‘Minha mãe salvou minha vida ao me resgatar da cracolândia’

Bianca Pagliarin Coura Belucci viu sua carreira de modelo, saúde e amor próprio se esvaírem com o uso de drogas na adolescência. Diante da morte e sem esperanças, encontrou no amor da mãe, dona Arlete, a força para lutar contra o vício. Hoje aos 41 anos, comunicóloga e mãe, ela conta sua história neste Dia das Mães (08/05/22).

“Desde muito pequena, eu vivi um conflito interno e uma vontade de fugir de mim mesma. Eu tinha problemas com a comida e autoestima muito baixa. Me lembro de ver uma foto minha com quase oito anos usando roupas da minha mãe, bem acima do meu tamanho. Eu me vestia como uma adulta, não cabia em roupas de criança por ser gordinha. Essa é minha primeira lembrança de autorrejeição.

Naquela época, anos 80, não se falava em bullying. Eu era uma menina com um enorme vazio interior. A compulsão pela comida virou uma droga para mim, nem sabia direito o que era sentir fome, porque o que eu tinha mesmo era fissura por comida. Uma relação de amor e ódio pelos alimentos e eu não conseguia parar de comer. Eu estava sempre insatisfeita e buscando uma dose mais forte de ‘anestésicos’ para ‘curar’ a minha alma’. Nunca falei disso para ninguém, nem mesmo para minha mãe, que sempre foi muito amiga. Eu parecia só ser uma criança acima do peso e nada mais.

Passei por muitos momentos tristes, de chacotas e piadinhas por ser uma menina fora dos padrões. Era mais alta do que a maioria, muito quieta e calada, sem falar que uma outra menina e eu éramos as únicas evangélicas da nossa sala de aula e eu ainda era a única filha de pastor da turma.

No final dos anos 80 passava a novela Top Model, que mostrava a vida das mocinhas que queriam ser modelos. Eu achava era o máximo. Uma cena me marcou: quando a personagem da atriz Suzy Rêgo foi criticada pelos bookers porque estava ‘acima do peso’ e precisaria emagrecer. Ela pegou tudo quanto era guloseima do armário da cozinha e jogou no lixo. Eu até cheguei a fazer o mesmo, algumas vezes, mas na minha cabeça eu nunca seria como elas.

Por volta dos 12 anos comecei a trabalhar com meu pai na sua agência de propaganda, na Avenida Paulista, em São Paulo. No primeiro mês eu me sentia tão cansada que chegava em casa e só queria dormir, sem jantar. Minhas calças ficaram muito largas e precisei comprar roupas novas – mas não porque engordei, pela primeira vez foi porque tinha emagrecido. Da calça jeans tamanho 44 apertada, pulei para o 40 largo.

Com o incentivo da minha mãe, que havia se matriculado em uma academia no nosso bairro, comecei também a fazer ginástica. Passei a ter vontade de me cuidar. Nessa mesma academia um caça talentos me viu e convidou para o casting de uma grande agência de modelos. Achei que ele estava brincando. ‘Eu nem tenho corpo de modelo’, falei. ‘E daí? Emagrece mais, ué’, ele me respondeu.

Desde o início, minha mãe sempre me apoiou e achou muito legal ter uma filha modelo. Ela foi comigo a quatro agências e em todas o diagnóstico foi o mesmo: eu precisava emagrecer 20 quilos. Muito determinada e com a perspectiva de ser aceita, emagreci 30 quilos. Estava como as modelos: altas e esquálidas.
A partir de então, passei a atuar em desfiles e comerciais de TV, sempre com minha mãe do lado. Dona Arlete é o ser humano mais generoso, amável, íntegro que já conheci na vida. Nossa conexão vai muito além e sempre foi muito forte. Mas em determinado momento achei que precisava me enturmar mais para conseguir mais trabalhos. Pedi para ela não me acompanhar mais, eu precisava ter amigos, como qualquer outra adolescente.

Nessa fase, para me enturmar, procurei agir como as outras modelos agiam. E o que muitas faziam? Fumavam muito. Diziam que ajudava a controlar o apetite. Comecei a fumar também. Aos 15, fui me afastando dos meus pais e ficando cada vez mais desconectada da minha família. Logo vieram baladas regadas a muita bebida. Agora eu tinha uma turma, que me chamava para sair e que parecia curtir minha companhia. Assim como eles, passei a fumar maconha. Alguns amigos usavam cocaína, mas preferi não experimentar.

Certa vez, me envolvi com um modelo muito problemático e tive minha primeira grande decepção sentimental. Para aliviar e esquecer aquela ‘dor de cotovelo’, me joguei ainda mais nas drogas químicas. Com isso, a depressão vinha sem dó e eu ficava bem mal.
Meu corpo começou a mostrar sinais do que eu andava fazendo comigo mesma e, em poucos meses vivendo dessa forma, desenvolvi uma espécie de alergia na testa que provocava bolhas na pele que coçavam e ardiam muito.

Numa madrugada, comecei a cutucar e cavar a minha pele com uma faca. Fiquei toda marcada e ferida. Pedi ajuda da minha mãe, que me abraçou, chorou comigo e me acalmou. Nessa altura, ela já percebia que eu me tornara outra pessoa. Não era mais sua menininha de antes. Ela se propôs a me ajudar a vencer tudo aquilo.

Com essa marca no meio da testa, abandonei a vida de modelo. Me sentia um fracasso total, não queria ver mais ninguém. Comecei a comer loucamente, misturando tudo que encontrasse pela frente. Já não me reconhecia no espelho. Fiquei um ano e meio só no meu quarto trancada. Meus pais tentavam me ajudar, em vão.

Diversas vezes, mamãe me dizia, chorando, que se pudesse estaria passando tudo aquilo no meu lugar sem nem pensar duas vezes. Só as mães são capazes de fazer isso. Foram inúmeras as ocasiões em que minha mãe conversou comigo, buscando me motivar, me levantar, me incentivar. Tentou me levar a psicólogos e psiquiatras e nada dava jeito. Perdi as contas de quantos abraços apertados de conforto ela me deu e quantas lágrimas derramou ao meu lado. Chegou uma fase, que eu só saía de casa para comprar cigarros. Em questão de poucos meses, pulei dos 50 quilos para quase 100.

Em 1999, já com 19 anos, fui para um cursinho pré-vestibular. Mas logo no primeiro dia um ‘engraçadinho’ se referiu a mim como assombração. Fiquei com medo e vergonha. Me juntei à galera que trocava as aulas pelo bar ao lado do cursinho. Foi quando experimentei cocaína pela primeira vez. Ninguém me ofereceu, fui eu quem quis.

O submundo dos usuários da cocaína se encontra em muitos pontos com o dos usuários do crack. Quis experimentar também. Logo na primeira tragada, acho que já me viciei. E aí, começaram três anos de um sofrimento pavoroso, que me acompanhou dos 19 aos meus 21 anos de idade.

Comecei a dormir fora de casa por dias seguidos, dizendo que ia estudar. Mas eu ficava era vagando pelas ruas como um zumbi em busca de mais uma pedra. Queria viver de acordo com minhas próprias regras. Passei a praticar furtos dentro e fora da minha casa para sustentar meu vício. Eu já não me importava com mais nada. Nem tinha medo de ser pega, de ser presa ou de morrer. Eu só pensava que iria fazer o que fosse preciso fazer porque não conseguia mais parar de usar o crack.

Quando a pedra acabava, vinha o desespero e o sentimento de morte, que é insuportável. E vinha também a culpa. Eu não via mais saída. Fui parar até a cracolândia, onde passei dias naquelas pensões imundas de viciados, me drogando por dias e dias intermináveis.

Eu já estava usando, há mais de seis meses, mais de 10 pedras de crack por dia, mas é como se no tempo em que estava usando sem minha mãe, mantinha a coisa no meu mundinho fechado.

Eu desabei e foi aí que a coisa se tornou real para mim. O mais ridículo é que eu ainda quis negar. Depois assumi, mas prometi que eu ia mudar de vida. Eu gostaria de dizer que isso me fez mudar totalmente, mas não foi o que aconteceu. Eu me afundei ainda mais após decepcionar a minha mãe.

Fugi de casa e fiquei longos períodos andando com traficantes, bandidos, prostitutas. Vi gente apanhando de traficante, tendo overdose perto de mim. Era horrível. Eu não tinha mais esperanças. Quando sentia uma sensação de morte, pensava na minha mãe e no quanto eu queria um abraço dela.

Um dia, em um hotel boca de lixo, três homens vestidos de branco vieram me buscar. Tentei resistir, eu já sabia o que estava acontecendo. Acordei numa clínica de reabilitação para dependentes químicos onde fiquei por seis meses me recuperando. Minha mãe me resgatou do inferno. Só que eu ainda não tinha entendido algo muito sério e que é o único jeito de qualquer pessoa que sofreu com o vício um dia se recuperar: é preciso internalizar a verdade que não dá para usar e ponto final. Ao total, fui internada quatro vezes. Na última, a realidade bateu forte: se eu usasse de novo, sabia que iria morrer.

Um dia, em um método da clínica chamado confronto, um monitor leu uma conversa com a minha mãe. Me mostrou que ela não aceitaria mais que eu a destruísse, enquanto eu me matava lentamente. Foi o segundo pior dia da minha vida. Tive um forte impacto emocional e decidi que era hora de dar um basta. Impacto esse que se deu pelo amor imensurável que sinto pela minha amada mãe.

Minha mãe foi a pessoa que não desistiu de me encontrar, mesmo precisando ir aos lugares mais horríveis e imundos atrás de mim. Ela me salvou quando decidiu tomar as rédeas da situação. Ela salvou minha vida inúmeras vezes. Ela me salvou quando e porque decidiu se salvar também.

Durante esse tempo todo que estive imersa no mundo das drogas, dona Arlete definhou, ficou abatida, fraca. Seu olhar, que antes era cheio de vida, tornou-se cansado, exausto, vazio. Era muito sofrimento. Foi ela quem procurou ajuda para mim e neste processo, encontrou ajuda para ela se curar também, passou a procurar grupos de apoio a familiares de dependentes químicos.  Assim como o drogado adoece, a família também. Minha mãe adoeceu e eu precisei ver o quanto de destruição eu estava causando. E ela não merecia isso.

Tenho muita gratidão pelo ‘Narcóticos Anônimos’, pois sem frequentar as reuniões dificilmente teria esse processo, repleto de altos e baixos, quanto me libertei desse vício, aos 21 anos. Desde então, estou limpa. Nunca mais usei crack ou outra droga, não bebo álcool e não fumo. Desde o meu renascimento, são mais de sete mil dias livre do crack e de qualquer outra dependência química.

Aos poucos, fui descobrindo algo que amo fazer que é me comunicar e ajudar outras pessoas que também se encontram perdidas, sem rumo. Me dediquei totalmente e iniciei vários cursos de auto ajuda e transformação. Me formei na faculdade de comunicação social.

Em 2010 conheci o João, amor da minha vida, e nos casamos em 2015. Dei à luz nosso filho, João Mateus, em dezembro de 2016. Desde o seu nascimento, percebi que precisava resolver a minha inabilidade de lidar com minhas emoções. Precisava reaprender a me amar.

Em 2018, fiz meu primeiro curso de coaching na Febracis e fiz cursos nacionais e internacionais, onde descobri coisas lindas em mim, como o quanto eu me importo com as pessoas, como sou inteligente, bem humorada, corajosa, amorosa e amada. Aceitei de vez a minha história, passei a ter orgulho de contá-la. Aprendi a compartilhar a minha dor e a me amar de um jeito tão extraordinário e tão consciente que já pude ajudar muitas pessoas a se descobrirem tão fortes quanto para também vencerem os seus piores pesadelos.

Eu sei que todos desistiram de mim, por mais que quisessem acreditar, eu não parecia ter saída. Mas hoje, dedico a minha vida e a minha vitória a dona Arlete. Perdi quase tudo que tinha, menos o amor e a esperança da minha mãe”.

Fonte: Revista Marie Claire

 

Caixa libera até R$ 1.000 do FGTS a trabalhadores nascidos em abril

No sábado (14), será a vez dos trabalhadores que fazem aniversário em maio; calendário vai até 15 de junho.

A Caixa Econômica Federal libera nesta quarta-feira (11) o saque extraordinário de até R$ 1.000 do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para profissionais nascidos em abril. No sábado (14), será a vez dos trabalhadores que fazem aniversário em maio. O calendário segue até 15 de junho (veja datas abaixo), mas o valor ficará disponível até 15 de dezembro deste ano.

O dinheiro é depositado de forma automática, em nome do trabalhador, na conta poupança social digital, que é movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Todos os trabalhadores que têm conta do FGTS com saldo disponível terão direito ao saque extraordinário, com exceção daqueles que anteciparam o saque-aniversário.

Os recursos podem ser movimentados por meio do aplicativo Caixa Tem. Na plataforma, além de transferir a grana para uma conta-corrente, é possível pagar contas essenciais, boletos e realizar compras em estabelecimentos comerciais. Também é possível efetuar saque nos terminais de autoatendimento da Caixa e nas casas lotéricas.

Confira o calendário

Nascidos em janeiro – 20 de abril
Nascidos em fevereiro – 30 de abril
Nascidos em março – 4 de maio
Nascidos em abril – 11 de maio
Nascidos em maio – 14 de maio
Nascidos em junho – 18 de maio
Nascidos em julho – 21 de maio
Nascidos em agosto – 25 de maio
Nascidos em setembro – 28 de maio
Nascidos em outubro – 1º de junho
Nascidos em novembro – 8 de junho
Nascidos em dezembro – 15 de junho

Se o valor não for creditado?

Caso o crédito do saque não seja feito de forma automática, o trabalhador deverá entrar no aplicativo FGTS, acessar o menu Saque Extraordinário, confirmar/complementar os dados cadastrais e clicar em Solicitar Saque para a liberação do valor.

Segundo a Caixa, os trabalhadores que não utilizaram o saque emergencial em 2020 podem precisar atualizar o cadastro e solicitar o saque no aplicativo FGTS, de forma digital, sem precisar ir a uma agência. Nesse caso, o crédito será realizado no Caixa Tem no próximo lote.

Quem tem direito?

Neste ano, cada trabalhador poderá retirar até R$ 1.000, independentemente do número de contas que tenha no fundo. Se o resgate não for realizado, os recursos voltarão para a conta vinculada do FGTS.

Caso o trabalhador tenha mais de uma conta no FGTS, o saque será feito na seguinte ordem: primeiro, as contas relativas a contratos de trabalho extintos, com início pela conta que tiver o menor saldo; em seguida, as demais contas vinculadas, com início pela conta que tiver o menor saldo.

Quem antecipou o saque-aniversário do FGTS e ficou com o valor bloqueado na conta não poderá retirá-lo nesta etapa. Isso ocorre porque a nova rodada de saques só poderá ser feita para contas com recursos liberados.

Quem não quer receber

O trabalhador também pode optar por não receber o saque extraordinário do FGTS, para que sua conta não seja debitada. Nesse caso, ele deverá acessar o aplicativo FGTS ou se dirigir a uma das agências do banco para informar que não quer receber o crédito.

Após a realização do crédito na conta poupança social digital, o trabalhador pode, ainda assim, optar pelo desfazimento do crédito automático, também pelo app FGTS, até 10 de novembro de 2022.

Caso o crédito dos valores tenha sido feito na poupança digital do trabalhador e essa conta não seja movimentada até 15 de dezembro de 2022, os recursos serão retornados à conta do FGTS, devidamente corrigidos e sem nenhum prejuízo ao trabalhador.

Fonte: R7

Supremo julga nesta quarta se é dever do governo garantir creches a crianças de até 5 anos

STF entendeu que processo é de repercussão geral, ou seja, a decisão da Corte valerá para casos semelhantes.

O Supremo Tribunal Federal julga nesta quarta-feira (10) um recurso extraordinário que questiona se é dever do governo assegurar o atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 5 anos de idade. O município de Criciúma (SC) entrou com o recurso depois que um mandado de segurança do Ministério Público de Santa Catarina contra a Secretaria Municipal de Educação da cidade catarinense determinou que fosse garantida a matrícula de uma criança em uma creche. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC).

O recurso impetrado pelo município de Criciúma alega que o Poder Judiciário não pode interferir em atribuições do Poder Executivo, impor a destinação dos recursos a situações individuais e fazer o município abandonar planos e metas administrativas.

Ainda de acordo com a peça, “a disponibilidade de vagas em estabelecimento pré-escolar é meta programática que o poder público tem o dever de implementar na medida de suas possibilidades”.

O recurso argumenta também que o Judiciário não pode interferir em questões orçamentárias do município, “visto que não é possível impor aos órgãos públicos obrigações de fazer que importe gastos, sem que haja rubrica própria para atender à determinação”.

O Supremo entendeu que o caso é de repercussão geral, ou seja, a decisão da Corte poderá ser aplicada em processos semelhantes que estavam suspensos aguardando julgamento.

Fonte: R7

Avanço da dengue pode estar relacionado a aumento da pobreza, diz infectologista

À CNN Rádio, Alexandre Naime explica que uma piora no quadro de famílias sem saneamento básico também é responsável pelo aumento de 135% de casos da doença no Brasil.

A disparada da dengue no Brasil em 2022 também é um fenômeno socioeconômico, na avaliação do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alexandre Naime.

Ministério da Saúde aponta um aumento de 135% no número de infecções entre janeiro e abril de 2022, na comparação com o mesmo período de 2021.

“Dois estudos publicados esse ano já analisaram cidades distintas do Brasil onde há uma relação direta entre queda de renda e aumento no número de casos de dengue,” explicou Naime à CNN Rádio.

“São pessoas que vão morar em locais menos propícios a ter saneamento básico de qualidade, próximos de rios, passaram a ter menos condição de fazer uma limpeza correta da casa e vão ter que acumular lixo ou material de reciclagem por terem perdido o emprego.”

descoberta de uma nova cepa da dengue no Brasil é um possível agravante do cenário.

“Além de mais transmissível, essa variante do vírus provoca formas mais graves da doença, com fenômenos hemorrágicos e de queda de pressão arterial”, explica Naime.

A identificação desta cepa no Brasil foi comunicada pela Fundação Oswaldo Cruz no último dia 5.

O genótipo cosmopolita sorotipo 2 do vírus, que era uma linhagem já presente na Ásia, Pacífico, Oriente Médio e África, agora contaminou um morador de Aparecida de Goiânia.

Além da dengue, casos de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como Zika e Chikungunya, já registram aumento superior a 50% este ano.

Fonte: CNN BRASIL

Governo federal estabelece regras para Registro Nacional Positivo de Condutores

Cadastro reúne motoristas que não tenham cometido infrações em 12 meses. De acordo com lei, previsão é que estados e municípios possam conceder descontos em impostos, pedágios e serviços aos condutores na lista.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou, nesta segunda-feira (9), uma deliberação que regulamenta o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), também conhecido como cadastro de bons motoristas. O objetivo é permitir que as unidades da federação concedam benefícios fiscais ou tarifários para condutores que não tenham cometido infração de trânsito nos últimos 12 meses.

A norma entrou em vigor em março de 2021, mas precisava de regulamentação para valer. O texto não detalha quais benefícios poderão ser concedidos, mas diz que eles vão ser oferecidos “na forma da legislação específica” dos governos estaduais, do Distrito Federal, e dos municípios.

No ano passado, o secretário nacional de trânsito, Frederico Carneiro, disse em audiência pública na Câmara dos Deputados que as vantagens podem incluir, por exemplo, descontos em tributos, pedágios e nos valores de locação e seguro de veículos, entre outros benefícios.

De acordo com a medida publicada nesta segunda-feira, o RNPC será implementado pelo governo federal em até seis meses. O g1 questionou a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) sobre a medida, mas não recebeu reposta até a última atualização desta reportagem.

O cadastro no RNPC é voluntário. O condutor deve conceder autorização prévia, por meio de um aplicativo ou outro meio eletrônico regulamentado pela União.

O registro será excluído em casos de:

Solicitação por parte do motorista;

Quando houver registro de infração de trânsito;

Quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso;

Quando a carteira de motorista estiver cassada ou vencida há mais de 30 dias;

Se o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de liberdade.

O sistema deve ser atualizado mensalmente, até o oitavo dia útil de cada mês, pela Senatran. Para consultar se está na lista, o motorista deverá fornecer nome completo e CPF. A consulta ao RNPC será garantida a todos os cidadão, segundo a norma.

Mudanças no CTB

A medida faz parte das mudanças na lei de trânsito aprovadas no Congresso Nacional em 2020. Além da criação do Registro Nacional Positivo de Condutores, houve uma série de mudanças nas regras para motoristas.

Entre outras medidas, a lei ampliou de 20 para até 40 pontos do limite para a suspensão da Carteira Nacional de Trânsito (CNH) e o aumento da validade do documento para até 10 anos.

Fonte: G1

Ministério da Saúde aprova primeiro medicamento para casos leves de Covid-19 no SUS

Ministério da Saúde (MS) anunciou que vai incorporar no SUS um medicamento para o tratamento de pacientes com quadros leves e moderados de Covid-19.

A publicação ocorreu no Diário Oficial da União de sexta-feira (6). O MS tem 180 dias após publicação da incorporação para disponibilizar a tecnologia na rede pública.

O medicamento, composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, tem potencial para redução da evolução da doença para quadros graves e será ofertado para pacientes adultos imunocomprometidos ou com idade igual ou superior a 65 anos.

O tratamento só poderá ser utilizado em caso de teste positivo para Covid-19 e em até cinco dias após início dos sintomas, segundo as informações do MS.

A pasta ressaltou que o uso é indicado para pacientes não hospitalizados, que apresentam elevado risco de complicações e sem necessidade de uso de oxigênio suplementar.

Como funciona

O MS explicou que o nirmatrelvir e o ritonavir são dois medicamentos antivirais utilizados em conjunto para o tratamento da Covid-19. De acordo com o Ministério, a combinação dos compostos leva a um medicamento administrado via oral.

“O nirmatrelvir é uma molécula inibidora de uma importante enzima do SARS-CoV-2. Com isso, o medicamento impede que o vírus se prolifere, tendo, assim, uma potente atividade contra o vírus da Covid-19 e outros coronavírus”, explicou a pasta.

“Já o ritonavir, por sua vez, inibe a ação de uma enzima que degrada o nirmatrelvir. Com isso, colabora para que o nirmatrelvir fique por mais tempo disponível na corrente sanguínea, o que potencializa a sua ação”, concluiu.

Fonte: CNN BRASIL

Carne à base de plantas: entenda os benefícios e se a troca vale a pena

Em alguns casos, este tipo de alimento se iguala a ultraprocessados comuns, categoria de produtos alimentícios de baixo valor nutricional com potencial de causar danos à saúde.

Carne vegetal ou à base de plantas, uma ideia que pode soar um tanto futurista, mas que, nos últimos anos, tem ganhado cada vez mais a atenção da indústria alimentícia. Nos freezers pelos mercados, uma variedade deste alimento que promete ser a “carne” do futuro chama a atenção: hambúrgueres, almôndegas, nuggets e até atum — tudo sem um traço de proteína animal.

A proposta que, em tese, promete ser mais saudável e sustentável por não utilizar a pecuária e, consequentemente, causar menos danos ao meio ambiente, pode não representar um saldo positivo no que diz respeito ao valor nutricional, segundo especialistas ouvidas pelo R7.

Os produtos — que entregam a cor, textura e até o sabor da carne — também são considerados ultraprocessados, uma categoria de alimentos que indica um processo industrial intenso, caracterizado pela perda de nutrientes importantes e o excesso de conservantes.

Na composição da carne vegetal, a proteína de soja, muito usada por vegetarianos e outros grupos que abandonaram o consumo animal, divide o protagonismo com a proteína de ervilha e a beterraba, esta última responsável por entregar a coloração característica da carne bovina, por exemplo.

A questão, neste caso, é que a lista de ingredientes não para por aí: entram também os conservantes, corantes, estabilizantes, essências, flavorizantes e realçadores de sabor, como o glutamato monossódico — substâncias químicas chamadas de xenobióticos, conhecidas por seus prejuízos à saúde.

“Os xenobióticos atrapalham o processo bioquímico do organismo, o deixando mais inflamado. Então possivelmente se a pessoa tem um limiar de dor maior, ela vai sentir mais dor, vai ter o intestino mais preguiçoso ou mais solto, além de causar uma demora maior no processo de emagrecimento, mesmo sendo produtos menos calóricos”, destaca Gabriela Cilla, nutricionista clínica e funcional.

Vale ressaltar, no entanto, que as marcas que oferecem as carnes vegetais com um rótulo mais limpo, isto é, com menos ingredientes e componentes químicos, podem representar uma boa opção para aqueles que querem tirar a proteína animal do cardápio. Ainda assim, mesmo nestes casos, o consumo diário ou recorrente não é recomendado.

Trocando seis por meia dúzia

Por outro lado, quanto mais natural for a carne vegetal, mais alto é o preço. A lógica também vale para o contrário: quanto mais ultraprocessada for, a tendência é que o preço fique mais barato. É desta forma que a indústria alimentícia funciona, conforme explica Raquel Canuto, professora do Departamento de Nutrição da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

“Depois de conseguir dar conta dessa parcela da população que tem um pouco mais de poder de compra, a indústria dos alimentos sempre vai para a população mais pobre e, infelizmente, esses alimentos sempre são de pior qualidade nutricional”, explica a especialista.

Neste sentido, o cenário continua desfavorável para que as populações de baixa renda reduzam o consumo de carne vermelha, algo que também não é saudável, já que este tipo de proteína é fonte de colesterol, um tipo de gordura animal que prejudica a saúde.

“Quando comparamos os hambúrgueres vegetais — que vou chamar de embutidos vegetais — com a carne em natura, podemos pensar que do ponto de vista de saúde é melhor comer um frango, um peixe, ou qualquer outra carne, do que comer um alimento vegetal ultraprocessado que vai ter os mesmo malefícios à saúde. Temos uma vasta literatura que aponta isso”, afirma Raquel.

A comparação também vale para os nuggets vegetal e de origem animal. Neste caso, nenhum dos dois são considerados saudáveis ou boas opções, de acordo com a nutricionista Gabriela Cilla.

“O problema do nuggets animal é a quantidade de gordura que tem, porque é um ultraprocessado composto por cartilagem moída, pele, osso, músculo e até miúdo. Em questão nutricional, ele vai ter uma gordura de origem animal maior, vai aumentar o colesterol e vai ter mais sódio. O produto vegetal só não tem colesterol, porque de resto, em questão de conservantes, vai ser basicamente igual”, explica.

Se a troca não representa um ganho do ponto de visto nutricional, também não é muito eficaz para frear os impactos no meio ambiente, conforme destaca Raquel.

“Muito se discute que a indústria dos ultraprocessados é a mesma indústria pecuária, então também tem uma série de outras questões ambientais atreladas à produção dos ultraprocessados com danos ao meio ambiente. Então trocar alimentos in natura, carne por exemplo, por alimentos ultraprocessados, não é uma grande vantagem”, afirma.

Quando a troca é saudável?

Para quem quer parar de consumir carnes ou apenas reduzir o consumo, as especialistas recomendam apostar nos alimentos preparados em casa com ingredientes naturais que sejam ricos em proteínas.

“Sempre indico, por exemplo, um hambúrguer de grão-de-bico feito em casa, ou de shimeji, [um prato feito] com berinjela ou abobrinha, quinoa. Para quem quer tentar fazer aquela Segunda Sem Carne [movimento que propõe a redução do consumo de proteína animal] e durante a semana consumir produtos que não sejam industrializados, a carne vegetal ajuda, mas para a rotina é mais válido fazer o preparo em casa”, destaca Gabriela.

Além disso, há uma vasta opção de alimentos vegetais ricos em proteína que podem suprir as necessidades do organismo sem o impacto do consumo da carne. O arroz com feijão, combinação tradicional na alimentação dos brasileiros, é um exemplo de refeição que dispensa a proteína animal, de acordo com Raquel Canuto.

“O feijão consegue ser uma boa fonte vegetal de ferro, um nutriente que é mais presente principalmente nas carnes vermelhas, e temos uma diversidade muito grande de tipos de feijão no Brasil. Tem a lentilha, que é uma leguminosa um pouquinho mais cara, mas que também na comparação com a carne se torna barata, a própria ervilha é uma boa opção. Se não for um vegetariano restrito, a pessoa pode substituir tranquilamente a carne por ovos, leite, queijo, que também ajudam a compor a dieta de forma que não falte nada”, explica.

Raquel também ressalta que, exceto a deficiência de vitamina B12, não consumir carne não leva a nenhum outro prejuízo à saúde. “Muito pelo contrário, sabemos que se a pessoa parar de comer carne e conseguir levar uma dieta saudável, ela vai ter ganhos na saúde cardiovascular, até alguma coisa com relação à obesidade e diabetes.”

Fonte: R7

Avião alimentado por energia solar pode permanecer meses no ar

Solar Impulse 2 funciona durante a noite usando baterias carregadas durante o dia.

Em 2016, um avião de aparência bizarra, coberto por mais de 17 mil painéis solares, mostrou ao mundo um vislumbre do futuro da aviação. Com a envergadura das asas de um Boeing 747, mas pesando apenas o equivalente a um carro SUV, ele sobrevoou a Terra sem usar uma gota de combustível.

Chamado de Solar Impulse 2, ele foi idealizado pelo explorador suíço Bertrand Piccard e o engenheiro suíço Bertrand Borschberg, construído para demonstrar o potencial da energia renovável. Depois de um voo que quebrou recordes, ele alcançou um objetivo – mas agora está ganhando um novo propósito de existência.

Em 2019, a máquina foi comprada pela Skydweller Aero, uma startup que busca torná-la no primeiro “pseudosatélite” comercialmente viável do mundo, capaz de fazer o trabalho de um satélite em órbita, mas com mais flexibilidade e menos impacto ambiental.

“O pseudosatélite é uma aeronave que fica no ar, podemos dizer, indefinitivamente”, disse o CEO da Skydweller, Robert Miller. “Isso significa 30, 60, 90 dias – talvez um ano. E dessa forma, pode fazer basicamente qualquer coisa que você imaginaria que um satélite pode fazer.” Isso inclui prover telecomunicação e imagens da Terra, assim como respostas a desastres e monitoramento de recursos naturais.

Mais barato e sustentável

Usar uma aeronave para tais funções é mais flexível e mais barato, porque satélites são caros para construir e lançar na órbita através de um foguete, geralmente abastecidos por combustíveis fósseis.

Também é mais sustentável, pois satélites possuem uma vida útil limitada, e eventualmente são desativados, frequentemente somando ao problema do lixo espacial. Pesquisas recentes revelaram que grandes constelações de satélites podem danificar a camada de ozônio, ao lançar produtos químicos durante sua reentrada na atmosfera terrestre.

Depois de comprar o Solar Impulse 2, a Skydweller passou meses o modificando para voar novamente em novembro de 2020. Desde então, o avião completou 12 voos de teste, no ensolarado sudeste da Espanha. “Estamos no processo de torná-lo um drone”, disse Miller. “O piloto ainda está lá por segurança, mas nós temos a habilidade de pilotar a aeronave de forma totalmente autônoma.

Decolagens e pousos ainda são realizados pelo piloto, mas Miller diz que o próximo passo é acrescentar sistemas que tornarão esses processos automáticos. “Depois disso, poderemos remover o piloto da aeronave. Estamos no processo de começar a construção de uma segunda aeronave, que não tenha cabine de comando”, acrescentou.

Remover o piloto e a cabine dá mais espaço para cargas, e é um passo necessário para permitir que o avião voe por semanas e meses (o voo mais longo do Solar Impulse 2 durou quase cinco dias).

Miller disse que a aeronave pode ser implantada no início de 2023, e ele acredita que haverá mercado para uma frota de milhares. Empresas como o Facebook e o Google testaram pseudosatélites no passado, mas nunca desenvolveram um produto comercial.

“Haverá certamente uma demanda crescente pelo tipo de serviço que a Skydweller provê”, disse Jeremiah Gertler, um analista de na empresa de aviação e mercado de defesa Teal Group. “Enquanto outros estão oferecendo soluções similares e diferentes para missões de alta altitude e longa resistência, há uma clara vantagem em ser a primeira formiga no piquenique.”

Monitorando os oceanos

Assim como foi com os satélites, o projeto está atraindo interesse precoce para usos governamentais e militares. A Marinha dos EUA investiu US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) na Skydweller para investigar a habilidade da aeronave de investigar patrulhas marítimas, para as quais hoje são empregados drones que não conseguem voar por mais do que 30 horas. A Unidade de Inovação em Defesa, organização que busca tecnologias emergentes para o exército americano, premiou a empresa com um contrato de US$ 14 milhões (cerca de R$ 70 milhões). Miller, no entanto, disse que a vê a Skydweller sendo eventualmente “muito mais comercial do que governamental”.

Muitas de suas potenciais aplicações possuem benefícios ambientais, incluindo o monitoramento de recursos naturais – por exemplo, patrulhar o oceano atrás de pesca ilegal e vazamentos de petróleo em operações de perfuração profunda. “Há maneiras de fazer isso com sensores remotos de uma aeronave, mas é extremamente difícil de fazê-lo com um satélite”, disse Miller.

A telecomunicação é um uso chave para a Skydweller, pois utilizar a aeronave para prover acesso à internet ou à telefonia celular poderia ser economicamente viável em lugares em que a infraestrutura tradicional ou satélites podem não ser.

No último mês de novembro, a empresa anunciou uma parceria com a Telefônica, uma das maiores provedoras de rede móvel do mundo, para desenvolver soluções de conectividade que possam oferecer cobertura celular em regiões com baixa acessibilidade ao redor do mundo. A Skydweller poderia operar como uma “torre de celular no céu”, sem pegada de carbono ou física. O avião também poderia prover comunicação temporária em áreas onde ocorressem desastres.

O Solar Impulse 2 também poderia oferecer assistência aérea durante operações de busca e resgate em incêndios florestais, por exemplo, com a flexibilidade de poder decolar de aeroportos já existentes, se deslocar por milhares de quilômetros, e permanecer no ar por meses sem emissão de carbono. Ele consegue voar durante a noite com a energia de baterias, carregadas pela energia estocada durante o dia.

Entre os desafios que a Skydweller enfrentará, está o fato de que o avião precisará de luz do sol para voar – o que limita o uso em determinadas latitudes – e as leis acerca de aeronaves não tripuladas. “Os governos ainda não entenderam veículos não tripulados ainda, e buscar espaço aéreo para missões de longa duração será um novo desafio”, disse o analista de aviação Gertler.

“É uma verdadeira corrida para ver se a tecnologia, ou o regulamento, resolverá seus problemas antes, mas aposto que a tecnologia se resolverá mais rapidamente”, acrescentou. “Parece provável que alcançarão a linha de chegada antes de o governo ter começado a procurar a bandeira quadriculada.”

Fonte: CNN BRASIL

Número de motoristas com IPVA atrasado em SP quintuplica

Com abatimento maior, adesão ao pagamento à vista do imposto com desconto saltou quase 30%, aponta a Secretaria da Fazenda.

A alta de 22,5% do valor venal dos veículos refletiu na quitação do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) de 2022. O número de inadimplentes teve um salto de 426,6%, passando de 1,226 milhão para 6,456 milhões.

As informações da Sefaz (Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo), obtidas com exclusividade pelo R7, com base na Lei de Acesso à Informação, mostram que o aumento da inadimplência até o momento resulta em um rombo de R$ 6,26 bilhões aos cofres públicos, valor 311,1% maior do que o apurado em 2021.

A educadora financeira Carol Stange classifica a elevação dos débitos como uma consequência do momento econômico atual e destaca a necessidade de arcar inicialmente com as despesas essenciais, tais como água e luz, cuja inadimplência figura no maior patamar dos últimos quatro anos.

“Entre escolher colocar comida na mesa, pagar a escola do filho ou quitar o IPVA, muita gente precisou priorizar outros gastos”, diz Carol. Para ela, há também muitos que pecam pela desorganização financeira. “Não é novidade que, no começo de cada ano, é preciso arcar com matrícula, uniforme, material escolar, IPVA, IPTU, entre outros gastos”, destaca a educadora financeira.

Em nota, a Sefaz avalia que a inadimplência pelo não pagamento do IPVA neste ano ainda pode sofrer grande variação devido ao parcelamento de débitos em andamento e ao calendário de licenciamento, já que a falta de pagamento do imposto impede a obtenção do novo documento.

Após a data-limite fixada pelo Detran para o licenciamento, o veículo poderá vir a ser apreendido, com multa aplicada pela autoridade de trânsito e sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Além de ficar impedido de licenciar o veículo, o motorista que deixar de recolher o imposto está sujeito ao pagamento de uma multa de 0,33% por dia de atraso e juros de mora com base na taxa Selic. Após 60 dias, o percentual da multa fixa-se em 20% do valor a ser pago.

Permanecendo a inadimplência do IPVA, o débito será inscrito na Dívida Ativa, além de ocorrer a inclusão do nome do proprietário no Cadin Estadual (Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados de Órgãos e Entidades Estaduais), o que o impede de aproveitar eventual crédito que possua por solicitar a Nota Fiscal Paulista. A partir do momento em que o débito de IPVA estiver inscrito, a Procuradoria-Geral do Estado poderá vir a cobrá-lo mediante protesto.

Diante da situação, Carol alerta para a consequência de perder o bem. “Como educadora financeira, eu fico preocupada, porque existe a perda real de um patrimônio que foi difícil de ser conquistado, e a pessoa não sabe que está colocando ele em risco ao atrasar um imposto como o IPVA”, orienta.

Desconto

Os dados indicam ainda a forte adesão aos descontos de 9% e 5% oferecidos aos motoristas que pagaram o IPVA à vista nos meses de janeiro e fevereiro. De acordo com a Sefaz, o maior abatimento contemplou mais de 4,68 milhões, enquanto o desconto parcial foi escolhido por 1,4 milhão.

Ao comparar os valores com o desconto de 3% oferecido nos pagamentos à vista no ano passado (4,76 milhões), a adesão foi 28,7% maior. Já o valor total do desconto mais do que quadruplicou, ao passar de 167,6 milhões para 728,7 milhões.

Para os proprietários de veículos zero-quilômetro, o desconto foi mantido em 3% e contemplou 51.925 motoristas, número 77,7% menor em relação aos 232.970 beneficiados pelo abatimento no ano passado.

De acordo com Carol, o consumidor que pensa em optar pelo pagamento do imposto em cota única precisa avaliar se realmente vale a pena o benefício oferecido pelo governo. “Se a pessoa tiver um melhor retorno investindo esse dinheiro, ela não vai decidir pelo pagamento à vista.”

Fonte: R7

Rússia não usará armas nucleares na Ucrânia, diz Ministério das Relações Exteriores

Porta-voz da pasta disse que uso de armamento não se aplica à “operação militar especial”.

Rússia não usará armas nucleares na Ucrânia, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Alexei Zaitsev, nesta sexta-feira (6).

Zaitsev disse a repórteres que o uso de armas nucleares pela Rússia – um risco que autoridades ocidentais discutiram publicamente – não se aplica ao que Moscou se refere como sua “operação militar especial” na Ucrânia.

O diretor da CIA, William Burns, disse em 14 de abril que, devido aos reveses sofridos pela Rússia no conflito, “nenhum de nós pode ignorar a ameaça representada por um potencial recurso a armas nucleares táticas ou de baixo rendimento”.

O Exército russo realizou exercícios militares na quarta-feira (5), onde simulou o disparo de mísseis no enclave russo de Kaliningrado, entre a Polónia e a Lituânia.

Em comunicado, o Ministério da Defesa russo informou que as forças da Rùssia realizaram ataques únicos e múltiplos contra alvos que simulavam zonas de lançamento de sistemas de mísseis, infraestruturas protegidas, equipamentos e postos de comando de um inimigo fictício.

Fonte: CNN BRASIL