, chamado para ser o nosso Emanuel, nome hebraico que significa Deus conosco, cumprindo Isaías 7:14. Jesus disse que é prova de amor guardar a Sua Palavra e prometeu que Ele mesmo e o Pai Celestial viriam fazer morada na nossa vida, através de Parakletos! A Santíssima Trindade quer habitar em você, para fazer infinitamente mais do que você pode imaginar! (PAGLIARIN, 2019, p. 9)

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Seja cheio do poder de Deus!

Por Daniela Porto

A VIDA DE CRISTO EM NÓS

“Eu sou a videira e vós as varas. O que permanece em mim e eu nele,
esse dá muito fruto, porque, sem mim, nada podeis fazer”
(Jo 15.5).

  1. O Testemunho de Cristo e do apóstolo Paulo;
  2. O que é a vida de Cristo em nós;
  3. Consequências práticas e aplicação particular.
  1. O Testemunho de Cristo e do apóstolo Paulo.

O Senhor Jesus disse: “Eu sou a videira e vós as varas. O que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, porque, sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5). “Nada”, ou seja, nenhum ato meritório de vida eterna.

Semelhantemente, diz Paulo (Rm 6.5): “nos tornamos uma mesma planta com Cristo”, que é como que a raiz santa, e “se é santa a raiz, também o são os ramos” (11.16). Noutra parte, expressa o mesmo valendo-se de outra figura: “vós sois o corpo de Cristo e membros unidos a membro” (1 Co 12.27); e o repete em diversas outras passagens.

Na Epístola aos Romanos (6.4), Paulo afirma que pelo batismo “fomos sepultados com Ele a fim de morrer para o pecado”; morremos e ressuscitamos com Ele. Por isso, também diz Paulo: “Para mim, o viver é Cristo” (Gl 3.27).

São Tomás de Aquino afirmava: “para os caçadores, sua vida é a caça; para os militares, a milícia ou os exercícios militares; para os estudiosos, o estudo; para os cristãos e, sobretudo, para os santos, o viver é Cristo, pois Cristo quer viver neles; e porque os santos vivem da fé, da confiança e do amor de Cristo”. E o próprio Cristo diz: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14.26). Ou seja: pelos dons de sabedoria, inteligência, ciência, conselho, piedade, fortaleza e do temor, vos sugerirá tudo que eu vos disse, de maneira que as palavras do Evangelho venham a ser para vós, “palavras de vida eterna” porque “são espírito e vida”. O testemunho de Cristo e do apóstolo Paulo é manifesto, sobretudo na Epístola aos Gálatas: “E vivo, já não eu, mas é Cristo que vive em mim” (2.20).

  1. O que é a vida de Cristo em nós. Cristo, como cabeça da Igreja, cumpriu todas as missões que o Pai Lhe atribuiu de maneira suficiente e eficaz, para que possamos receber pela graça de Deus a salvação. Cristo intercede, no céu, por nós e é causa instrumental de cada uma das graças que recebemos. Da nossa parte, para que a vida de Cristo esteja em nós, é necessário:

Guardar esta verdade na memória, e repetir frequentemente para si mesmo: Cristo quer viver em mim, orar, amar, agir em mim. Se assim fizermos, aniquilando a carne, sepultaremos o velho homem, com seus desejos desordenados, baixos, mesquinhos, para abrigarmos em nossos corações os mesmos desejos de Cristo. É absolutamente necessário despojar-se do velho homem. Então, de fé em fé, de glória em glória, paulatinamente compreenderemos as palavras de João Batista: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). Em sentido moral, é preciso pensar, desejar, agir com Cristo e em Cristo.  Assim, pouco a pouco, o Espírito de Cristo se substitui ao nosso próprio. Ora, nosso espírito próprio tem um determinado modo de pensar, de sentir, de julgar, de amar, de querer e de sofrer; é uma mentalidade especial, bastante limitada e superficial, que depende materialmente de nosso temperamento físico, da nossa herança, do influxo das coisas exteriores, das idéias da nossa geração e da nossa cultura. Este espírito próprio tem de ser substituído pelo espírito de Cristo, isto é, por seu modo de pensar, sentir, amar e agir; E, pela fé, fazendo-se servos de Deus em sentido pleno, Cristo verdadeiramente viverá em nós, daí poderemos dizer como Paulo: “para mim, o viver é Cristo”.E vivo, já não eu, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2.20). Se verdadeiramente seguirmos este caminho, nossa alma abandona a si mesma para viver em Cristo, abandonando o velho homem, se “revestirmo-nos do novo homem” como diz Paulo (Gl 3.27; Ef 4.24; Rm 13.14).

  1. Consequências práticas e aplicação particular.

Aplicações: temos com respeito à oração, a humildade, à prática do amor fraterno, ao crescimento espiritual pela fé e estudo da Palavra, chegarmos ao aumento da esperança no amor de Deus com aceitação da cruz para continuar seguindo a Jesus até a eternidade.

Quanto à oração: A alma, já não ora como antes, limitada aos interesses próprios, mas aos propósitos de Cristo: “tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei” (Jo 14.13); “Até agora não pedistes nada em meu nome; pedi e recebereis, para que o vosso gozo seja completo” (Jo 16.24). Então, a alma que segue esta via, em nome de Cristo, compreende as riquezas da salvação.

Quanto à humildade: A alma começa a aborrecer a vida demasiado pessoal, começa a desprezar a si mesma, ao comparar-se com Cristo. Compreende melhor que todo pensamento excessivamente pessoal é limitado, estreito, inferior, oposto à santa liberdade dos filhos de Deus. Renuncia a eles, para viver da fé, das palavras de Cristo, que “são espírito e vida”. Por isso, começa a aborrecer o amor próprio, que impede a vida de Cristo em nós.

Com respeito ao amor fraterno: A alma cristã passa a considerar as demais pessoas como Cristo as considerava, por isso, encontra em quase todos algo de belo e digno, assim como em qualquer florzinha silvestre encontramos alguma beleza. Ama de modo semelhante ao que Cristo nos amou.

Com respeito à Fé: A fé desta alma é cada vez mais qualificada pelos dons e torna-se mais penetrante e amorosa; vê as coisas mais diversas com os olhos de Cristo. E em tudo se pergunta: Que pensa Jesus sobre isso? Assim, compreende muito mais o valor da Comunhão. Assim, compreende melhor o sentido espiritual dos acontecimentos quotidianos.

Com respeito à Confiança: A alma aumenta sua confiança, pois Cristo lhe comunica a sua própria. Em sua memória, guarda as palavras do Salvador: “Eu venci o mundo”. Que é como se dissesse: Venci o pecado, o demônio, a morte, tende confiança. Esta alma pode esperar mais em Deus. E com Paulo dirá: “Quando estou fraco, então sou forte” (2 Co 12.10).

Com respeito ao Amor de Deus: Aumenta o amor de Deus, porque é como o amor de Cristo transfundido na alma de quem dele vive. É um amor que começa por causar na alma certo enlevo espiritual pelo qual, a alma que ama a Deus sai fora de si mesma, como que transportada a Deus. Enquanto o homem natural pensa quase sempre em si mesmo e em seus próprios interesses, a alma espiritual pensa quase sempre em Deus; ama a Deus verdadeiramente e, no mesmo Deus, ama-se a si mesma e ao próximo, para mais glorificar a Deus estando cheia de paz e de alegria. É então que a alma confia inteiramente em Deus.

Com respeito à aceitação da cruz: Por fim, a alma chega à uma generosa aceitação da cruz permitida por Deus para que trabalhe mais eficazmente pela salvação de outras almas. Com esse espírito, muitas almas podem orar assim: Senhor, nesta hora de crise mundial, em que se difunde o espírito da soberba, santifica-me mais e aclara a minha inteligência no conhecimento profundo do mistério do vosso santo aniquilamento; dá-me o desejo de participar das vossas humilhações e dores, e fazei que encontre paz, e a mesma alegria, conforme o vosso beneplácito, para erguer o meu espírito até o céu onde Te encontras. Assim estaremos vivendo o nosso duplo ministério de servos e sacerdotes, para podermos nos conduzir de neófito à verdade e à vida cristã.

Por Valdely Cardoso Brito

VOCAÇÃO À SANTIDADE

“Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19:2)

 Desde as páginas das Escrituras até nossos dias encontramos o imperativo divino: “Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19:2). Esse imperativo, apesar de ser um mandamento, reveste-se de um significado todo especial para a nossa existência. É um convite à verdadeira felicidade, e, por isto mesmo, ninguém resiste: “Tu me seduzistes, Senhor, e eu me deixei seduzir; agarraste-me e me dominaste” (Jr 20:7).

A ordem divina é dada de tal maneira que a pessoa não tem alternativa. É o que garante o próprio Deus: “Invoco hoje por testemunhas contra vós os céus e a terra, de que vos propus a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe a vida para que vivas com tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, obedecendo-lhe à voz e apegando-te a ele. Pois isto significa vida para ti e tua permanência estável sobre a terra que o Senhor jurou dar a teus pais, Abraão, Isaac e Jacó” (Dt 30:19-20). É, portanto, a grande vocação à santidade. É o Pai nos escolhendo em Cristo, já antes da criação do mundo, “para sermos em amor santos e imaculados”, ou seja, “predestinando-nos à adoção de filhos por Jesus Cristo, conforme o beneplácito de sua vontade” (Ef 1:4-5).

Tal desejo do Pai ecoa na pregação de Jesus. Ao apresentar aos discípulos a nova proposta de vida que viera trazer, Jesus com a mesma força e o mesmo entusiasmo repete o imperativo divino que Moisés, séculos antes, havia comunicado à comunidade de Israel: “Sede perfeitos, portanto, como o Pai celeste é perfeito” (Mt 5:48).

Nesta perspectiva, os primeiros cristãos continuam a repetir o convite à santidade. Paulo, por exemplo, escrevendo aos cristãos de Roma, lembra-lhes que eles são “chamados a ser santos” (Rm 1:7). Às mulheres de Corinto recorda-lhes que são convocadas pelo Senhor para serem santas “em corpo e em espírito” (1 Co 7:34), isto é, na totalidade da própria existência. Aos efésios pede que não esqueçam que são “concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Ef 2:19). O autor da Carta aos Hebreus afirma que eles são santos, isto é, participantes da vocação que os destina à herança do céu (Hb 3:1). Na Primeira Carta de Pedro, o imperativo se faz muito mais categórico: “… a exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também santos em todas as ações, pois está escrito: Sede santos porque eu sou santo” (1Pd 1:15-16). O mesmo autor, mais adiante, dirá que toda a comunidade cristã participa de um “sacerdócio santo”, forma uma “nação santa” (1 Pd 2:5,9).

Esse apelo à santidade perpassa toda a história do cristianismo e chega até nossos dias. O verdadeiro significado da santidade: Ser santo é ser capaz de unir liberdade e responsabilidade para atuar diretamente nos destinos da história, promovendo a influência na transformação do mundo e no convívio social. Santidade, portanto, é acolher os mandamentos de Deus, as novidades do Espírito, em total obediência a Deus.

Somente Deus é Santo. De fato, “ninguém é santo como o Senhor” (1 Sm 2:2). Isso quer dizer, em primeiro lugar, que Deus é completamente diferente do ser humano: “… porque eu sou Deus e não homem, sou o Santo no meio de ti; …” (Os 11:9). Deus tem caminhos, desígnios e projetos para a plena salvação, e a verdadeira libertação. Deus realiza gratuitamente a redenção da humanidade.  Não tendo prazer na “morte de ninguém que morre” (Ez 18:32), Ele deseja apenas que o pecador “mude de conduta e viva” (Ez 18:23). Deus é diferente porque Ele é graça e perdão.“Oh! vós todos que tendes sede, vinde às águas! Mesmo que não tenhais dinheiro, vinde! Comprai cereais e comei! Mesmo sem dinheiro ou pagamento, vinde tomar vinho e leite!” (Is 55:1). O próprio Deus nos alerta: “Pois meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e os vossos caminhos não são os meus caminhos. Porque assim como o céu é mais alto do que a terra, os meus caminhos estão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos” (Is 55:8-9). Ele nos convida a não nos confundir com Ele. Mas, a nos assemelharmos ao Seu jeito de ser e de agir.

A santidade, portanto, é, em primeiro lugar: A vivência de um estilo de vida que se afasta da proposta diabólica de querer ser igual a Deus. Esse querer ser igual a Deus é, no fundo, a auto-suficiência, a arrogância, ou seja, a pretensão de guiar-se por si mesmo, sem nenhuma referência ao mandamento divino. Deus muda a situação de cada ser humano, e da humanidade inteira do universo. Exatamente porque está acima de todos e de tudo, porque é Santo, que se inclina para ver a humanidade e caminhar com ela: “Eu vi, eu vi a miséria do meu povo que está no Egito. Ouvi seu clamor por causa dos seus opressores; pois eu conheço suas angústias. Por isso desci a fim de libertá-lo da mão dos egípcios…” (Ex 3:7-8).

Encontramo-nos assim diante de um grande paradoxo. Deus é ao mesmo tempo distante e próximo, tremendo e fascinante, espanta e atrai a pessoa humana: “A quem me haveis de comparar? A quem me assemelharei? Pergunta o Santo” (Is 40:25). Encontra-se próximo, fascina e atrai porque escuta o pobre e atende a sua súplica: “Não temas, vermezinho de Jacó, e tu, bichinho de Israel. Eu mesmo te ajudarei; o teu redentor é o Santo de Israel” (Is 41:14).

Deus veio ao encontro de toda a humanidade, a Bíblia nos ajuda a perceber que Ele, por ser Santo, deseja que participemos de sua vida, de seu próprio Ser divino. Por isso, Ele quer ser chamado de “O Santo de Israel” (Is 1:4). Ele, que é totalmente distinto do ser humano, quer que esse último viva no tempo e no espaço como Ele vive na eternidade. Trata-se, portanto, da dimensão ética que brota da fé no Deus Santo.

A comunidade cristã primitiva recebe de Jesus o atributo da santidade, antes, exclusividade de Deus. Ele é o “santo servo Jesus” (At 4:30). Até os próprios demônios reconhecem isso: “Sei quem tu és: o Santo de Deus” (Mc 1:24). Também os apóstolos fazem essa mesma confissão de fé: “… nós cremos e reconhecemos que tu és o Santo de Deus” (Jo 6:69). Ele é “o Santo, O Verdadeiro” (Ap 3:7). O que antes era reservado somente a Deus, passa a ser atribuído a Jesus, reconhecido pela comunidade como sendo “o Filho de Deus” (Mc 16:39) ou “o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16). A santidade de Jesus está intimamente relacionada com sua condição de filho: O Verbo Eterno de Deus que “se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1:14). Assim, sua glória é “Ele como Unigênito do Pai ” (Jo 1:14). Para Jesus, Deus é o “Pai santo” (Jo 17:11) que sempre ouve o Filho, e guarda os servos que não são mais do mundo, para que sejam um, assim como Jesus é com o Pai (Jo 17:12-17). O Novo Testamento, Jesus é Santo exatamente porque, de maneira própria, única e exclusiva, é o Filho do Pai Eterno: “… Por isto “o Santo que nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1:35). Sendo o Filho, Jesus é aquele que é enviado para plenificar e realizar o desejo divino de vir ao encontro, e comunicar-se com a humanidade. Jesus o faz oferecendo sua própria vida, doando-a em sacrifício de salvação para reconciliação da humanidade com o Pai (2 Co 17-21). Podemos então dizer que a santidade de Jesus “manifesta-se na santidade de sua redenção: Ele santifica a si mesmo (acolhe em Si a santidade do Pai) para que todos os cristãos, por meio dele, se tornem participantes da santidade e da glória de Deus”.

A santidade como prerrogativa do Trino Deus é atribuída de modo particular também às pessoas da comunidade cristã: Igreja. Tal santidade da Igreja tem dois aspectos básicos:

1) Refere-se antes de tudo à união desta e de seus membros ao Pai, pela ação de Jesus Cristo, na força dinamizadora do Espírito Santo.

2) Diz respeito também à qualidade moral, isto é, ao comportamento, e atitudes da Igreja. Somos santos porque somos propriedade do Senhor Deus: “Mas vós sois uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo de sua particular propriedade…” (1 Pd 2:9).

Essa consciência que os cristãos tinham de pertencer a Deus tem suas raízes no Antigo Testamento: “Agora, se ouvirdes minha voz e guardardes minha aliança, sereis para mim uma propriedade peculiar entre todos os povos, porque toda a terra é minha” (Êx 19:5). Ser propriedade de Deus é ser escolhido, privilegiado e amado. Somos fruto de livre escolha do Pai, o qual em sua bondade quis que existíssemos. Somos um presente da Trindade à Trindade! Explicando: Cada Pessoa divina quis presentear à outra com o melhor presente. Assim, decidem criar a pessoa humana, imagem e semelhança do Pai do Filho do Espírito Santo, por aquele infinito amor que cada Pessoa da Trindade tem uma à outra. O Novo Testamento reforça ainda mais tal relação, a partir da figura do grande consagrado do Pai que é Jesus. Lucas, por exemplo, fez questão de afirmar que Jesus é “o Santo” (Lc 1:35), e por isso a Ele se aplica ao que a velha aliança dizia do primogênito: “Todo macho que abre o útero será consagrado ao Senhor” (Lc 2:23). Nesta perspectiva, cristãos são pessoas consagradas ao Senhor (cf. 1 Pd 2:9-10).

A consagração é, segundo a Bíblia, uma investidura para o serviço. Ela é uma separação para a realização de um ministério, de um propósito, ou de uma função em benefício da comunidade cristã. Deus separa para si algumas pessoas, a fim de enviá-las em missão. O ato de separar é sempre acompanhado da investidura. As pessoas que foram separadas recebem de quem as separa e envia, os poderes para a realização plena da missão a elas confiada. A investidura acontece mediante gestos simbólicos, carregados de significado. Entre eles destacamos: a unção com óleo (1 Sm 16:12), a imposição das mãos (At 6:6) e o soprar sobre as pessoas (Jo 20:22). Do ponto de vista vocacional, a consagração, como descrita acima, é uma prerrogativa de todo o povo de Deus. Nele, todos “são consagrados como casa espiritual e sacerdócio santo, para que por todas as obras do cristão ofereçam sacrifícios espirituais e anunciem os poderes d’Aquele que das trevas os chamou à sua admirável luz” (Lc. 10).

Podemos assim concluir que a vocação à santidade é um chamado para viver em plenitude a vida cristã; um chamado a ser pessoa humana verdadeira, sem medo e sem reservas. A santidade da parte da pessoa chamada é a disponibilidade para realizar a vontade de Deus. Por exemplo: Isaías e Maria. O profeta, diante do apelo de Javé pedindo alguém para ser enviado, responde: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8). A Virgem Maria, após receber o mensageiro divino comunicando-lhe o desejo do Pai, responde com prontidão: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1:38). Tendo presente essas premissas, podemos afirmar que a vocação à santidade é o chamado para a Obra. Deus nos escolhe, nos elege, nos chama para proclamar as suas “excelências” e “maravilhas” (cf.1 Pd 2:9).

A comunidade cristã primitiva entendeu bem essa verdade. Por isso os apóstolos, desde o início, mesmo enfrentando perseguições e calúnias, “não cessavam de ensinar e de anunciar a Boa Nova do Cristo Jesus” (At 5:42). Eles, que eram “os santos” (At 26:10), tinham a consciência de terem sido escolhidos para proclamar o Evangelho a toda criatura (cf. Mc 16:15). Assim, “iam de lugar em lugar, anunciando a palavra da Boa Nova” (At 8:4). Paulo, que se considerava “o menor de todos os santos”, percebe que sua santidade se concretiza no seu chamado para evangelizar: Concedendo-lhe a “graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo” (Ef 3:8). A vocação para ser santo é, segundo ele, convocação para o anúncio da Boa Notícia. Como a busca da santidade é um imperativo aos cristãos, “chamados a ser santos” (1 Co 1:2). “Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!” (1 Co 9:16).

A santidade é antes de tudo, ser escolhido por Deus para a nobre missão de comunicar à humanidade o projeto salvífico que envolve as três Pessoas Divinas. Esse chamado à santidade, ou convocação para a Obra, é, no dizer do autor da Primeira Carta de Pedro, um chamamento para oferecer “sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pd 2:5). Por meio dEle, os cristãos devem caminhar na terra como cidadãos do céu, com o coração enraizado em Deus, por meio da oração. Tendo presente esse aspecto, podemos afirmar que a vocação à santidade é chamado divino para transformar o mundo. A atitude de oferecer “sacrifícios espirituais” lembra o ensinamento de Paulo, o qual pede aos romanos que ofereçam seus corpos “como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1). Portanto, a resposta à vocação acontece no dia-a-dia da vida das pessoas, no âmbito do desenrolar dos relacionamentos. É preciso, pois, que a santidade seja vivida na busca de comunhão entre as pessoas. Responder ao chamado divino à santidade é participar da construção do Reino de Deus, num mundo cheio de injustiça e de egoísmo. O cristão santificado não é aquele que se afasta do próximo, ao contrário, ele vai em busca dos que ainda não conhecem ao Senhor Jesus Cristo. O santo vai como pacificador ao encontro dos excluídos, para solidarizar-se e para relacionar-se. O próprio Jesus pede ao Pai que não tire os discípulos do mundo, mas que os guarde do Maligno (Jo 17:15). O não se conformar com a mentalidade do mundo, de que fala Paulo (Rm 12:2), não é fugir das pessoas, mas sim afastar-se da cobiça, da ganância, do amor ao dinheiro, que é “a raiz de todos os males” (1 Tm 6:10).

Seguindo esse dinamismo, é possível dizer que a vocação à santidade é o chamado para construirmos novas relações, baseadas na verdade, na justiça, no respeito mútuo, e no amor. É oferecer “sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus” (1 Pd 2:5). De fato, “se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova” (2 Co 5:17). O ser “nova criatura” (Gl 6:15) é criação da Trindade: É o Pai, pelo Filho, na força transformadora do Espírito, que faz “novas todas as coisas” (Ap 21:5). Todavia, é sempre a pessoa humana que deve acolher essa ação trinitária e deixar-se transformar (Lc 13:1-5). As pessoas buscam hoje o testemunho, ainda que silencioso, dos cristãos. Querem o Evangelho na prática, e não apenas proclamado solenemente nos púlpitos dos templos cristãos.

A santidade leva necessariamente, o ser humano a ter um comportamento ético e moral, de acordo com sua condição de pessoa que foi consagrada pela unção do Espírito Santo. Não se concebe cristãos santos cujas atitudes negam ser propriedade do Senhor da Vida. Seria uma contradição! O testemunho de santidade, do cristão que faz a vontade do Pai, é indispensável. Somente uma pessoa que se move no ritmo de Deus pode suscitar nas outras o desejo de responder ao chamado divino. O vocacionado, que vive na plenitude da vida cristã, não precisa de muitas palavras para despertar nos outros a consciência e a vontade de seguir a Jesus Cristo porque a sua própria vida já será um apelo à salvação em Cristo.

Por Valdely Cardoso Brito

Ministério de Mulheres de Paz e Vida: dezenas de conteúdos para você nas redes sociais!

O Ministério de Mulheres de Paz e Vida é liderado nacionalmente por Bianca Pagliarin e, desde então, dezenas de conteúdos impactantes e de grande aprendizado estão sendo produzidos pelas redes sociais do ministério feminino.

Então, você não pode ficar de fora!

Tome nota das redes sociais do Ministério de Mulheres e seja você também uma mulher segundo o coração de Deus:

Instagram: @mulheresdepazevida

Facebook: facebook.com/mulheresdepazevidaoficial/

Youtube: https://www.youtube.com/c/MULHERESDEPAZEVIDA

Telegram: https://t.me/mulheresdepazevidaoficial

Paz e Vida: lugar da mulher que muda o mundo!

Por Daniela Porto

Carnes ficam 10% mais caras em 2021; frango em pedaços salta 30%

Entre as proteínas alternativas, os pescados são os únicos com variação inferior à das carnes vermelhas, aponta IBGE

A ida ao açougue em 2021 virou um verdadeiro pesadelo para as famílias brasileiras. No acumulado do ano, as carnes ficaram 9,98% mais caras e as aves e os ovos, possíveis proteínas substitutas, dispararam 24,8% no mesmo período.

As variações foram apresentadas nesta semana pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15), que aponta para uma inflação de 10,4% no acumulado dos últimos 12 meses, a maior alta anual desde 2015.

Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta no preço das carnes foi guiada pelos cortes filé-mignon (+25,23%) e peito (15,11%).

O preço da alcatra, do patinho, da picanha e do contrafilé tem variações que superam os 14%. Na sequência, aparecem a pá, o chã de dentro, o músculo, o cupim, a carne de carneiro e o lagarto comum, todos com altas maiores que 12% desde janeiro.

A costela (+9,97%), o fígado (+9,25%), o acém (+8,64%) e o lagarto redondo (+6,82%) figuram com altas inferiores à variação total das carnes no acumulado dos últimos 12 meses.

Por outro lado, ficou mai baixo ao longo deste ano o preço cobrado pela capa de filé e pela carne de porco, com deflação de, respectivamente, 4,03% e 5,4%.

Substitutos

Potenciais fontes de proteína para substituir as carnes vermelhas, as aves e os ovos (+24,82%) e as carnes e peixes industrializados (+12,44) aparecem com variações maiores de preço nos últimos 12 meses. No período, o frango inteiro saltou 20,11%, enquanto a opção em pedaços disparou 31,93%.

Outra fonte alternativa de proteína, os ovos ficaram 13,77% mais caros no último ano. Os pescados, por sua vez, têm uma variação de 6,45% no período e podem ser uma boa opção para o bolso.

Ainda que só o caranguejo (-0,41%) tenha apresentado variação negativa de preço no ano, a corvina (+0,68), a anchova (+1,66%), o camarão (+3,4%), o cação (+5,31%) e a merluza (+7%) são exemplos de proteínas com variação inferior à apresentada pelas carnes.

Fonte: R7

Mais de 110 concursos públicos reúnem quase 223 mil vagas no país; veja lista

Cargos são em todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 33.689,11 no Ministério Público de Contas dos Municípios do Estado do Pará.

Pelo menos 119 concursos públicos no país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (27) e reúnem 222.906 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 33.689,11 no Ministério Público de Contas dos Municípios do Estado do Pará.

Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.

Entre os concursos abertos em órgãos federais, estão com inscrições abertas:

IBGEcom 1.812 vagas temporárias para o Censo 2020.

Petrobras, com 757 vagas para profissionais com nível superior.

Telebras, com 1.181 vagas (até esta segunda, dia 27);

Há ainda concursos em Defensorias Públicas, Ministérios Públicos, Polícias Militares e tribunais em vários estados.

Nesta segunda-feira (27), pelo menos 3 órgãos abrem o prazo de inscrições para 389 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 6.485,40 na Prefeitura de Linhares (ES).

Veja abaixo as informações de cada concurso:

Prefeitura de Cocalzinho de Goiás (GO)
Inscrições: até 09/01/2022
89 vagas
Salários de até R$ 2.320,00
Cargos de nível médio e superior
Veja o edital

Universidade Federal do Pará (UFPA)
Inscrições: até 07/01/2022
3 vagas
Salários de até R$ 5.831,21
Cargos de nível superior
Veja o edital

Prefeitura de Linhares (ES)
Inscrições: até 02/01/2022
297 vagas
Salários de até R$ 6.485,40
Cargos de nível médio, técnico e superior
Veja o edital

Fonte: G1

Auxílio-gás começa a ser pago a 108 mil famílias nesta segunda (27)

O valor do benefício é de R$ 52 e corresponde a 50% da média do preço do botijão de 13 kg de gás de cozinha

O governo federal começa a pagar nesta segunda-feira (27) o auxílio-gás a 108.368 famílias integrantes do Auxílio Brasil. São pessoas residentes em cem municípios que decretaram estado de calamidade por causa das chuvas deste mês na Bahia e em Minas Gerais. O valor do benefício é de R$ 52 e corresponde a 50% da média do preço do botijão de 13 kg de gás liquefeito de petróleo (GLP).

As famílias serão informadas pelos aplicativos do Auxílio Brasil e do Caixa Tem. Elas receberão o depósito na conta do programa social. Os municípios contemplados tiveram o estado de calamidade decretado em publicação no  Diário Oficial Estadual (confira a lista aqui).

As demais 5.471.632 famílias elegíveis para o auxílio-gás receberão seus benefícios retroativamente a partir de 18 de janeiro, seguindo o calendário regular de pagamentos do Auxílio Brasil.

Veja o calendário

18/01/2022 – NIS de final 1
19/01/2022 – NIS de final 2
20/01/2022 – NIS de final 3
21/01/2022 – NIS de final 4
24/01/2022 – NIS de final 5
25/01/2022 – NIS de final 6
26/01/2022 – NIS de final 7
27/01/2022 – NIS de final 8
28/01/2022 – NIS de final 9
31/01/2022 – NIS de final 0

O auxílio-gás foi instituído pela lei nº 14.237, de novembro de 2021, e regulamentado pelo decreto nº 10.881, de 3 de dezembro de 2021.

Será concedido um benefício por família a cada dois meses.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de lei do Congresso Nacional — PLN nº 42, na quarta-feira (22), que abriu crédito especial no Orçamento da União em favor do Ministério da Cidadania no valor de R$ 300 milhões.

O ministério é responsável por gerir o auxílio-gás, com a divulgação do calendário de pagamentos e dos procedimentos relativos ao saque, além de coordenar a emissão e a entrega de notificação da concessão do benefício às famílias, por meio do envio de correspondência ao endereço registrado no Cadastro Único.

Quem tem direito

Os critérios de participação são: famílias inscritas no Cadastro Único com renda per capita menor ou igual a meio salário mínimo e integrantes do BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Para fins de implantação do auxílio-gás, excepcionalmente nos primeiros 90 dias terão prioridade de pagamento do benefício, nesta ordem: beneficiários do Auxílio Brasil com menor renda per capita e com maior quantidade de integrantes na família.

Não serão computados como renda mensal da família benefícios concedidos pelo Auxílio Brasil. O recebimento de outros auxílios não é impedimento para o auxílio-gás. O objetivo é contribuir para a segurança alimentar das famílias em vulnerabilidade. Não é necessário prestar contas do recurso transferido.

Para averiguação do valor do benefício, a ANP publicará em seu site mensalmente, até o décimo dia útil do mês, o valor da média dos seis meses anteriores referente ao preço nacional do botijão de 13 kg de GLP.

A partir do próximo exercício, o programa admitirá a entrada gradativa de mais famílias, de modo que, em setembro de 2023, todos os beneficiários do Auxílio Brasil sejam atendidos.

Fonte: R7

Emprego voltou a subir em 2021, mas com menor renda e avanço da vulnerabilidade

País ainda tem 3,6 milhões a mais de desempregados que antes da pandemia; para 2022, retomada ainda será lenta, segundo especialistas

A pandemia fez o Brasil fechar 11,3 milhões de postos de trabalho num país que já tinha 12 milhões de pessoas sem emprego em março de 2020, antes de o coronavírus se espalhar por aqui, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2021, mesmo com um cenário tenebroso de infecção no primeiro semestre, as coisas melhoraram levemente – graças à vacinação e à retomada das atividades que ela proporcionou. A quantidade de ocupados se elevou para 90,2 milhões em setembro (após cair para 82,5 milhões um ano mais cedo). Mas, mesmo assim, ainda temos 3,6 milhões de vagas a menos que antes da pandemia.

Vai ter vaga para toda essa gente em 2022?

“Não. Com a inflação aumentando, a massa de rendimentos caindo, a indústria produzindo menos, o comércio vendendo menos. Então, no ano que vem, sem uma retomada da economia, dificilmente recuperaremos todas essas vagas perdidas”, afirma Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP).

Salários menores

Poderemos, entretanto, recuperar parte delas. O problema, como explica Zylberstajn, é que para várias das vagas que estão surgindo agora — e que serão abertas no ano que vem — oferecem salários menores. A massa de rendimentos, ou seja, a renda média dos trabalhadores, vai continuar caindo como já vem caindo drasticamente em 2021. Atualmente, ela é 11,1% menor que no terceiro trimestre de 2020, segundo o IBGE.

A expectativa de Luiz Guilherme Schymura, diretor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) também vai nessa linha.

“O padrão pré-pandemia de expansão do trabalho mais vulnerável parece se reafirmar em 2021, comparando o 3º trimestre deste ano com o de 2019. Não se enxerga no horizonte, infelizmente, um cenário em que o mercado de trabalho passe a criar empregos de qualidade, bem pagos e seguros”, diz em publicação recente, cujo título é “a armadilha da criação de empregos de baixa qualidade e alta vulnerabilidade”.

Esse é um dado que a assistente administrativa Cláudia Mendes, de Campinas, está vendo de perto. Em setembro, ela perdeu o emprego que tinha há 12 anos. “Tenho feito vários processos seletivos online e vejo que os salários estão menores. Coisa de 10%. Ou, às vezes, eles são nominalmente iguais, mas os benefícios são muito poucos. No fim das contas, fica tudo igual, nivelado por baixo”, diz ela.

Esse esmagamento dos rendimentos do trabalhador pode, de alguma maneira, afastar parte das pessoas que estão em busca de um emprego. Embora não seja o caso da maioria, esse conjunto de trabalhadores se recusa a aceitar uma vaga com salário menor.

“É o que a gente observa internacionalmente, nos países que estão mais avançados na recuperação pós-pandemia. Por vários motivos, muitos deles ainda não bem conhecidos, uma parte dos desempregados deixa de procurar emprego. Isso pode acontecer aqui também no ano que vem”, diz Natalie Victal, economista da Garde Asset Management.

De certa forma, é o que está acontecendo com Cláudia. Em sua busca por uma nova vaga, ela vem recusando essas oportunidades com salários menores.  “Coloquei uma data limite no ano que vem: se não achar nada melhor até lá, aí mudo de estratégia”, afirma ela.

Essa desistência – mesmo que temporária – de alguns candidatos, mais uma esperada recuperação do setor de serviços – que é tradicionalmente o que mais emprega, em comparação com a indústria e a agricultura – podem fazer os índices de desemprego em 2022 ficarem menos ruins.

O setor de bares e restaurante, por exemplo, já vem apresentando uma leve recuperação. Durante os meses de quarentena, em que esse tipo de comércio precisou fechar, operar só com entregas ou horários reduzidos, foram demitidos 1,2 milhão de trabalhadores de um total de 6 milhões de empregados. Mas desde a reabertura – com a imunização se expandindo – a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) calcula que 600 mil postos de trabalho serão recuperados até o fim de 2021. No ano que vem.

Mas, como disse Zylberstajn, dificilmente criaremos novas vagas. Será uma recuperação em parte do que já foi perdido. “O Brasil vem repelindo investimentos em vez de atrair”, diz Zylberstajn. A ameaça ao teto de gastos e a crise energética são os dois fatores que mais assustam os investidores, que tiram ou acabam deixando de investir seus dólares aqui. Em 2021, o investimento estrangeiro no Brasil atingiu pior patamar dos últimos 12 anos, com uma fuga superior a US$ 24 bilhões, segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), ligada às Nações Unidas, divulgados em agosto.

E isso faz o real desvalorizar. Com o dólar mais caro, sobe o preço dos combustíveis, há mais inflação, menos vendas – o que deixa a recuperação da economia bem mais lenta.

A esperança fica por conta de um arrefecimento na crise hídrica, com chuvas acima da média no início do ano. Com isso, as bandeiras tarifárias devem ser menos drásticas. Contas de luz menores podem estimular a atividade econômica, principalmente – como já citamos – o setor de serviços: cabeleireiros, lojas, restaurantes, etc.

Fonte: CNN