A CARTA DE AFRONTA

“E, ouvindo Davi que Nabal morrera, disse: Bendito seja o SENHOR, que julgou a causa de minha
afronta recebida da mão de Nabal, e deteve o seu servo do mal, fazendo o SENHOR tornar o mal
de Nabal sobre a sua cabeça. E mandou Davi falar a Abigail, para tomá-la por sua mulher
(1 Sm 25:39).

Carta é mensagem por escrito trocada por pessoas separadas por distância. A carta após escrita e fechada em envelope é enviada a alguém. É tradução de cinco palavras hebraicas e duas gregas. A palavra hebraica e a palavra grega epistole se refere a carta escrita a uma pessoa ou grupo de pessoas. O apóstolo Paulo escreve: “Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão” (Gl 6:11). Documento, Registro ou Conta (Lc 16:6-7). Uma epístola ou carta (Atos 28:21).

As Escrituras, 2 Tm 3:15, confira João 5:47: “Mas se não crede nos meus escritos, como crereis nas minhas palavras?”. Cultura ou letras, por exemplo, uma pessoa letrada. “Como sabe, este, não as tenho aprendido?” (Jo 7:15), isto é, como o Senhor Jesus podia ser tão culto se nunca havia sido educado na escola dos rabinos.

Sentido figurado: Paulo faz o contraste entre o legalismo dos fariseus e a obediência às Leis através do Espírito Santo em 2 Co 3:6-18 ao escrever: “A letra mata, e o Espírito vivifica” (2 Co 3:6; confira: Rm 2:27-29). Ele mostrou que a Lei de Moisés pode ser o ministério da morte e da condenação quando obedecida apenas exteriormente, mas uma forma de liberdade (cf. Tiago 1:25; 2:8-12), se obedecida pelo homem, não através de suas próprias forças, e sim pela presença e pelo poder do Espírito Santo, que habita em cada cristão (Rm 8:1-4).

Carta, documento através do qual um governo toma decisões importantes no terreno político ou social; magna Carta da Inglaterra em 1215; Carta Constitucional do Brasil em 1924. Carta aberta que se dirige publicamente a alguém pela coluna de um jornal. Carta avocatória por meio da qual o Juiz ou Tribunal avoca determinado feito aforado em juízo de hierarquia inferior por atribuir-se competência para o conhecer.  Carta de alforria pela qual o senhor dava liberdade a escravo, Carta de naturalização que é conferida a estrangeiro. Carta fechada que contém instruções de ordem secreta para serem conhecidas somente em cada circunstância. Carta invitatória que é dirigida pelo Papa aos bispos, convidando-os a comparecer em Roma. Carta precatória que é dirigida ao juiz de outra circunscrição para que ouça as testemunhas de determinado feito judicial fora do juízo, onde tramita o processo.

A BÍBLIA CONTÉM VÁRIOS EXEMPLOS DE CARTAS ESCRITAS:

2 Sm 11:14-15 E, sucedeu que pela manhã Davi escreveu uma carta a Joabe; e mandou-lha por mão de Urias. Escreveu na carta, dizendo: “Ponde a Urias na frente da maior força da peleja; e retirai-vos de detrás dele, para que seja ferido e morra”.

1 Rs 21:8-11 E não mais farei mover o pé de Israel desta terra que tenho dado a seus pais; contanto que somente tenham cuidado de fazer conforme tudo o que lhes tenho ordenado, e conforme toda a lei que Moisés, meu servo, lhes ordenou. Porém, não ouviram; porque Manassés de tal modo os fez errar, fizeram pior do que as nações, que o SENHOR tinha destruído de diante dos filhos de Israel. Então o SENHOR falou pelo ministério de seus servos, os profetas, dizendo: Porquanto Manassés, rei de Judá, fez estas abominações, fazendo pior do que tudo quanto fizeram os amorreus, que foram antes dele, e também a Judá fez pecar com os seus ídolos;

2 Rs 5:5; 19:14  Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi, e tomou na sua mão dez talentos de prata, seis mil ciclos de ouro e dez mudas de roupas. E Acabe tinha setenta filhos em Samaria.

Jeú escreveu cartas, e as enviou a Samaria, aos chefes de Jizreel, aos anciãos e aos aios dos filhos de Acabe, dizendo: Logo, em chegando a vós esta carta, pois estão convosco os filhos de vosso senhor, como também os carros, os cavalos, a cidade fortalecida e as armas. Olhai pelo melhor e mais reto dos filhos de vosso senhor, os quais ponham sobre o trono de seu pai, e pelejai pela casa de vosso senhor.

2 Cr 32:17 Escreveu também cartas, para blasfemar do SENHOR Deus de Israel, e para falar contra ele, dizendo: Assim como os deuses das nações das terras não livraram o seu povo da minha mão, assim também o Deus de Ezequias não livrará o seu povo da minha mão.

Ne 2:7  Disse mais ao rei: Se ao rei parece bem, dêem-se-me cartas para os governadores dalém do rio, para que me permitam passar até que chegue a Judá.

Et 1:22 Então enviou cartas a todas as províncias do rei, a cada província segundo a sua escrita, e a cada povo segundo a sua língua; que cada homem fosse senhor em sua casa, e que se falasse conforme a língua do seu povo.

At 9:2 E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.

2 Co 10:9 Para que não pareça como se quisera intimidar-vos por cartas. Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível. Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais seremos também por obra, estando presentes.

Gl 6 :11 Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão.

Hb 13:22 Rogo-vos, porém, irmãos, que suporteis a palavra desta exortação; porque abreviadamente vos escrevi.

O Antigo Testamento só traz cartas escritas por reis ou altos funcionários: Carta de Davi a Joabe sobre Urias (2Sm 11:14-15); de Jezabel aos anciãos e homens notáveis de Jezrael a respeito de Nabote (1Rs 21:8-10); de Jeú aos comandantes de Samaria, aos anciãos e aos tutores de filhos de Acab para aconselhá-los a matarem a dinastia de Acab (2Rs 10:1-3:6; de Jeremias aos exilados (Jr 29:1-23); do Rei de Aram ao de Israel, recomendando Naamã (2Rs 5:6); dos samaritanos a Ciro para impedir a reconstrução da muralhas de Jerusalém (Esdra 4.11-16) e resposta do rei Esdra 4:17-22; de Antíoco VI a Jonatas dando-lhe o título de “amigo do rei” (Mc 11:57); do Cônsul Lúcio (Mc 11:57); do cônsul Lucio a algumas cidades helenísticas para lhes dar a notícia da aliança feita entre judeus e romanos (Mc 15:16-21).

O Novo Testamento conservou as Cartas do apóstolo Paulo às sete igrejas do Apocalipse, a carta dos apóstolos à comunidade de Antioquia sobre as relações entre judeus e pagãos (At 15:23-29), a carta do tribuno Lisias ao governador Félix, acerca da transferência de Paulo para Cesaréia (Atos 23:25-30). Semelhantes as que se conservam no museu de Louvre, as cartas escritas pelo Apóstolo Paulo eram redigidas em papiro enroladas, envoltas em um fio de papiro, no qual se aplicava o selo próprio.

 

Por Valdely Cardoso Brito

OS 7 LIVRAMENTOS DE DEUS PARA A SUA VIDA

No Antigo Testamento são mencionadas três espécies de libertação:

  1. 1. Libertação da escravidão do Egito para se tornar um povo especial de Deus, um reino de sacerdotes e uma nação santa (Êx 19:3-6; 1Pd 2:9; Ap 1:6 e 5:10). Foi Deus que por sua soberana graça, que trouxe essa libertação (Êx 20:1-20). Essa libertação da opressão e da penúria no Egito para a liberdade e opulência da Palestina (Êx 3:8: Dt 89:7); foi libertação da servidão do Faraó para o serviço de Deus (Lv 25:55). Cada uma dessas fases da libertação de Israel do Egito pode ser encontrada no Novo Testamento.

Os cristãos estão livres da servidão de Satanás e do mundo (Ef 2:1-3; Rm 6:16) para formar um reino de sacerdotes (1Pd 2:9) e de servos do Senhor (Mt 10:24: Lc 17:10: Rm 1:1).

 

  1. 2. Libertação de escravos. A dignidade do homem era preservada na lei para a libertação dos escravos a cada 7 anos ou no ano do jubileu, o que acontecesse primeiro, e no tratamento humanitário (Êx 21:2-11; Lv 25:39-55; Dt 15:12-15; Jr 34:8:11-14).

 

  1. 3. Libertação de Israel. Se Israel obedecesse a Deus, o povo gozaria de paz e liberdade (Dt 28:1-14), porém a rebelião e a idolatria os levariam a serem escravos de outras nações (Dt 28:15-69). Entretanto uma gloriosa libertação foi prometida com a vinda do Messias (Is 61:1), e esta situação está dividida em duas partes. O Senhor Jesus Cristo citou e cumpriu a primeira. “O Espírito do Senhor está sobre mim…” para “anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lv 4:16-20) em sua primeira vinda (v. 21), enquanto a segunda, o dia da vingança do Senhor ainda deverá ser cumprida pouco antes de seu segundo advento. Com esse retorno milenal, Ele conduzirá todos os salvos à maior libertação, da qual participarão tanto a igreja como Israel (Jl 2:32; Am 9:11; cf. Rm 11:26; Ob 17; Zc 14:1 ss (cf. Rm 4:16; Hb 11:39, 40).

No Novo Testamento a libertação assume uma natureza muito mais teológica. O Novo Testamento fala de uma libertação mais espiritual do que física. O Senhor Jesus Cristo citou Is 61:1 e falou de seu cumprimento com a sua vinda (Lc 4:16-20; confira João 8:34-36; 41:44 e Mc 3:27; cf. Lc 10:17). Suas palavras cobrem a libertação: (1) de Satanás e de seu poder ao considerarmos que estamos mortos para o pecado e que ele não terá poder sobre os salvos (Rm 6:6, 7: 11-23); (2) de Satanás e seu poder demoníaco (Lc 10:17; Cl 1:13; confira Ef 6:10-18); (3) da lei como meio de redenção (Rm 6:14; 7:5-15; 8:2-4; Gl 4:21ss; 5:1,2; (4) da abolição do cerimonialismo que acompanha a lei (Gl 2:5; Hb 7:26; 12:27); 5) da morte e do temor da morte, não no sentido de que o cristão não irá morrer mas, de que sua natureza pecadora será eliminada e ele terá um corpo ressuscitado (Rm 6:9, 10; 9:18-23; Hb 14:12-15; 6) das superstições pagãs. O cristão não é mais escravo de idéias politeístas e das práticas de paganismo (1Co 10:23; Rm 14:1 ss).

A libertação espiritual protege contra dois extremos: primeiro proibindo a libertinagem e para que a graça seja mais abundante (Rm 3:8 e 6:1,2); segundo não ensina o legalismo, isto é a salvação pelas obras, pela perfeita obediência às leis. Somente Cristo pode cumprir a lei para nossa salvação. Portanto, a autojustificação está condenada (Rm 3:19-20; Gl (5:4). A liberdade do cristão deve ser mantida por uma vida de justificação progressiva dentro dos limites da lei (Mt 5:17-19, 21, 27, 43, 48; 22:35-40; Rm 23:8-10. Gozamos de liberdade quando vivemos de acordo com seus preceitos; portanto ela é chamada de “lei perfeita da liberdade”(Tg 1:25); “lei real” Tg 2:8 e lei da liberdade (Tg 2:12). Livramento de Deus é abrangente libertação.

Por Valdely Cardoso Brito

AS 12 BENÇÃOS DO MONTE GERIZIM OU MONTE DAS BÊNÇÃOS

Gerizim: Uma montanha com aproximadamente 940 m de altura, na Palestina Central, ao sul do vale onde se localizava a cidade de Siquém, chamada também de Siquém, chamada também de monte das bênçãos, porque Moisés disse que as bênçãos deveriam ser pronunciadas do Monte Gerizim (Dt 11:29).

Os samaritanos construíram um templo no topo do monte Gerizim, provavelmente durante o séc. IV. João Hircano foi quem o destruiu em 128 a.C. No entanto, os samaritanos ainda adoravam no monte Gerizim durante a época de Jesus (Jo 4:20 ss.) e continuam a fazê-lo até hoje. A sinagoga samaritana estaria localizada em Nablus, ao pé do monte Gerizim.

Diz o texto bíblico Dt 28:1-14:

1  E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra.

2  E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus;

3  Bendito serás na cidade, e bendito serás no campo.

4  Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais; e as crias das tuas vacas e das tuas velhas.

5  Bendito o teu cesto e a tua amassadeira.

6  Bendito serás ao entrares, e bendito serás ao saíres.

7  O SENHOR entregará feridos diante de ti, os teus inimigos, que se levantarem contra ti; por um caminho sairão contra ti, mas por sete caminhos fugirão da tua presença.

8  O SENHOR mandará que a bênção esteja contigo nos teus celeiros, e em tudo o que puseres a tua mão; e te abençoará na terra que te der o SENHOR teu Deus.

9  O SENHOR te confirmará para si como povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do SENHOR teu Deus, e andares nos seus caminhos.

10  E todos os povos da terra verão que é invocado sobre ti o nome do SENHOR, e terão temor de ti.

11  E o SENHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, e no fruto dos teus animais, e no fruto do teu solo, sobre a terra que o SENHOR jurou a teus pais te dar.

12  O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado.

13  E o SENHOR te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir.

14  E não te desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, andando após outros deuses, para os servires.

Não poderia ser mais simples, objetiva e clara a Palavra de Deus. Mas é preciso começar o dia sem medo e sem colocar na mente pensamentos de maldição em face da realidade em que vivemos nos dias de hoje. É preciso pensar, será que em face da realidade do mundo atual, não vamos nos sentir apavorados por meio das notícias terríveis que todos os dias os jornais mostram? Pensar assim certamente atrairá insegurança e medo de assalto e morte.

Precisamos repensar as circunstâncias e não colocar na cabeça pensamentos que trazem preocupação demasiada, a fim de evitarmos o terror do fracasso. Se pensarmos nos fatos negativos do dia a dia, o medo nos afetará diretamente. Então, por que não pensar com prudência e sempre esperando no cumprimento das promessas feitas na Palavra de Deus para nossa vida? Veja o verso 13, medite nele e obedeça, porque a Palavra sempre será cumprida e nunca volta vazia para os cristãos que a praticam de maneira plena e eficaz.

Vivendo em Cristo não há fracasso. Ele provou que debaixo da Sua graça há proteção para enfrentarmos o dia a dia sem temer as adversidades que aparecem, mas sim aproveitá-las para levar aos perdidos e apavorados, a verdadeira paz que só o Espírito Santo pode nos dar.

Veja o que diz a Palavra de Deus: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?” (Salmo 27:1).

 Aí, é só orar: “Senhor, ajuda-me a combater meus medos e inseguranças, para que sua paz transpareça em meu viver. Confio em Ti e não me desesperarei. Em Cristo, amém. ”

“Graças te damos, Pai, por teres aberto a comunicação rompida pelo pecado, e porque Cristo Jesus nos falou, nos tocou e nos redimiu. Faça com que possamos cada vez mais nos comunicar melhor e assim vivermos como família. No Nome de Jesus. Amém.”

 

Por Valdely Cardoso Brito

ENCHENDO-SE DO PARAKLETOS (ESPÍRITO SANTO DE DEUS)

“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
E andai em amor, como também Cristo
vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus,
em cheiro suave. Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.” (Ef 5:1-2)

  1. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO
  2. A) Personalidade do Espírito Santo: O Espírito Santo é uma Pessoa, distinta do Pai e do Filho, e não uma mera influência ou operação divina, Ele é dotado de intelecto, emoção, autoconsciência e autodeterminação.
  3. B) Pronomes Pessoais Masculinos: Estes pronomes são aplicados ao Espírito Santo (Jo 15:26; 16:7, 9, 13, 14), embora o vocábulo grego Pneuma seja substantivo neutro.

O Substantivo Masculino: Parakletos é o nome do Espírito Santo (Jo14:16,17) como sendo outro (allo) Consolador, igual a Cristo.

3) Características Pessoais:

  1. a) Inteligência (1 Co 2:10, 11; Rm 8:27)
  2. b) Vontade (1 Co 12:11).
  3. c) Amor (Rm 15:30).
  4. d) Bondade (Ne 2:20).
  5. e) Tristeza (Ef 3:30; Is 63:10).

4) Atos Pessoais:

  1. a) Ele perscruta (1 Co 2:10).
  2. b) Ele fala (Ap 2:7; Gl 4:6; Jo 15:26).
  3. c) Ele intercede (Rm 8:26).
  4. d) Ele ensina (Jo 14:26).
  5. e) Ele guia (Jo 16:12-14; Ne 9:20).
  6. f) Ele chama (At 13:2; 20:28).

 B) Divindade: O Espírito Santo é co-eterno e consubstancial com o Pai e o Filho:

1) Nomes Divinos:

  1. a) Deus (At 5:3-4).
  2. b) Senhor (2 Co 3:18).

2) Atributos Divinos:

  1. a) Eternidade (Hb 9:14).
  2. b) Onipresença (Sl 139:7-10).
  3. c) Onipotência (Lc 1:35).
  4. d) Onisciência (1 Co 2:10-11).

 A OBRA DO ESPÍRITO SANTO:

  1. A) Em relação ao universo material: Ele participou da obra da criação (Jó 33:4; Sl 104:29-30).
  2. B) Em relação aos homens não regenerados:

1) Luta (Gn 6:3).

2) Testifica (Jo 15:26; At 5:32).

3) Convence (Jo 16:8-11).

  1. C) Em relação aos cristãos:

1) Regenera (Jo 3:3-6: 6:63; Tt 3:5).

2) Batiza (Jo 1:32-34; 1Co 12:13; At 1:5).

3) Habita (1Co 3:16: 6:15-19; Rm 8:9).

4) Sela (Ef 1:13-14; 4:30).

5) Testifica (Rm 8:14,16).

6) Fortalece (Ef 3:16).

7) Enche (Ef 5:18-20).

8) Liberta (Rm 8:2).

9) Guia (Rm 8:14; At 8:27-29; 13:2,4).

10) Ilumina (1Co 2:12-14).

11) Instrui (Jo 16:13,14).

12) Capacita (1Ts 1:5; At 1:8; 1Co 2:1-5).

13) Produz Frutos (Gl 5:22-23; Fp 3:3; At 2:11).

14) Intercede (Rm 8:26; Jd 20).

  1. D) Em relação a Cristo:

1) Concebido pelo Espírito Santo (Lc 1:35).

2) Ungido pelo Espírito Santo (At 10:38; Is 11:2; 61:1; Lc 4:14,18; Mt 12:7,18)

3) Guiado pelo Espírito Santo (Mt 4:1).

4) Cheio do Espírito Santo (Lc 4:1; Lc 4:1; Jo 2:24).

5) Ministério (Lc 4:14;18, 19; Is 61:1).

6) Sacrifício  (Hb 9:14).

7) Ressurreição (Rm 8:11; Rm 1:4).

8) Deu os Mandamentos pelo Espírito Santo (At 1:1-2).

  1. E) Em relação às Escrituras:

1) É o Seu Autor (2 Pd 1:20-21; 2Tm 3:16; 2Pd 3:15-16; Jo 16:13).

2) É o Seu Intérprete (Ef 1:17; 1Co 2:9-14; Jo 16:14-16; 2Pd 1:20-21; 1Jo 2:20,27).

O ESPÍRITO SANTO

At 5:2-3: “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.”

É essencial que os cristãos reconheçam a importância do Espírito Santo no plano divino da redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1:2: Jó 26:13; 22:4; Sl 104:30). Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2 Pd 1:21), nem o NT (Jo 14:26, 1Co 14:26; 1Co 2:10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1:8). Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é revelado como Pessoa através da Bíblia, com sua própria individualidade (2Co 3:17,18; Hb 9:14; 1 Pd 1:2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho. O Espírito Santo não é mera influência de poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8:27), sente (Rm 15:30), determina (1 Co 12:11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão com os servos de Cristo. E, foi enviado pelo Pai para levar os cristãos à íntima presença e comunhão com o Senhor Jesus (Jo 14:16-18, 26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo Deus vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1:11).

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

(1) A revelação do Espírito Santo no AT. (2) A revelação do Espírito Santo no NT.

(a) O Espírito Santo é o agente da salvação. É Ele quem convence o pecador (Jo 16:7,8), e revela-nos a verdade a respeito de Jesus (Jo 14:16,26); realiza o novo nascimento (Jo 3:3-6), e faz-nos membros do corpo de Cristo (1Co 12-13). Na conversão, o cristão crendo em Cristo, recebe o Espírito Santo (Jo 3:3-6; 20:22) e se torna co-participantes da natureza divina (2 Pd 1:4).

(b) O Espírito Santo é o agente da santificação do cristão. Na conversão, o Espírito Santo passa a habitar no novo convertido a Cristo, o qual começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8:9; 1Co 6:19). Note algumas das coisas que o Espírito Santo faz, ao habitar no cristão. Ele o santifica, i.e., purifica, dirige e leva-os a uma vida santa, libertando-os da escravidão ao pecado (Rm 8:2-4; Gl 5:16,17; 2Ts 2:13). Ele testifica que somos filhos de Deus (Rm 9:16), ajuda-nos na adoração a Deus (At 10:45,46; Rm 8:26,27) e na vida de oração, e intercede pelos cristãos quando clamam a Deus (Rm 8:26-27). Ele produz nos cristãos as qualidades do caráter de Cristo, que O glorificam (Gl 5:22, 23; 1 Pd 1:2). Ele é o mestre divino, que guia os cristãos em toda a verdade (Jo 16:13; 14:26; 1 Co 2:1016) e também revela Jesus e guia-nos em estreita comunhão e união com Ele (Jo 14:16-18: 16). Ele comunica o amor de Deus (Rm 5:5) e alegra, consola, ajuda a todos os cristãos que permanecem em fidelidade contínua (Jo 14:16: 1Ts 1:6).

(c) O Espírito Santo é o agente divino para o serviço ao Senhor, revestindo os cristãos de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho Dele. Esta obra do Espírito Santo relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do Espírito. Quando os cristãos são batizados no Espírito, recebem poder para testemunhar de Cristo e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (Jo 1:8). Assim, recebemos a mesma unção divina que desceu sobre Cristo (Jo 1:32,33) e sobre os primeiros discípulos (Ef 1:5), e capacita a proclamar a Palavra de Deus (Ef 1:9) e a operar milagres (2:43; 3:2-8; 5:15; 6:8; 10:38). O plano de Deus é que todos os cristãos recebam o batismo no Espírito Santo (2:39). Para realizar o trabalho do Senhor, o Espírito Santo outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de Cristo (1 Co 12-14). Estes dons são uma manifestação do Espírito através dos santos, visando o bem de todos (1Co 12:7-11).

(d) O Espírito Santo é o agente divino que batiza ou implanta os cristãos no corpo de Cristo, que é sua igreja (1Co 12:13) e que permanece nela (1Co 3:16), edificando-a (Ef 2:22), e nela inspirando a adoração a Deus (Fp 3:3), dirigindo a sua missão (13:2-4), escolhendo seus obreiros (20:28) e concedendo-lhe dons (1Co 12:4-11), escolhendo seus pregadores (1Co2:4), resguardando o evangelho contra os erros (2 Tm 1:14) e efetuando a sua retidão (Jo 16:8; 1Co 3:16: 1Pd 1:2).

(3) As diversas operações do Espírito são complementares entre si, e não contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do Espírito Santo formam um todo, não havendo plena separação entre elas. Alguém não pode ter (a) a nova vida total em Cristo; (b) um santo viver; (c) o poder para testemunhar do Senhor, ou (d) a comunhão no seu corpo, sem exercitar estas quatro coisas. Por exemplo: uma pessoa não pode conservar o batismo no Espírito Santo se não vive uma vida de retidão, produzida pelo mesmo Espírito, que conduz esta mesma pessoa no conhecimento das verdades bíblicas e sua obediência às mesmas.

Busquemos estar cheios do Espírito de Deus, vivendo e andando Nele. Assim, estaremos experimentando a plenitude espiritual desejada por Deus para todos os cristãos.

Por Valdely Cardoso Brito

 

“PARAKLETOS” – ESPÍRITO SANTO

Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas,
tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra
” (At 1.8).

Texto Bíblico: Jo 14.15-17, 25-26

Lc 3.21-22 > O Espírito Santo é da mesma essência do Pai e do Filho.

Gn 1.1-3 > O Espírito Santo atuou na criação do mundo. 

Jo 14.25-31 > O Espírito Santo inspirou os autores da Palavra de Deus.

I Co 2.10-14 > O Espírito Santo nos ajuda a compreender as Escrituras.

At 2.1-4 > O Espírito Santos foi-nos dado no dia de Pentecostes.

Jo 16.1-8 > O Espírito Santo convence as pessoas do pecado, da justiça e do juízo.

Jo 14.15-17 > O Espírito Santo habita em cada cristão.

INTRODUÇÃO

À semelhança do que aprendemos sobre o Deus Pai e o Deus Filho, o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade, é também uma Pessoa Divina. A parte da Teologia que estuda a Pessoa e a Obra do Espírito Santo é denominada de Pneumatologia. A igreja primitiva foi toda liderada por Ele.

Precisamos estudar quem Ele é, o que faz e como faz, para que não caiamos em certos extremos, comuns em nossos dias, que começa com o menosprezo às duas outras Pessoas da Trindade. Depois desses estudos, devemos ser capazes de responder, com base neles, as seguintes perguntas: Quem é o Espírito Santo? Sua atuação no Antigo Testamento é semelhante à do Novo Testamento? Qual é especificamente Sua obra? Qual é a sua relação com os cristãos e com o Corpo de Cristo?

I – O SENTIDO ETIMOLÓGICO DA EXPRESSÃO: “parakletos”

  1. No Hebraico: Ruah – Fôlego, vento, espírito.
  2. No Grego: Pneuma – Fôlego, vento, espírito (Jo 3.8 e At 2.2).

Ambos expressam o que não é visível, mas notam-se, Sua presença, Seu poder.

  1. Espírito. É Sua denominação em português. Verifica-se Sua presença na criação do mundo (Gn 1.2) ou em qualquer ação na qual, Sua força seja requisitada.
  2. Santo. É uma forma de estabelecer a diferença quando o Espírito de Deus é mencionado, restringindo e qualificando o termo: “Eles, porém, se rebelaram, e contristaram o Seu santo Espírito; pelo que se lhes tornou em inimigo, e Ele mesmo pelejou contra eles” (Is 63.10; Cf. Sl 51.10-11). A expressão “Espírito Santo” é comum no Novo Testamento.

II – O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

  1. Ele atuou na criação do mundo, particularmente na realização do que foi mencionado na Palavra Criadora (Gn 1.2). É responsável pela manutenção da criação pela perpetuação do ciclo da vida: “Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra” (Sl 104.28-30).
  2. Atuou na criação do homem, como verificamos que Ele é uma das pessoas contidas no termo “façamos” (Gn 1.26), e, especificamente, quando o fôlego da vida foi insuflado no homem, como uma partícula de Deus (Gn 2.7).
  3. Atuou dando poderes a determinadas pessoas, esporádica e provisoriamente, para cumprir determinados fins muito específicos tanto quanto extraordinários: aptidão e sabedoria (Ex 28.3; 31.2-5; 35.31), vitória sobre os inimigos (Jz 11.29, 32-33), força (Jz 14.6), revelação profética (Ez 2.2; 8.3; 11.1, 24); conhecimento e disposição para fazer a vontade de Deus (Is 63.10; Sl 51.11).
  4. Ele foi parte integrante do projeto da Nova Aliança, através da unção que o Messias carregaria (Is 11.2; 61.11) e participa da realização dos objetivos do Novo Pacto (Jl 2.28-32; At 2).

III – O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

No Novo Testamento, o Espírito Santo vem ligado à realização dos projetos Divinos prometidos no Antigo Testamento.

Atuou na concepção de Jesus Cristo (Mt 1.18);

Confirmou a Divindade de Jesus por ocasião de Seu batismo, juntamente com o Pai, a primeira Pessoa da Trindade (Mt 3.16).

Conduziu Jesus ao deserto para ser tentado (Mt 4.1; Mc 1.12; Lc 4.1).

Acompanhou Jesus em seu ministério e nas manifestações de sua Divindade, tanto através de seus ensinos quanto de seus milagres (Lc 4.14, Mt 12.18, 31; Mc 3.18,29).

Cumpriu na vida de Jesus, o Messias, o que foi prometido pelos profetas (Lc 4.16-21);

Usou, com poder, os discípulos de Jesus enviados para cumprir uma missão (Mt 10.16-20).

Foi prometido por Jesus como Conselheiro de seus seguidores, Seu representante, como “Espírito da Verdade”, que habitaria neles (Jo 14.16-18), mas seria desconhecido pelo mundo; pelo que sua vinda com poder, revestindo os discípulos para a realização da obra missionária, devia ser aguardada em oração (Lc 24.49).

Desceu no dia de Pentecostes sobre os cristãos que estavam reunidos em oração no cenáculo, em Jerusalém (At 2.1-13), cumprindo assim o que Jesus prometera, confirmando o que havia sido prometido pelo profeta Joel, citado e interpretado por Pedro (At 2.14-47).

Dinamizou o surgimento da igreja, no livro de Atos, convencendo as pessoas a que aceitassem Jesus como Senhor e Salvador, na vocação evangelística e missionária dos irmãos, e na inspiração do forte ensino da Palavra na igreja primitiva, através das pregações dos apóstolos (I Co 2.4), da dedicação ao cumprimento da obra missionária sem reservas e com toda coragem e intrepidez.

Concedeu e continua concedendo dons aos membros das igrejas, permitindo que elas funcionem como Corpo Vivo de Jesus Cristo, em perfeita unidade e sob o comando da cabeça, Cristo (I Co 12; Ef 4.1-16).

Santificou e santifica os cristãos (I Pe 1.2) dando-lhes vida (I Pe 3.18), e participa ativamente do convite que a igreja faz chamando os pecadores ao arrependimento (Ap 22.17), convencendo-os do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8).

III – A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

Assim como o Pai e Jesus Cristo, o Espírito Santo é uma Pessoa, a Terceira Pessoa da Trindade, a Terceira manifestação do Deus Trino e Triúno, enquanto que o Pai é a Primeira e Jesus é a Segunda. O Pai se manifesta destacadamente no Antigo Testamento, o Filho nos Evangelhos e o Espírito Santo nos Atos e nas epístolas. Mas, podemos perceber sempre os três, inseparável e concomitantemente em cada uma dessas manifestações.

  1. O Espírito Santo não é referido através de pronome neutro, no grego, mas através de pronome pessoal (Jo 14.16, 17, 26; 16.7-14).
  2. O Espírito Santo testemunha (Jo 15.26), convence (Jo 16.8), ajuda, consola e ensina (Jo 14.16-18, 26), dirige (Jo 16.13). Ele pode ser resistido (At 7.51), entristecido (Ef 4.30), insultado (Hb 10.29), blasfemado (Mt 12.31), recebido (Jo 20.22) e pode ser alvo de mentiras (At 5.3).

IV – A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é uma pessoa Divina (At 5.3-4). Ele é onipresente (Sl 139.7), onisciente (I Co 2.10), onipotente (I Co 12.11). Ele realiza ações que só Deus pode fazer: realizar a ordem criadora do mundo (Gn 1.2), dar poder a Jesus Cristo para manifestar a sua Divindade (Lc 4.14), fazer o crente nascer de novo (Jo 3.5), convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8), ressuscitar um morto (Rm 8.11). Todas essas realizações são projetos de Deus, o que comprova a perfeita unidade do Espírito Santo com o Pai e com o Filho.

V – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

  1. O Espírito Santo inspirou os autores das Escrituras a fim de que registrassem a vontade de Deus (II Pe 1.21; 3.2; II Tm 3.16; Ex 24.4; Dt 31.9) apresentada pelos profetas (Jr 1.4; Ez 2.1; Os.1.1,2), de Jesus (Lc 4.18), e dos autores do Novo Testamento (Hb 2.1-4; Ap 1.10; Jo 14.26; 16.13).
  2. O Espírito é o promotor do Reino de Deus. Vemos isso desde o livro de Atos, quando Ele encheu os discípulos de poder e intrepidez, dinamizando-os para divulgarem o Evangelho de Jesus e plantar igrejas (At 1.8; 2.4; 5.25-32), dirigindo-os (At 5.3-4), falando através deles (Mt 10.19-20; At 6.10; 15.7), estando com eles (At 7.55-60), encorajando-os (At 15.28), vocacionando-os à obra missionária (At 13.1-2), concedendo-lhes sonhos e visões com relação ao aspecto prático da obra que precisava ser realizada (At 16.6-12), inspirando-os e guiando-os em cada passo.
  3. O Espírito Santo atua nas pregações e testemunhos, convencendo o pecador que ouve a verdade que lhe está sendo anunciada (Jo 16.8-9).
  4. O Espírito Santo habita no interior daquele que aceita Jesus como único e suficiente Salvador (Jo 14.17; I Co 3.16; 6.19; II Co 6.16; I Jo 2.27); é nosso ajudador (Jo 14.16, 26) e intercessor quando oramos (Rm 8.26-27), leva-nos a produzir frutos dignos do ser cristão (Gl 5.22-23), dá-nos poder para testemunhar (At 1.8) e enche-nos, influenciando cada área de nossa vida (Ef 5.18).

CONCLUSÕES

  1. O Espírito Santo é o grande realizador da vontade de Deus, desde a criação do mundo. Hoje, Ele atua fazendo com que vivamos a plenitude da Vida Cristã, anunciada por Jesus Cristo como Vida Abundante. Portanto, não resistamos à obra que Ele deseja fazer em nós.
  2. O Corpo de Cristo deve funcionar na dinâmica do Espírito Santo que dá dons aos membros, com liberalidade. Um dom é uma capacidade divina para atuarmos em pelo menos um ministério a ele ligado, onde abençoamos nossos irmãos através da nossa ministração. Você conhece os dons que o Espírito Santo deu a você? Qual é o seu ministério?
  3. Jamais devemos esquecer que o Espírito de Deus habita em nós. Portanto, Ele conhece nossas reais intenções e o nosso modo de viver. Então, vamos oferecer-Lhe uma vida santificada, totalmente dentro da vontade do Senhor, a fim de que não venhamos a deixá-lo entristecido e decepcionado.

Por Valdely Cardoso Brito

7 MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO

“E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele.
E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele
que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo” (João 1:32-34).

O SENHOR DEUS nos fala hoje por meio de sua Palavra escrita. É o Espírito Santo falando na Palavra. E nela encontramos muitas figuras de linguagem: metáforas, símiles, símbolos, tipos, parábolas, alegorias e emblemas. Todas essas figuras são utilizadas por Deus, o Espírito Santo na Palavra. A pessoa e a obra do Espírito são ilustradas pelas figuras bíblicas. Nesse texto vamos estudar sete símbolos ou metáforas que estão relacionadas à pessoa do Espírito Santo.

ÁGUA

A água é um símbolo do Espírito Santo que se aplica principalmente à doutrina a salvação. É Jesus quem fala da salvação como beber água: “aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede, pelo contrário, a água que eu lhe der será como uma fonte a jorrar para a vida eterna” (Jo 4:14). “O Espírito Santo, ao habitar no cristão é essa fonte a jorrar para a vida eterna”. (Jo 7:37-39).

A água é necessária para a limpeza e purificação. No Antigo Testamento era utilizada como símbolo de purificação dos sacerdotes (Êx 29:4; Lv 8:6). Ezequiel fala da água como instrumento de purificação dos sacerdotes. (Êx 29:4; Lv 8:6). Ezequiel fala da água como instrumento de purificação interior e a relaciona com a regeneração produzida pelo Espírito Santo (Ez 36:25-27). É o Espírito quem limpa nossos corações na regeneração e continua nos purificando durante o nosso processo de santificação (Tt 3:5; 1Jo 1:9).

FOGO

O fogo na Bíblia possui diversos significados, mas principalmente para simbolizar a presença de Deus (Êx 3:2; 12:21). O nosso Deus é fogo consumidor (Hb 12:29). O fogo é um sinal da aprovação de Deus (2Cr 7:1), da proteção de Deus (Zc 2:5), da purificação divina (Ml 3:3), do juízo de Deus (Lv 10:2).

O fogo é um emblema do Espírito Santo (Mt 3:11). Em Apocalipse o Espírito é comparado a “sete tochas de fogo que ardem diante do trono de Deus” (Ap 4:5). Em Atos 2:3, na descida do Espírito Santo (Pentecostes), vemos que o fogo era um sinal da presença do Espírito, que é o fogo que aquece, ilumina, purifica e fornece energia ao povo de Deus.

POMBA  

A pomba é o primeiro símbolo do Espírito Santo que encontramos no Novo Testamento. Foi quando João Batista batizou o Senhor Jesus: “E João testemunhou dizendo: Vi o Espírito descer do Céu como pomba e pousar sobre Ele. Eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo” (Jo 1:32-33). Temos uma manifestação da Trindade, quando o espírito é comparado a uma pomba.

A pomba é um dos mais antigos amigos do homem. A primeira menção que se faz da pomba na Bíblia é em Gn 8:8, 10, 12. Noé soltou a ave com o propósito de saber quanto havia baixado as águas do dilúvio.

As pombas são classificadas por Moisés entre os animais limpos, e sempre foram aves da mais alta estima nas nações orientais (Lv 11). As pombas poderiam ser usadas nos sacrifícios Levíticos, principalmente pelos pobres (Lv 1:14). Foi nessas condições que Maria ofereceu um par de rolas ou dois pombinhos, depois do nascimento de Cristo (Lv 12:8; Lc 2:22-24).

Quais os significados da pomba que podem ser aplicados ao Espírito Santo? A pomba é mencionada como símbolo de simplicidade, de inocência, de gentileza, afeição e fidelidade (Os 7:11; Mt 10:36).

VENTO

O vento é um símbolo da presença do Espírito Santo (Ez 37:9, 13; Jo 3:8; At 2:2). Jesus Cristo comparou a obra do Espírito à ação do vento, quando disse a Nicodemos: “O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai: assim é todo o que é nascido do Espírito” (Jo 3:8).

Após a sua ressurreição, Jesus soprou sobre os seus discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20:22).

Algumas lições práticas:

  1. Assim como o vento é invisível na sua ação, o Espírito age de forma invisível no coração humano (Jo 3:8).
  2. Assim como o vento move um barco a velas, o Espírito de Deus moveu aqueles que escreveram as Escrituras (2 Pe 1:21).

ÓLEO

A principal fonte de óleo ou azeite entre os judeus era a oliveira. A “oferta de manjares”, prescrita pela lei era misturada ao óleo (Lv 2:4-7; 15; 8:26,31; Nm 7:19; Dt 12:17; 2Cr -32). O azeite estava incluído entre as ofertas de primeiros frutos (Êx 22:29-23:16) e o seu dízimo era obrigatório (Dt 12:17; 2 Cr 31:5).

O óleo era usado para iluminação (Êx 25: 6; 27:20-21; Zc 4:3, 12), no sacrifício diário (Êx 29:40) na purificação do leproso (Lv 14:10-28), e no complemento dos votos dos nazireus (Nm 6:15). Certas ofertas deviam efetuar-se sem aquele óleo, como por exemplo as que eram feitas para a expiação do pecado (Lv 5:11) e por causa de ciúmes (Nm 5:15).

Nos banquetes havia o costume de ungir os hóspedes – os criados ungiam a cabeça de cada um na ocasião em que tomavam seu lugar à mesa (Dt 28:40; RT 3:3; Lc 7:46). O azeite indicava alegria, ao passo que a falta denunciava tristeza ou humilhação (Is 61:3; Jl 2:19; Ap 6:6). Assim como o óleo era usado para a cura, o conforto, a iluminação e a unção, com propósitos específicos, o Espírito Santo cura, conforta, ilumina e unge ou consagra o cristão (1 Jo 1:27-29; 2 Co 1:21-22; Tg 5:14).

SELO

A figura do selo aparece três vezes no Novo Testamento (2 Co 1:21-22; Ef 1:13; 4:30). Quais são as funções e propósitos normais de um selo? O que ele significa?

O selo tem três funções básicas:

  1. A) autenticação de um documento;
  2. B) propriedade ou posse;
  3. C) proteção ou inviolabilidade.

O selo do Espírito Santo indica que o cristão é propriedade de Deus (Ef 1:13; 1Pd 2:9) e é protegido espiritualmente por Deus (1 Jo 5:18-19).

PENHOR

O Espírito Santo é comparado também ao “penhor” (Ef 1:14). Um penhor é uma parte do preço que se paga por alguma coisa, como garantia do pagamento final. É uma fiança.

O Espírito Santo nos foi outorgado no dia da nossa conversão e a sua presença em nós é uma garantia da nossa redenção final (Rm 8:23; Fp 1:6).

CONCLUSÃO

A pomba, a água, o vento, o fogo, o óleo, o selo e o penhor são as principais metáforas bíblicas que revelam a pessoa e o ministério do Espírito Santo. Elas nos ensinam que o Espírito Santo nos revela a Cristo, regenerando-  -nos de forma soberana, purificando-nos, ungindo-nos, comparando-nos e garantindo-nos um futuro mais feliz.

Por Valdely Cardoso Brito

OS SETE MONTES DE DEUS

“Mas a terra que passais a possuir é terra de montes e vales” (Dt 11:11).
“Assim como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta
de seu povo desde agora e para sempre” (Sl 125:2).

Geograficamente, monte é a elevação de terreno num nível mais alto que uma colina, porém, mais baixo que uma montanha, no extremo norte, onde os gregos se congregavam (Is 14:13), e diziam no coração: “Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus e exaltarei o meu trono, e no Monte da Congregação me assentarei, ao lado do Norte” (Is 14:13). Isaías conhecia esse mito babilônico quando escreveu sua profecia contra os perversos da Babilônia. Vários desses montes serviram de pano de fundo para a história bíblica. Por essa razão, é necessário conhecer os principais montes mencionados na Bíblia, para entender a geografia e o contexto histórico das histórias bíblicas.

Então vejamos os montes principais:

1) Monte das Oliveiras: Cadeia de colinas que se estende no sentido norte-sul a leste de Jerusalém, e que foi o cenário da traição de Jesus na noite anterior à sua crucificação. É um Monte levemente arredondado que se ergue até uma altitude de cerca de 830 metros e proporciona uma vista panorâmica do Templo.

2) Monte Sião: tem grande significado bíblico. Originalmente refere-se à área sudoeste de Jerusalém. Mas posteriormente passou a ser usado para designar toda Jerusalém. A Bíblia fala do “monte Sião”, da “fortaleza de Sião”, das “portas de Sião”, e das “filhas de Sião”. O monte Sião originalmente designava um monte fortificado localizado no sudeste de Jerusalém. Tratava-se de uma fortaleza jebusita na extremidade da montanha que foi tomada pelo rei Davi. Além disso, o Monte Sião é também citado várias vezes de forma simbólica. O rei Davi conquistou a fortaleza de Sião; e esta passou a ser a Cidade de Davi (II Samuel 5:7).

3) Monte Gerizim: onde houve o encontro de Jesus com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó. É também conhecido como o Monte da Bênção: “E será que, havendo-te o Senhor teu Deus introduzido na terra a que vais para possuí-la, então pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal” (Dt 11:29).

4) Monte Moriá: onde o Templo foi edificado. Foi a esse monte que Abraão levou Isaque para ser sacrificado e esse monte era conhecido como o monte do Deus proverá, porque Isaque perguntou ao pai Abraão onde estava o sacrifício que iria ser feito a Deus.

5)  Monte Carmelo: onde mediante oração de Elias o fogo desceu do céu e consumiu o holocausto que o profeta Elias preparou e assim derrotou os profetas de Baal e Aserá (1Rs 18:19).

6) Monte Sinai: “e falou Deus a Moisés no deserto do Sinai: “conta os filhos de Levi, segundo a casa de seus pais, pelas suas gerações, contarás a todo o varão da idade de um mês para cima” (Nm 3:13-15).

7) Monte Ararate: (com 5.165m de altura), onde a Arca de Noé repousou após baixar o seu nível de água do dilúvio (Gn 8:4). Esse monte possui dois cumes, e o maior supera cinco mil metros de altitude.

 Por Valdely Cardoso Brito

 

 

A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO

“Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti” (Lc 15:18).

A palavra “pródigo” significa imprudente e extravagante. O filho pródigo foi para longe e se tornou filho do mundo e sem pensar começou a gastar os recursos que recebeu de seu pai, agindo como o perdido que “dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente” (Lc 15:13).

Vejamos o filho pródigo ainda em casa de seu pai, estava se sentindo infeliz, tinha contenda com o irmão, não era alimentado pela Palavra e padecia com o desejo de conhecer o mundo. Ele se despediu do pai e se foi pelo mundo, sentindo-se livre como queria, achando que ia viver de maneira agradável. Entretanto, teve forte desilusão porque depois de gastar todos os recursos que recebera de seu pai, as pessoas com quem fez contato só ficaram com ele enquanto tinha dinheiro.

E após ter gasto seus recursos financeiros com seus “novos amigos”, e estes, tendo constatado que ele não tinha mais dinheiro, o abandonaram e quando se deu conta, o filho pródigo estava só, com fome e trabalhando com porcos. Então, tendo agido dissolutamente, seu dinheiro acabou e a ilusão do mundo lhe trouxe fome, estava maltrapilho, sujo e em profunda miséria espiritual e física, mas nesse contexto se lembrava de seu pai, e, arrependido e decidido, planejou voltar para a casa pai.

Apesar de sua aparência física, o seu pai o reconheceu quando já estava próximo de sua casa e movido de íntima compaixão o recebeu, mesmo sujo, malcheiroso, seu pai o abraçou e o beijou. A lição que fica: quando o filho abandona a casa do Pai para arriscar-se em lugares distantes e desconhecidos termina maltrapilho, malcheiroso e de bolsos e estômago vazios e alma sedenta e faminta de amor e proteção. E sua demonstração de arrependimento e confissão está em Lucas 15:14-32. Confira a Palavra no texto transcrito:

“E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alpacas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou, e não queria entrar. E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e foi achado.”

A lição do filho pródigo é simples: quando o filho abandona a Casa do Pai para se arriscar pelos lugares desconhecidos de outra cidade que não conhece, ou em lugares distantes do país de origem, fatalmente termina se sentindo sozinho, sem proteção, de bolsos e estômago vazios e alma faminta e desejosa de abrigo e proteção. Mas, se nesse momento ele raciocina com lógica e bom senso, certamente, encontrará o melhor caminho para retomar sua vida ao lado de seu pai e familiares. Nessa aventura do filho pródigo podemos ver a imaturidade do filho que se aventurou a sair da casa do pai. E do seu irmão que se sentiu enciumado quando o pai o recebeu de braços abertos de volta ao lar. Na verdade, nenhum dos dois filhos agiram com maturidade. O filho que ficou com o pai reagiu com reprovação ao pai que abraçou e festejou a volta de seu irmão que estava perdido e foi achado e o acolheu com amor verdadeiro de pai que ama seus filhos

 Por Valdely Cardoso Brito

A PERFEIÇÃO DO CRISTÃO


“Portanto, sede vós perfeitos como
perfeito é o vosso Pai Celeste” (Mt 5:48).

A palavra perfeição significa maturidade ou santidade completa. Cristão perfeito é aquele cujo corpo, alma e espírito estão sob o controle total do Espírito Santo. Assim, perfeição é similar à santificação ou consagração contínua, significa estar separado em justiça. A perfeição de Deus significa que Ele é completo em si próprio, não tem falta de nada e não comete erros, Sua perfeição é absoluta. Ele é perfeito em toda a Sua natureza.

A perfeição do homem é relativa e depende de Deus para existir (Gn 6:9; Jó 1:1; Tg 3:2); pode se referir a um estilo de vida relativamente correto ou a maturidade (Fp 3:12, 15; Tg 1:4). Isso porque há impossibilidade de o ser humano não cometer pecado (1 Jo 1:8).

A Carta de Tiago, em relação ao tema diz:

1)  O conteúdo é o homem aperfeiçoado para atingir a estatura do Varão perfeito. Jesus Cristo: Perfeito na Palavra (Jo 17:17); no amor (1 Jo 3:16); no nome (Fp 2:10), resumindo, em tudo.

2) Aperfeiçoamento em meio as necessidades (Tg 1:2-11);

3) Nas tentações (Tg 1:12-18); no ouvir e no fazer (Tg 1:19-27); na imparcialidade (Tg 2:1-13); nas obras da fé (Tg 2:14.26); no uso da língua (Tg 3:1-12); na sabedoria (Tg 3:13-18); nas motivações (Tg 4:1-10); no julgamento (Tg 4:1-12); na submissão (Tg 4:13-17); na renúncia (Tg 5:1-6); na espera do Senhor (Tg 5:7-11); no falar (Tg 5:12); na fé (Tg 5:13-18); no serviço aos desviados do Caminho do Senhor (Tg 5:19-20). Perfeição é igual a maturidade espiritual ou crescimento no conhecimento espiritual pelo estudo da Palavra sob o poder do Espírito Santo

O apóstolo Paulo disse: é preciso avançar “para o que é perfeito” (Hb 6:1) “… E isto é o que pedimos: o vosso aperfeiçoamento (2 Co 13:9).

Assim, a perfeição espiritual se dá através do conhecimento constante da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo não reivindicava haver atingido a perfeição (Fp 3:12-14). Mas a fé que operou a salvação e o conhecimento progressivo da Palavra é que resultará em total entrega a Cristo, por parte de todos os cristãos. Disso é que fluirá a plena unidade e tudo quanto está prometido no caminho das bênçãos espirituais (Ef 1:3).

Pelo conhecimento pleno do Filho de Deus (Ef 4:13), não apenas no sentido intelectual, mas também experimental é que os cristãos evoluem na transformação da mente. Por isso o apóstolo Paulo declarou em Fp 3:10: “para O conhecer e o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com Ele na sua morte…” Tal conhecimento nos chega através da iluminação e transformação operadas pelo Espírito Santo. O apóstolo Paulo ora para que os cristãos tenham seus olhos do entendimento iluminados (Ef 1.18-19). Assim, conhecer e experimentar tais coisas faz parte do que significa conhecer a Cristo.

A revelação nos leva a conhecer ao próprio Deus para ser irrepreensível e resulta em comunhão com Seu Filho Jesus Cristo (1 Co 1.8-9).

A finalidade: é atingir a unidade de fé e o perfeito conhecimento do Filho de Deus (Ef 4.13); só assim seremos unidos a Cristo em perfeição. Ninguém poderá ser perfeito enquanto não conhecer e se aproximar de tudo quanto Cristo é pelo poder do Espírito Santo de Deus. Do Espírito Santo recebemos poder a fim de servirmos e cumprirmos nossas respectivas missões. Somos dotados em princípio, da mesma natureza de Cristo (1 Jo 3:2), portanto, participante de seus atributos, para estar perfeito n’Ele (Cl 2:10 a). Por isso é necessário estar no amor de Cristo que excede todo entendimento para sermos cheios de toda a plenitude de Deus Pai (Ef 3:19). A natureza e a qualidade da perfeição do cristão será sempre relativa porque só Deus é perfeito.

Perfeito, no sentido de maturidade completa e sã é usado em Jó 1.1, 8; 2.3; Sl 18.30; 37.37; 1 Rs 8.61; 1Cr 28.9; 1Rs 11.4- Salomão; 15.3 – Roboão; 2 Rs 20.3 – Esequias; 2Sm 22.21-Davi; passagens essas que aludem tanto à perfeição divina quanto à perfeição humana.

No Novo Testamento, o caminho de Deus é chamado de perfeito (At 18:26), como também o próprio Deus (Mt 5:48). Assim, a função da disciplina espiritual é o aperfeiçoamento do cristão no conhecimento da Verdade da Palavra (1Tm 1.4), como também se dá com certo aspecto do amor cristão (1Jo 4.18). Pessoas são chamadas relativamente perfeitas, em Mt 19.21; Ef 4.13; Fp 3.15; Cl 1.28; 4.12; Tg 3.2. Nessas passagens, as palavras em questão podem ser traduzidas por: maduro completo.

SUMÁRIO:

  1. Toda perfeição encontra-se em Deus (Sl 18:32-36);
  2. 2. Todos os santos são considerados perfeitos em Cristo (1Co 2:6 e Fp 3:15);
  3. 3. A perfeição divina é o padrão para toda e qualquer outra perfeição (Mt 5:48);
  4. 4. A perfeição envolve um elevado grau de devoção ao Senhor (Mt 19:21);
  5. 5. A perfeição pressupõe santidade e pureza (Tg 3:3; Rm 12:1-2 e 8:29; Fp 2:12);
  6. 6. Todos os cristãos devem fixar os olhos em Deus (Gn 17:1; Dt 18:13) e Jesus (1Pe 2:21; Hb 2:10; 5:9)
  7. 7. Os cristãos devem seguir a perfeição (Fp 3:12);
  8. 8. Os ministros do Senhor devem encorajar os cristãos à perfeição (Ef 4:12; Cl 1:28);
  9. 9. As exortações devem incluir a ideia de perfeição (2 Co 7:1; 13:11);
  10. 10. A perfeição não pode ser obtida totalmente neste mundo (2 Cr 6:36; Sl 119:96 1 Jo 1:10; Rm 12:1-2; 2 Pe 1:3-8);
  11. 11. A Palavra de Deus é perfeita, e seu desígnio é encaminhar os cristãos fiéis na direção da perfeição (2 Tm 3:16, 17);
  12. 12. Os cristãos devem orar pedindo a perfeição (Jo 17:23; 1 Pe 5:10);
  13. 13. A Igreja haverá de atingir a perfeição (Jo 17:23; Ef 4:13);
  14. A perfeição é bendita (Sl 37:37).

Por Valdely Cardoso Brito

CONHECENDO A DEUS EM CRISTO

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti,
como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste” (Jo 17.3)

CONHECER A DEUS COMEÇA CONHECENDO A SEU FILHO JESUS CRISTO.

CINCO PASSOS PARA CONHECER A DEUS E PORQUE CONHECER A DEUS

1) Conhecer o caráter de Deus é fundamental (Is 1.3 “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel näo tem conhecimento, o meu povo não entende”; (Jó 42.55).  “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos”; Dt 6.1-2: “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir”;

2) Para que temas ao SENHOR teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados, e Capítulos 4-5 do livro de Deuteronômio.

IMPORTÂNCIA E IMPLICAÇÕES

Ter vida de comunhão constante com Deus (Mt 7.7-8) é necessário porque Deus é a VERDADE ABSOLUTA. Não é simplesmente uma verdade em conceito humano, é sim a verdade real, a VERDADE em ESSÊNCIA, que é SUBSTÂNCIA, a verdade que é um SER absoluto, SER incriado e eterno.

3) ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS:

VIDA → Ele tem vida em si mesmo: “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo” (Jo 5.26);

AMOR → “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (1 Jo 4.8).
ETERNO → “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade em eternidade, tu és Deus” (Sl  90.2).

  1. TUDO QUANTO SABEMOS ACERCA DE DEUS É PARCIAL

Deus diz seu nome:  EU SOU… Então, Deus é o SER ABSOLUTO (SOU) e, é PESSOA (EU).

Deus TUDO CRIOU COM SABEDORIA… (Pv 8.12: “Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho o conhecimento dos conselhos”). Então, Deus é o SABER ABSOLUTO (Cl 2.3: “Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”). Deus é o Senhor de todo o PODER. “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Então, Deus é o PODER ABSOLUTO (PODER/AMOR).

No SER ETERNO de Deus vemos: a Pessoa do PAI, “verdade absoluta e eterna de Deus, que traduz: a ONIPRESENÇA de DEUS no SABER de Deus; vemos a Pessoa do FILHO: Verbo que expressa o Ser de Deus, gerado do Pai, co-eterno com Ele, que traduz a ONICIÊNCIA de Deus. No PODER de Deus, vemos a Pessoa do ESPÍRITO SANTO, que enlaça na unidade transcendental do amor do Pai e do Filho, e traduz a ONIPOTÊNCIA (AMOR TODO PODEROSO) que procede do Pai e do Filho para os seres humanos. Mateus 11.27: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.

Jo 17.3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste”.

Cl 2.2-3: “Para que os seus corações sejam animados, estando unidos em amor, e enriquecidos da plenitude do entendimento para o pleno conhecimento do mistério de Deus, à saber, Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”.

Fp 3.7-11: “Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte, para ver se de algum modo posso chegar à ressurreição dentre os mortos”. Ef 4.11-16: “Até que todos cheguem à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (v.13)

Deus quer filhos, e Ele tem grande alegria quando um ser Seu nasce de novo!

Quanto tempo um bebê precisa para chegar a maturidade?

Entre 19-20 anos (maturidade física);

Entre 40-50 anos (maturidade emocional).

E espiritualmente qual será o tempo?

Uma pessoa convertida há 20 anos pode ainda não estar madura espiritualmente.

Por outro lado, outra pessoa convertida há apenas 9 meses pode estar madura!

A nossa transformação na imagem de Cristo se dá em 3 aspectos:

  1. pela revelação de Jesus,
  2. por contemplação a Jesus,
  3. pela comunhão com Ele.

Revelação – Qual o fator principal do crescimento?

Efésios 4.13: “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo”

Pleno Conhecimento do Filho de Deus – Conhecer a Jesus Completamente

A Fé e o Conhecimento são as duas faces da mesma moeda… Estão juntas!

Quando Deus fala, ou mostra algo, temos a revelação. Deus se revelou aos homens quando falou aos homens no AT.  Hoje essa revelação se dá através das Escrituras Sagradas.

A fé vem quando se ouve ou se lê a Bíblia (Palavra de Deus).

Romanos 10.17: “Logo a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”

  • O objeto da Fé é a Revelação.
  • O objetivo da Revelação é o Conhecimento.

A fé tem como Base a Revelação. E o crer na Revelação produz o Conhecimento.

João 14.8-11: Deus se revela para que o conheçamos e a maneira de obter este conhecimento é crer na revelação contida na Bíblia. O conteúdo da Revelação é Jesus Cristo, seu Filho! Ele é a revelação de Deus! “Disse-lhe Felipe: Senhor mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras. Crede-me que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras”.

A chave para alcançar a maturidade é conhecer o Filho de Deus.

O que significa na Bíblia a palavra conhecer?

Nós vivemos no mundo ocidental, de cultura helênica (grega), onde a palavra conhecer está ligada ao intelecto. Assim corremos o risco de querer conhecer a Deus intelectualmente, entender tudo sobre ele. Mas a Bíblia foi escrita no contexto da cultura hebraica. Jesus e os Apóstolos eram judeus. Embora a língua usada no Novo Testamento seja o grego, o contexto é hebraico. Em hebraico, a palavra conhecer tem um significado diferente, muito mais amplo.

A palavra conhecer no contexto bíblico tem o sentido de experimentar. Conhecer a Deus é ter relacionamento com Ele. É ter um encontro com Ele, uma união profunda e íntima! “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Não é entender intelectualmente a verdade.

É experimentar a verdade. O Pleno Conhecimento. Mas a palavra não fala apenas de conhecimento. Fala de pleno conhecimento. Experimentar completamente.

Efésios 4.13:  “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo”

A palavra conhecimento em grego é gnosis. A palavra que aparece aqui para pleno conhecimento, é epignosis. Que significa um conhecimento progressivo. A medida que vamos experimentando vamos crescendo.

Mateus 11.27: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. A palavra que aparece aqui também é epignosis. Não é apenas conhecer, é conhecer completamente, plenamente.

Como Podemos Conhecer a Deus Plenamente?

Na criação podemos conhecer a Deus parcialmente. Olhamos as estrelas, a natureza, os animais e tudo mais, e podemos dizer que há Deus. “Os céus manifestam a glória de Deus”, mas não o seu caráter, sua santidade, sua graça, sua vontade, etc. Portanto não podemos conhecer a Deus plenamente na criação.

O Caráter de Deus pode ser conhecido parcialmente por sua Palavra. Através das Escrituras discernimos seu caráter, poder, santidade, etc. Mas não podemos experimentar.

É no Filho que temos a revelação total e plena de Deus. “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Hebreus 2.9).

Deus tem três faces: Pai, Filho e Espírito Santo. Nós conhecemos a face do Filho.

2 Coríntios 4.6: “Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a Luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo”.

Hebreus 1.3:  “Sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”.

Colossenses 1.15:  “O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”.

Só podemos conhecer plenamente a Deus, conhecendo plenamente o Filho de Deus.

O Verbo eterno e pré-existente com o Pai se tornou existente no tempo e espaço para que Deus se tornasse conhecido O Verbo foi manifestado em carne. Aquele que era Deus, foi gerado como homem pelo Espírito do Altíssimo no ventre de uma mulher e se tornou o Filho de Deus. Se fez semelhante aos homens, para que estes pudessem conhecer a Deus.

Como Podemos Conhecer Plenamente o Filho de Deus?

Como podemos conhecer o Verbo encarnado se não estivemos lá em Belém?

Muitas pessoas que estiveram com Jesus pessoalmente não o conheceram, pois Ele não pode ser conhecido externamente.

Efésios 5:31-32:  “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja”. Da mesma forma que marido e mulher, Cristo se uniu a Igreja. Através da nossa união com Cristo podemos experimentá-Lo tendo um relacionamento intenso com Ele.

João 15.26-27: “Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que do Pai procede, esse dará testemunho de mim; e também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio”. Uma testemunha é alguém que revela um fato. E este texto nos mostra que temos dois testemunhos a nos revelar: Jesus, o Filho de Deus e o Espírito Santo.

O Testemunho do Espírito Santo

A obra do Espírito é exatamente esta: revelar o Filho, glorificar o Filho. A comunhão do Espírito Santo com o nosso espírito nos revela o Senhor. Esta é a sua missão, Ele se agrada em fazer isso. O Espírito Santo habita dentro de nós se nascemos de novo em espírito, quando recebemos a Jesus Cristo como nosso Senhor e suficiente Salvador para a eternidade! É o Espírito Santo que nos faz experimentar a Cristo interiormente, quando nos convence da verdade, da justiça e do juízo.

O Testemunho dos Apóstolos

Foram as pessoas que viveram com Ele, viram o que Ele fez, ouviram suas palavras, Sua voz, comeram juntos, dormiram juntos. Mesmo tendo presenciado tudo e observado tudo, foi necessária a operação do Espírito, para que a obra observada por eles em Jesus fosse experimentada.

João 16.13-15:  “Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele, recebendo do que é meu, vo-lo anunciará”.

O que Jesus está dizendo aqui é que o conhecimento de observação não é suficiente. É necessária a experiência com o Espírito Santo para que Ele revele Jesus.

Para experimentar Jesus precisamos do Testemunho dos Apóstolos e do Testemunho do Espírito!

Experiência com a Palavra (Bíblia) pelo Espírito. Jesus disse aos apóstolos que eles dariam testemunho Dele. João escreveu em 1 João1.1-3:  “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida (pois a vida foi manifestada, e nós a temos visto, e dela testificamos, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e a nós foi manifestada); sim, o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que vós também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”.

João esteve com Ele! Foi um dos doze! Um dos três! O mais íntimo de Jesus! Seria bom se João sentasse conosco em nossa casa e nos contasse sobre Jesus! Talvez falássemos: “João conta-me sobre Jesus! Como Ele era, como reagia…”. E Ele contaria, por horas e horas.

João não está aqui hoje. Mas João não é importante. O seu testemunho sim! E seu testemunho está presente! Seu testemunho está na Palavra!

Quando Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo, Pedro e os outros escreveram suas palavras, eles estavam dando o seu testemunho para que pudéssemos conhecer Jesus. Por isso precisamos ler, ouvir, escutar, ver, experimentar a Palavra. Precisamos que o Espírito e a Palavra juntos nos conduzam a esta experiência espiritual. Temos que nos dedicar à leitura e estudo da Palavra, e buscar a revelação do Espírito para experimentá-La.

  • Só o estudo da Palavra pode nos fazer crer mais e mais;
  • Só a revelação do Espírito pode nos fazer conhecer a Cristo.

Mas os dois juntos nos levam ao pleno conhecimento do Filho de Deus. Uma coisa é ler a bíblia para ter conhecimento, outra coisa é ler a bíblia para conhecer Jesus! “Examinai as Escrituras…” Precisamos buscar, pesquisar, até achar JESUS! Quando lemos a bíblia temos que buscar o Grande Tesouro, que é Jesus!

  • Devemos ter alvos estabelecidos;
  • Orar ao Pai para que Seu Espírito nos revele o Filho;
  • Orar antes de ler;
  • Permanecer em oração durante a leitura;
  • Orar depois, falar com Deus e adorá-lo.
  • Abrir o coração para ouvir o Espírito falar.

O Espírito fala: “Este Jesus que você tanto admira está em você”. O Espírito Santo opera tremenda transformação em nós pela revelação da pessoa de Jesus. Somos unidos a Cristo pelo Espírito Santo. Cristo habita em nós pelo Espírito. Podemos usar o exemplo de uma árvore para representar isso:

  • O Pai é a Raiz;
  • O Senhor Jesus é o Tronco;
  • O Espírito Santo é a Seiva;
  • Nós somos os Ramos.

A plenitude o Pai está no Filho, e são comunicadas a nós pelo Espírito. A Raiz é invisível, o Tronco é visível, os Ramos são visíveis, a Seiva é invisível, mas está dentro de nós.

João 15.1-6:  “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor. Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem não permanece em mim é lançado fora, como a vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e queimadas”.

O Fruto do Espírito é Cristo (Ex: Maria concebeu pelo Espírito).

Cristo formado em nós tem 9 características: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e o domínio próprio. Gl 5:22

O Espírito é Cristo em nós! O Espírito é Deus em nós! O Espírito é a Ação de Deus em nós! O Espírito não vem para falar de si, mas de Cristo! O Espírito forma Cristo em nós pela Revelação!

Mas para isso Precisamos de tempo….

A Contemplação: É Necessário Tempo. (Quanto mais melhor). Quanto mais tempo passamos na presença do Senhor, mais nos assemelhamos a Ele.  Nós precisamos 24 horas na presença de Deus, mas para que possamos experimentá-lo e conhecê-lo, precisamos separar tempo específico para Ele. Separar tempo especial para:

  • Orar especificamente;
  • Abrir a Palavra e ler;
  • Esquadrinhar as Escrituras em busca do Tesouro;
  • Encontrar a Moeda de Ouro (Jesus);
  • Ouvir a Sua voz;
  • Estar aberto para o Espírito;
  • Gozar da experiência de conhecer a Cristo.

O Testemunho de Paulo

Filipenses 3.7-10: “Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo como minha justiça a que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; “Para conhecê-Lo, e o poder da sua ressurreição e a e a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte”.

Paulo fala de coisas que para ele eram lucro antes de conhecer a Jesus, coisas boas da vida: conhecimento intelectual, posição social, imagem pública, passeios, descanso, dinheiro, etc.

Na verdade, ele diz: “tenho por perda TODAS as coisas”. Paulo era apaixonado por Cristo!

  • Para conhecer a Cristo (E ser como Ele);
  • E o poder da Sua ressurreição;
  • E a comunhão dos Seus sofrimentos.

Quando o cristão não tem tempo para Cristo, isso significa que as outras coisas são mais importantes. É uma questão de prioridade. A fraqueza dos ministérios, famílias, discípulos, congregações é porque as prioridades estão equivocadas.

Geralmente temos as características daquele que admiramos (Ex.: os jovens e seus ídolos). Um discípulo aprende muito quanto mais admira seu Mestre. Deus nos deu o Varão Perfeito, que é Jesus Cristo, seu Filho. Para admirá-Lo precisamos conhecê-Lo, para conhecê-Lo precisamos conviver com Ele!

2 Coríntios 3.18: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.

Quando contemplamos, começamos a ser transformados, de glória em glória, na mesma imagem do Senhor. Contemplar é diferente de olhar. Quando contemplamos uma paisagem observamos muito mais detalhes do que quando apenas olhamos para ela. Contemplar é olhar atentamente, observar os detalhes, inspecionar tudo, admirar, desejar ser como Ele! Contemplando a Jesus nas Escrituras:

Mateus 3.13-17:

  1. 13 Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

v.14 Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?

v.15 Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.

  1. 16 Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele;

v.17 e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

  • v13 – Determinação, submissão, humildade, reconhecimento, conhecia o plano, se fez pecador, participou em tudo como homem, etc…

Exercício: Vamos contemplar Jesus no texto de Mateus 3.13-17

  • Orar pedindo que Deus, pelo seu Espírito, nos revele Jesus, as virtudes de seu Caráter.
  • Não simplesmente LER o texto, mas VER (revelação é VER).
  • Que o Espírito imprima em nós as virtudes.
  • Ler e meditar, cada frase.
  • A Pergunta sempre é: “Quais as virtudes do caráter e as qualidades da pessoa de Jesus que são mostradas aqui?”
  • Ao descobrir, glorifique a Deus e adore-o por essa virtude!

A Comunhão nos Seus Sofrimentos

Existe ainda outro aspecto para nossa mudança e transformação. Não é tão agradável quanto a meditação e contemplação, mas é vital! “Para conhecê-lo, e o poder da sua ressurreição é a participação dos seus sofrimentos, conformando-me a ele na sua morte”. Fp 3.10. Para conhecer a Cristo precisamos experimentá-Lo. Tanto no poder de sua ressurreição quanto na comunhão dos seus sofrimentos.

2 Co 12:1-20 “É necessário gloriar-me, embora não convenha; mas passarei a visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu. Sim, conheço o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei: Deus o sabe), que fui arrebatado ao paraíso, e ouvi palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. Desse tal me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas. Pois, se quiser gloriar-me, não serei insensato, porque direi a verdade; E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais; acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim; e ele me disse: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte”.

Paulo orou para Deus tirar o espinho e Ele não tirou. Assegurou uma maneira de mantê-lo humilde. A fraqueza nos faz experimentar a graça de Deus de maneira pessoal. “Não tirarei o espinho, mas aumentarei a minha graça sobre tua vida e serás aperfeiçoado”.

Perante todo sofrimento que passamos podemos ter atitudes básicas:

Revolta. Ficar revoltado, reclamar, se queixar, murmurar. Implica revolta contra Deus, pois é Ele que tem todo o controle de suas mãos. Assim, o propósito da dor e do sofrimento é perdido.

Resignação. Não nos queixarmos, não reclamarmos. Mas também não louvamos ao Senhor pelo fato. Dizemos lá no fundo: “Deus eu não concordo com você, mas como você é Deus eu tenho que aceitar”. Por quanto tempo você pode sustentar a resignação? Veja o caso de Jó: Ele não pecou, suportou a perda dos bens, dos filhos, da saúde, não se contaminou com a “teologia sistemática” dos amigos, mas teve uma hora que ele amaldiçoou o dia em que nasceu. Mas quem foi que lhe deu a vida e determinou o dia do seu nascimento?

Na verdade Jó não havia compreendido que o seu sofrimento era para que ele pudesse conhecer verdadeiramente a Deus. Enquanto ele não se arrependeu e aceitou o sofrimento como parte do plano de Deus não pode ser aperfeiçoado. A resignação é uma atitude humana, carnal, e não agrada a Deus. Assim o sofrimento e a dor não atingem o seu objetivo.

Aceitação. Quando aceitamos o sofrimento como plano perfeito de Deus para nossas vidas, aí sim somos amadurecidos e o sofrimento cumpre o seu objetivo.

Ex.: José – Ele foi rejeitado, traído e vendido pelos próprios irmãos, acusado injustamente, preso. Tinha tudo para se revoltar. Mas não se revoltou. Ele sabia que “Deus habita com o quebrantado e humilde de espírito”. Ele disse aos irmãos: ”Vocês queriam me fazer mal, mas Deus tornou tudo para bem”. “Não me enviastes vós aqui, senão Deus”.

2Co 4:17 “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória;”. Sofrimento produz dor, e Jesus sofreu de muitas formas:

  • Sofrimento pela obra;
  • Jejuou por 40 dias;
  • Passava noites orando;
  • Percorria km a pé;
  • Foi rejeitado, criticado.

3 anos com seus discípulos e o que conseguiu?

  • Judas o traiu;
  • Pedro o negou;
  • João e Tiago queriam ser os maiores;
  • Jesus foi abandonado por todos eles.

Sofrimento físico

  • cobriram-Lhe o rosto e esbofetearam, e espancaram-No;
  • Cuspiram na Sua face;
  • Colocaram-lhe uma coroa de espinhos;
  • Pregaram-lhe as mãos e os pés.

Sofrimento da alma

  • No Getsemani estava angustiado até a morte;
  • Os três mais íntimos dormiram.

Jesus quer companheiros hoje pessoas que estejam dispostas a prosseguir com Sua Obra:

  • Orando como Ele;
  • Sofrendo como Ele;
  • Sendo como Ele;
  • Caminhando lado a lado com Ele;
  • Praticando Seus ensinos.

PROFECIA DE HABACUQUE: “A TERRA SE ENCHERÁ DO CONHECIMENTO DA GLÓRIA DO SENHOR, COMO AS ÁGUAS COBREM O MAR” (Hc 2.14).

RECOMENDAÇÃO DO APÓSTOLO PEDRO: “PORTANTO, AMADOS, VÓS, SABENDO ISTO DE ANTEMÃO, GUARDAI-VOS DO ENGANO DE HOMENS PERVERSOS PARA NÃO DECAIR DA VOSSA FIRMEZA; ANTES, CRESCEI NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO DE NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO” (2Pe 3.17-18).

Por Valdely Cardoso Brito